O primeiro baixista da banda é hoje servidor da Universidade Federal de Pelotas. Como Licks, Pitz também é avesso a dar entrevistas sobre o passado ao lado de Gessinger e Maltz. – Foi uma fase legal, mas que passou. Não estou mais envolvido com isso e não tenho muita lembrança – disse o ex-baixista.
Depois de sair dos Engenheiros, o ex-baterista chegou a montar sua própria banda, a Irmandade Interplanetária, mas as letras, que tratavam de temas como reencarnação e seres extraterrestres, não atraíram a atenção do público e das gravadoras. Atualmente, é astrólogo e terapeuta junguiano em Brasília. Em 2010, lançou o livro Abilolado Mundo Novo, feito a partir de bate-papos na internet sobre diferentes temas, e, em abril, publicará seu primeiro romance: uma ficção científica na qual um músico decadente recebe um inédito implante para a expansão da inteligência no ano de 2020.
Mais de 20 anos depois de sua conturbada saída, Augusto Licks segue sem falar com a imprensa sobre a banda. Segundo fãs que o conheceram, o músico evita até mesmo pronunciar o nome de Humberto Gessinger: – Ele se refere ao Humberto como "aquele cara que vocês gostam" – conta o programador de transporte Davi José da Silva, um dos tantos fãs que ainda sonham em ver Licks, Gessinger e Maltz juntos em um palco. O ex-integrante mora no Rio, faz trabalhos de transcrição musical e ocasionalmente dá workshops de guitarra.
O líder da banda não faz shows dos Engenheiros do Hawaii desde 2008. De lá para cá, gravou um CD e DVD do duo Pouca Vogal, ao lado de Duca Leindecker, e lançou cinco livros. Atualmente, segue em turnê do álbum solo Insular ao Vivo – show que o compositor leva ao Opinião, em Porto Alegre, no dia 5 de março. – O nome Engenheiros do Hawaii é meu, só não usei no Insular por não ter uma banda fixa me acompanhando nele. Nos próximos anos, fico na estrada com esse trabalho, depois não sei qual será o próximo passo – conta Gessinger.