(RCA/BMG, 1986)
Disco com influências do ska e da new wave, emplacou canções nas rádios e despertou à época comparações com os Paralamas do Sucesso. O álbum, no entanto, conta com participações especiais de músicos de outras vertentes: o cantor e compositor Nei Lisboa, destaque da música gaúcha, empresta a voz na faixa Toda Forma de Poder; e o saxofonista Manito, do grupo de jovem guarda Os Incríveis, toca em Segurança.
(BMG, 1987)
Primeiro álbum com o guitarrista Augusto Licks, tem uma sonoridade bastante diferente do anterior, com influência do folk americano. A faixa-título já era tocada na turnê de Longe Demais das Capitas, mas batizada como Facel Vega, modelo do carro no qual o escrito Albert Camus morreu em um acidente, em 1960. Já o título que pegou faz referência a um capítulo do livro O Homem Revoltado, do mesmo autor. O álbum alcançou o sucesso com as faixas Infinita Highway e Terra de Gigantes.
(BMG,1988)
Aprofunda a sonoridade do álbum anterior, equilibrando violões folk e guitarras elétricas. Poucas faixas superam os três minutos ideais para o rádio, e algumas delas ocuparam as paradas de sucesso, como a faixa-título e Somos Quem Podemos Ser. Mas também há músicas que deixam visível a influência do rock progressivo: com cinco minutos, Variações sobre um Mesmo Tema é divida em três partes, uma cantada por Humberto Gessinger, outra com a voz de Augusto Licks e um trecho instrumental.
(BMG, 1989)
Primeiro ao vivo, foi gravado no Canecão, no Rio de Janeiro, em julho de 1989. Reúne os maiores sucessos dos álbuns anteriores, como A Revolta dos Dândis, Infinita Highway, Toda Forma de Poder e Ouça o que Eu Digo, Não Ouça Ninguém. Há ainda duas faixas novas, Nau à Deriva e Alívio Imediato. Depois desse disco, os Engenheiros mantiveram o padrão de um álbum ao vivo para cada três em estúdio.
(BMG, 1990)
Maior sucesso da história dos Engenheiros do Hawaii e o primeiro disco produzido pelos integrantes da banda. O conceito que atravessava o álbum é um bailado entre referências pop e profundas, sacralizadas e profanas. Moacyr Scliar (O Exército de um Homem Só), Os Incríveis (Era um Garoto que Como Eu, Amava os Beatles e os Rolling Stones) e Carlos Drummond de Andrade (autor dos versos "E como ficou chato ser moderno / Agora serei eterno", em Nunca Mais Poder) são apenas algumas das citações.
(BMG, 1991)
Completa uma trilogia iniciada com A Revolta dos Dândis e seguida por Ouça o que Eu Digo, Não Ouça Ninguém: os três discos, a partir das cores de cada uma das capas, formam a bandeira do Rio Grande do Sul. Além da gravação de Herdeiro da Pampa Pobre, de Gaúcho da Fronteira e Vainê Darde, traz outros sucessos como Piano Bar, Ando Só e Muros e Grades. É um disco que consegue trafegar entre densidades diferentes: há espaço para o peso em Sampa no Walkman e Museu de Cera, assim como para a suavidade em O Sonho É Popular e Descendo a Serra.
(BMG, 1992)
Título inspirado nas bandas de rock progressivo dos anos 1960 e 1970, como Emerson, Lake & Palmer, deixa mais uma vez aparente a influência progressiva e experimental em faixas longas e divididas em diferentes partes, como Canibal Vegetariano Devora Planta Carnívora e A Conquista do Espaço. Também a musicalidade do Sul volta a aparecer, com a milonga Pampa no Walkman. Nas rádios, Parabólica é o grande sucesso.
(BMG, 1993)
Gravado ao vivo na sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, traz arranjos de cordas sofisticados do maestro Wagner Tiso para músicas dos discos anteriores e para a inédita Mapas do Acaso, além de contar com duas canções gravadas em estúdio – Às Vezes Nunca e Realidade Virtual. Com guitarras semiacústicas e percussão, o som leve revela a influência da MPB e do jazz.
(BMG, 1995)
Primeiro álbum depois da ruidosa saída do guitarrista Augusto Licks, conta com Humberto Gessinger, Carlos Maltz e três novos integrantes: Ricardo Horn (guitarra), Fernando Deluqui (guitarra, ex-RPM) e Paolo Casarin (teclado). A falta de entrosamento entre os integrantes é compensada por uma produção caprichada, assinada pelo americano Greg Ladanyi (Kansas, Jeff Healey Band e Fleetwood Mac). Há baladas eletrificadas como a faixa-título e Por Acaso, além de faixas com arranjos acústicos (Lance de Dados e Ilex Paraguarienses) e outras com mais peso (A Promessa).
