50 canções que ajudam

a contar a trajetória dos

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    Parte 1 – 1963-1967

    Come On (1963)

    Cover de Chuck Berry, o primeiro single revela as influências da música negra norte-americana. O rock'n'roll e o blues acompanham a banda desde o encontro de Keith Richards e Mick Jagger na estação de trem de Dartfort, na Inglaterra, em 1961.

     

    I Want to Be Loved (1963)

    O cover de Willie Dixon mostra a tentativa dos Stones em emular o blues elétrico de Chicago. No encontro da estação, Jagger carregava embaixo do braço discos de Muddy Waters e Chuck Berry.

     

    I Wanna Be Your Man (1963)

    O segundo single da banda foi uma música de

    uma dupla que começava a ficar conhecida: Lennon & McCartney, dos Beatles. A rivalidade entre as duas bandas começaria logo depois, muito mais como uma jogada de Andrew Loog Oldham, empresário dos Stones.

     

    Tell Me (1964)

    Estreia da assinatura Mick Jagger/Keith Richards nas composições. Brian Jones sempre se sentiu líder do grupo, mas, à medida que essa dupla começou a se fortalecer, assumiu o repertório e a liderança do grupo.

     

    It's All Over Now (1964)

    O cover de Bobby Womack e Shirley Jean Womack foi a primeira música com a qual os Stones atingiram o topo das paradas do Reino Unido.

     

    Congratulations (1964)

    A primeira balada assinada por Jagger/Richards.

     

    The Last Time (1965)

    Primeiro single internacional da dupla de compositores.

     

    Get off of My Cloud (1965)

    Uma das mais lembradas batidas de Charlie Watts, baterista cuja marcação, ligeiramente atrasada, nas palavras de Richards, é elemento fundamental no som dos Stones.

     

    As Tears Go By (1965)

    Com arranjo de cordas, a balada também lançou a então namorada de Jagger, Marianne Faithfull.

     

    Little Red Rooster (1965)

    O cover de Chester Burnett e Willie Dixon revela, além da paixão da banda pelo blues, a guitarra slide de Brian Jones (acima). Sua forma de tocar impactou Jagger e Richards quando o viram.

     

    (I Can't Get No) Satisfaction (1965)

    O riff de guitarra mais conhecido da história do rock foi composto por Keith Richards quando ele estava na cama, pegando no sono. Em seu livro de memórias, Vida, ele conta que a música só não se perdeu porque ficou registrada no gravador. Foi single do disco Out of Our Heads.

     

    Under My Thumb (1966)

    O uso da marimba mostra a busca dos Stones em ultrapassar os horizontes do rock e do blues. A música ficou tristemente lembrada pela performance de 1969, em Altamont, nos EUA, quando a gangue dos Hells Angels esfaqueou um jovem.

     

    Paint It Black (1966)

    Os Stones expandem a musicalidade (e a mente) usando o sítar, da música oriental. A iniciativa foi de Brian Jones, que, por seus problemas com drogas, acabou demitido do grupo em junho de 1969. Menos de um mês depois, foi encontrado morto na piscina de sua casa.

     

    Let's Spend The Night Together (1967)

    A banda reforça sua fama de indecência. No The Ed Sullivan Show, famoso programa da época, recebem a sugestão de mudar o trecho "vamos passar a noite juntos" para "vamos passar algum tempo juntos", o que Jagger solenemente ironiza e ignora na performance. A faixa foi regravada por David Bowie.

     

    Ruby Tuesday (1967)

    Música com alguns sons "viajantes", fruto das primeiras experiências com LSD de Keith Richards e Brian Jones. Aliás, todo o álbum Between the Buttons parece ter sido influenciado pelos efeitos alucinógenos. O disco saiu meses depois do também psicodélico Revolver, dos Beatles.

     

    She's a Rainbow (1967)

    Tem arranjos e cordas de John Paul Jones, músico de estúdio que depois viraria baixista do Led Zeppelin.

