A viagem do homem à Lua parece uma simples voltinha na quadra diante dos desafios de mandar uma tripulação a Marte. Há muito se sonha com o dia em que poderemos, finalmente, dizer “alô, alô, marciano” e estabelecer algum tipo de contato com os especulados habitantes do planeta vermelho.

Mas, para isso se concretizar, existem obstáculos, e muitos, a superar: tecnológicos, psicológicos, físicos, científicos. É uma jornada longa – estima-se três anos entre ida, exploração e volta –, cuja parte mais importante, talvez, seja a preparação dos astronautas. Além de correr contra o tempo: a missão, diz a Nasa (agência espacial americana), está prevista para decolar em 2033.

O homem já é representado no ainda inóspito planeta por parafernálias robóticas e de exploração. A Curiosity, que tem o tamanho de um carro, é a principal delas. Viajou pelo vazio espacial em 2012 e agora vasculha o território em busca de sinais de vida, mandando imagens que ajudam a reforçar o imaginário de quem nunca saiu do seu mundinho.

Mandar humanos para explorar Marte, no entanto, é outra história. Além de exigir muito mais engenharia, as tecnologias atuais não animam as estatísticas: se partisse hoje, a missão teria, com otimismo, 50% de sucesso. Uma manobra que saia minimamente do eixo pode fazer a nave se perder no espaço e nunca mais voltar.

Tem gente prometendo ir antes da Nasa. A empresa Mars One conseguiu centenas de milhares de candidatos para uma viagem (quase suicida) só de ida.

Enquanto não se pode dar um pulinho em Marte, o Planeta Ciência preparou este especial que, com curiosidades e informações sobre os desafios da missão, vai ajudá-lo a entender por que ainda não pisamos naquele ponto vermelho que, a cada dois anos, dá para ver a olho nu da janela do quarto.