(BMG, 1997)
Com o quinteto de Simples de Coração desfeito em 1996, inclusive com a saída de Maltz, Gessinger grava Minuano com Luciano Granja (guitarra), Adal Fonseca (bateria) e Lúcio Dorfman (teclados). É um disco com muitas referências ao Sul, como a capa, o título e o violino de Kleiton Ramil em A Montanha. Também aponta uma tendência a ser seguida nos próximos álbuns: a ausência das faixas mais longas e progressivas ("só acredito no que pode ser dito em três minutos", canta Gessinger em Três Minutos).
(Universal, 1999)
Deixa aparente o maior entrosamento entre o quarteto, com músicas de atmosfera densa e guitarras pesadas (Eu que Não Amo Você e Seguir Viagens) e canções mais leves (10.000 Destinos) e intimistas (3X4). Foi gravado no Rio, com processo todo analógico, mixado em Los Angeles e ainda contou com arranjos de cordas de Jaques Morelenbaum e Eduardo Souto Neto – tudo isso faz com que este seja apontado por muitos fãs e pelo próprio Gessinger como um dos álbuns de melhor sonoridade.
(Universal, 2000)
O terceiro disco ao vivo foi gravado no Palace (atual Citibank Hall), em São Paulo. Além de 15 sucessos da história da banda, conta com quatro faixas gravadas em estúdio, Números, Novos Horizontes (composições de Gessinger), Quando o Carnaval Chegar (Chico Buarque) e Rádio Pirata (RPM, gravada com a participação de Paulo Ricardo). O gaiteiro Renato Borghetti faz uma participação especial em um set acústico ao vivo com Toda Forma de Poder e Refrão de Bolero.
(Universal, 2001)
O álbum duplo apresenta um CD com as 15 faixas ao vivo do anterior 10.000 Destinos e outro com as canções gravadas em estúdio do mesmo disco, além de mais sete regravações de músicas menos conhecidas. A grande novidade é que Gessinger deixa o baixo e assume a guitarra, convocando novos músicos para acompanhá-lo: Paulo Galvão (guitarra), Bernardo Fonseca (baixo) e Gláucio Ayala (bateria). As faixas inéditas têm arranjos crus e foram gravadas no estúdio em que a nova formação ensaiava.
(Universal, 2002)
Com o quarteto experimentado em 10.001 Destinos, Surfando Karmas & DNA chega às lojas. A maior parte das 11 faixas mantém a identidade crua do álbum anterior, mas há momentos em que a musicalidade se adensa, com arranjos de cordas na faixa-título e em Nem Mais um Dia. Também é marcante a presença de Carlos Maltz, ex-baterista e fundador do grupo, que divide a composição e os vocais de faixa e-Stória.
(Universal, 2003)
Com riffs de guitarra rápidos e marcantes, é outro disco direto: menos da metade das faixas ultrapassa os três minutos. Entre as mais pulsantes, estão os rocks Camuflagem e a faixa-título, mas há também espaço para a melódica Dom Quixote e as minimalistas Segunda-Feira Blues I e II (ambas parcerias de Gessinger com Carlos Maltz).
(Universal, 2004)
Registro em CD e DVD dos maiores sucessos do grupo e três inéditas, gravado no espaço Locall, no Rio de Janeiro. O peso dos discos anteriores dá lugar a uma atmosfera mais suave, na qual Gessinger colabora com harmônica, bandolim, piano, voz e violão. Ao invés de chamar celebridades musicais como convidadas especiais, o líder da banda optou por pessoas próximas do seu convívio, reforçando o clima de intimidade: Clara Gessinger, sua filha, canta em Pose, e o amigo e ex-baterista Carlos Maltz empresta sua voz em Depois de Nós, canção de sua autoria.
(Universal, 2007)
CD/DVD que aprofunda a sonoridade acústica experimentada na estrada ao longo da grande turnê do Acústico MTV. Como no álbum anterior, Clara Gessinger e Carlos Maltz fazem participações especiais – ela é a convidada em A Onda e Parabólica; ele, em Cinza (parceria com Gessinger). A formação da banda, no entanto, é nova: além de Gessinger (voz, violão, viola caipira, harmônica, bandolim e piano), estão Fernando Aranha (violão), Bernardo Fonseca (baixo), Gláucio Ayala (bateria) e Pedro Augusto (teclado).