     

    In Another Land (1967)

    A onda da psicodelia pega de jeito os Stones. Esta música é apenas uma amostra de toda a lisergia que cobre Their Satanic Majesties Request, da capa às músicas. O disco saiu cinco meses depois de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Os trajes dos Stones na capa remetem aos dos Beatles. John Lennon já havia dito o seguinte: "Tudo o que a gente faz os Stones copiam quatro meses depois".

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    Parte 2 – 1968-1971

    Jumpin'Jack Flash (1968)

    Keith Richards descobre a afinação aberta, o santo graal dos Stones por ter redirecionado o som da banda. A maioria dos riffs seria composta dessa maneira a partir de então. A gravação desta música, lançada como single, foi feita com violão elétrico e um gravador de cassete que eletrificava e distorcia o instrumento.

     

    Sympathy for the Devil (1968)

    De férias no Brasil, Mick Jagger foi à Bahia e se aproximou da cultura afro-brasileira, conhecendo os batuques e os cânticos do candomblé. Teria vindo daí a influência para esta música, cujo processo de construção foi registrado por Jean-Luc Godard em filme de mesmo nome.

     

    Parachute Woman (1968)

    Depois de dois discos mais psicodélicos, esta música nervosa e de guitarras tensas anuncia a retomada da paixão blueseira dos Stones.

     

    Dear Doctor (1968)

    O folk surge como novidade no som da banda. Nos discos seguintes, a pegada seria revisitada, ampliando a variedade musical.

     

    Street Fighting Man (1968)

    Sintetiza um momento agitado, de movimentos sociais e protestos políticos com os levantes civis e juvenis ao longo daquele ano.

     

    Gimme Shelter (1969)

    Com a Guerra do Vietnã, esta música cria uma espécie de sinfonia do apocalipse, prenunciando o começo de uma década em que o sonho não seria mais possível.

     

    Live with Me (1969)

    Uma das músicas que mostram a introdução de instrumentos, especialmente o sax. Daqui em diante, os sopros estariam presentes na musicalidade da banda, especialmente com o músico Bob Keys, que acompanha os Stones até hoje.

     

    Let it Bleed (1969)

    A música que dá nome ao álbum é uma explícita provocação a Let It Be, disco que os Beatles gravaram meses antes e lançaram só em 1970.

     

    You Can't Always Get What You Want (1969)

    Na clássica rivalidade com os Beatles, esta música seria uma resposta a Hey Jude.

     

     

    Honky Tonk Women (1969)

    No fim de 1968, Mick Jagger voltou ao Brasil com Keith Richards e suas respectivas mulheres. Na fazenda de Matão, pertencente ao banqueiro Walther Moreira Salles, fizeram farra e encontraram o clima no qual teria sido composta esta música.

     

    Brown Sugar (1971)

    Mais um dos marcantes riffs de guitarra dos Stones. Keith Richards já disse que tira o chapéu para Jagger em músicas como esta, que foi totalmente composta pelo vocalista. Especula-se que o nome seria uma referência à cor marrom da heroína. A faixa abre o disco Sticky Fingers, com capa assinada pelo artista pop Andy Warhol.

     

    Wild Horses (1971)

    Os Stones nunca esconderam sua paixão por baladas, como este clássico que também foi gravado pelo Flying Burrito Brothers, banda de country-rock de Gram Parsons (1946-1973), um dos grandes amigos de Keith.

     

    Sister Morphine (1971)

    Seria uma referência à medicação usada contra a dependência em heroína. Marianne Faithfull, namorada de Jagger, cobrou os direitos como coautora. Jagger teria dito que a parte dela "se resumiu a ter escrito a palavra cocaína".

     

    Bitch (1971)

    Outro dos riffs de guitarra marcantes dos Stones. Embora o título sugira que se refira a uma mulher, seria uma declaração de que o amor em si é uma vadia.

     

    Can't You Hear Me Knocking (1971)

    Mick Taylor, substituto de Brian Jones, mostra seu talento como grande guitarrista em um momento de improvisação desta música que parece não ter fim.

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    Parte 3 – 1972-2012

    Rocks off (1972)

    A música abre Exile on Main St. (1972), disco cujo título faz referência à sensação de exílio durante a temporada no litoral da França. Lá, Richards alugou uma mansão que teria pertencido a nazistas durante a II Guerra Mundial. Foi no porão que começou a ser gravado o disco que é considerado uma obra-prima dos Stones.

     

    Sweet Virginia (1972)

    Balada country/blues cujo refrão, com vozes em coro ao estilo gospel, revela uma influência até então pouco presente no som do grupo.

     

    Tumbling Dice (1972)

    Hit de Exile on Main St., disco gravado quando os Stones estavam atolados em dívidas e drogas. Após golpe do empresário Allen Klein, eles só ganhavam porcentagens sobre suas músicas. Acharam uma saída: gravar um disco para partir em turnê e sanar as finanças.

     

    Happy (1972)

    Canção eternizada por trazer Keith Richards na voz principal.

     

    Angie (1973)

    Um pedido de desculpas para a mulher de Bowie, que o flagrara com Mick Jagger na cama? Ou um pedido de desculpa a Bowie por Jagger ter saído com a mulher do amigo? Mais uma lenda stoniana.

     

     

    It's Only Rock'n'Roll (But I Like It) (1974)

    Evitando voltar à Inglaterra e a diversos países por causa de dívidas e broncas com a justiça, os Stones continuariam como fugitivos, vivendo como ciganos do rock'n'roll entre aviões, hotéis, casas alugadas, estúdios e shows. Em meio a uma série de problemas envolvendo seus integrantes, a banda canta é "apenas rock'n'roll (mas eu gosto)".

     

    Hot Stuff (1976)

    Música baseada em groove e funky que serve como resposta à onda discoteca. A faixa faz parte de Back and Blue, disco em que o grupo buscava substituto para o guitarrista Mick Taylor, que havia saído do grupo. Depois de gravar algumas músicas, Ron Wood, ex-The Faces, entrou definitivamente para os Stones.

     

    Cherry oh Baby (1976)

    Quando o punk explodia com sua receita simples e direta, carregada de raiva, os Stones antecipavam a descoberta do reggae.

     

    Respectable (1978)

    No disco Some Girls, Ron Wood forma uma dupla entrosada de guitarras com Keith Richards, com abordagens muito parecidas do instrumento. Daqui em diante, seria mais difícil distinguir qual deles toca o que, acabando com a divisão guitarra base/guitarra solo.

     

    Miss You (1978)

    Clássico dançante que sintetiza a década de hedonismo. Um ano antes, Richards havia sido preso com a mulher por posse de heroína.

     

    Beast of Burden (1978)

    Uma das mais belas baladas dos Stones. O disco Some Girls foi uma tentativa de reação a uma época em que a banda ameaçava parar devido ao vício de Richards em drogas e aos interesses de Jagger.

     

    Start me Up (1981)

    Depois de Satisfaction, uma das mais conhecidas do repertório.

     

    Undercover of the Night (1983)

    Os Stones entram em estado letárgico. Jagger tenta emplacar uma carreira solo, mas sem sucesso.

     

    Harlem Shuffle (1986)

    Hit do álbum Dirty Word. Jagger acabou deixando o grupo em segundo plano, partindo em turnê de seu trabalho solo. Época em que ele e Richards não se falam.

     

    Rock and a Hard Place (1989)

    Jagger e Richards retomam a banda com Steel Wheels. O disco gera uma turnê e um álbum ao vivo, Flashpoint (1991), que redefiniu as turnês de rock como milionários eventos promocionais. O baixista Bill Wyman deixa os Stones.

     

    Love Is Strong (1994)

    Abre o disco Voodoo Lounge, que trouxe os Stones pela primeira vez ao Brasil, com cinco shows.

     

    Like a Rolling Stone (1995)

    Em 1995, o grupo lança Stripped, com regravação do clássico de Bob Dylan. Em 1998, eles cantariam juntos no Brasil, na segunda passagem da banda, com dois shows.

     

    Rough Justice (2005)

    Depois de Bridges to Babylon (1997), os Stones voltam afiados em A Bigger Bang (2005), que abre com Rough Justice. Charlie Watts supera um câncer de garganta. Em 2006, chegam com a terceira turnê ao Brasil, tocando em Copacabana.