São muitos os centros culturais de Porto Alegre. Se, ao longo das décadas, a cidade viu acumularem-se grandes espaços voltados às expressões artísticas tradicionais, na maior parte dos casos mantidos pelo Estado, nos últimos anos novos conceitos surgiram a partir de propostas diferenciadas. Invariavelmente, trazidas por investidores privados e empreendedores que ampliaram a compreensão do que é cultura. E passaram a oferecer, além de teatro, música e cinema, atividades na área de bem-estar e saúde física, debates sobre sexualidade e comportamento, festas, brechós e ações que discutem arquitetura e urbanismo.
São o que se convencionou chamar de centros multiculturais. Este especial que ZH apresenta a seguir mapeia onde eles estão e o que está por trás de suas propostas. Selecionamos os mais destacados e aqueles que realmente encarnam a ideia de pluralidade que o conceito presume. É por isso que não estão incluídos, por exemplo, museus (como o Margs e a Pinacoteca Rubem Berta), teatros (Sesi, Sesc), galerias (Mascate, Acervo Independente) e outros espaços que, apesar da proposta multidisciplinar, têm foco bem definido em alguma área da cultura (casos, entre outros, do Espaço Cultural 512, do Solar Coruja e do Museu do Trabalho).
Há muitos palcos para a cultura na capital gaúcha, como se pode ver. Os 16 mais plurais estão dissecados a seguir. Confira.
Rua Santana, 252, quase esquina com a Rua Olavo Bilac
(51) 3084-9044
Um dos espaços culturais mais descolados da cidade, sedia desde oficinas literárias até brechós, passando por feiras temáticas (de artes gráficas e até de bicicletas), festas e happy hours. Têm lugar fixo na Aldeia desde a sua inauguração, em julho de 2014, uma livraria, um salão de cabeleireiros, escritórios e ateliês. A loja de sapatos veganos que funcionava por lá fechou, e um café/restaurante deve ser inaugurado em breve no local
O Sarau Erótico é um dos projetos mais consolidados do espaço, assim como as atividades de artes visuais, que incluem live paintings e até rifas. Há shows, aulas temáticas, rodas de conversa e encontros temáticos sobre feminismo, Caetano Veloso e Game of Thrones - tudo o que tiver caráter cultural ou de comportamento (neste caso, especialmente o que for ligado à sexualidade e às questões de gênero)
A página da Aldeia no Facebook dá conta de maneira completa da agenda de atividades, com a publicação de fotos e uma comunicação ágil com o público. Fique atento à realização da Caxote (feita de artes gráficas), da Arara e da Sunday Sale (brechós com roupas em conta)
A jornalista e produtora cultural Nanni Rios é quem responde pelo espaço, embora a gestão seja horizontal e colaborativa, ou seja, os sete sócios que sediam seus negócios na Aldeia decidem a programação em conjunto
A casa é alugada pelos sócios. No futuro, eles esperam abater o aluguel com o dinheiro arrecadado com os eventos realizados no local
Rua dos Andradas, 736, no Centro Histórico. Há entrada também pela Sete de Setembro (ligada a Andradas pela Travessa dos Cataventos, que atravessa o centro cultural).
(51) 3221-7147
Uma extensa programação em suas galerias de arte, teatros e cinemas, além de espaços com homenagens permanentes ao poeta que dá nome ao centro cultural. A Casa de Cultura Mario Quintana ainda serve de sede para instituições como o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul e a Discoteca Pública do Estado.
As exposições de arte contemporânea nas galerias Xico Stockinger e Sotero Cosme (6º andar), além das atrações de música e artes cênicas nos teatros Bruno Kiefer (6º andar) e Carlos Carvalho (2º andar). Acompanhe a grade completa em ccmq.com.br.
Nas três salas da Cinemateca Paulo Amorim, localizadas no térreo, é possível ver filmes novos, recém-saídos das salas de shopping, com ingressos mais em conta. Mas o melhor da casa é descobrir seus belos espaços, como o Jardim Lutzemberger (5º andar), os cafés Santo de Casa (terraço) e Cataventos (térreo), o mezanino e as passagens entre as duas alas do prédio, em todos os seus sete andares.
O atual diretor é Emerson Martinez Fortes. A casa tem 17 funcionários e sete estagiários, mais os profissionais que trabalham diretamente em instituições como os institutos estaduais de cinema e de artes visuais, sediados no prédio. No total, são mais de 40 pessoas trabalhando no local.
Mantido pelo governo do Estado, o centro cultural tem patrocínio fixo direto do Banrisul, investido via Associoação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana.
Rua dos Andradas, 1.223, a meio quarteirão da Praça da Alfândega, no Centro Histórico
(51) 3226-5342
Workshops e oficinas são uma marca registrada do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, que também tem programação intensa de exposições – não apenas de artes plásticas, mas também de artes gráficas e até de outras áreas da produção cultural. O centro também empresta seus espaços para eventos diversos, como uma recente mostra de forró, e atividades de formação de público
As mostras de arte, de nomes que vão do polonês Jacek Sroka ao colombiano Fernando Botero, chamam a atenção. Algumas séries que ganharam continuidade na programação foram um sarau literário e o evento Tango no CCCEV (abreviatura de Centro Cultural CEEE Erico Verissimo)
O Museu da Eletricidade preserva a história do prédio, que serviu de sede para a Companhia Elétrica Força e Luz. Mas o grande destaque é o Memorial Erico Verissimo, que ocupa dois dos seis pavimentos do prédio com originais datilografados, manuscritos, fotos, cadernos, correspondências e outros objetos do acervo pessoal do autor de O Tempo e o Vento. O catálogo do memorial está disponível, na íntegra, em cccev.com.br
A diretora é Larissa Limeira. Há uma comissão curatorial responsável por definir as atrações do espaço, que tem, no total, seis funcionários
O Grupo CEEE é o responsável. O acervo do escritor que dá nome ao centro cultural foi adquirido pela CEEE em parceria com o grupo Gerdau
Avenida Erico Verissimo, 307, entre a Ipiranga e o ginásio Tesourinha, entre os bairros Azenha e Cidade Baixa
(51) 3289-8000
Instalado na histórica área da Ilhota, onde Lupicínio Rodrigues foi criado, o Centro Municipal da Cultura surgiu como Projeto Renascença, nos anos 1970, em torno do teatro homônimo. Mas não se resume a ele: sua área de mais de 3,6 mil metros quadrados sedia ainda o Atelier Livre da prefeitura de Porto Alegre, a Biblioteca Pública Municipal e a Sala Álvaro Moreya, onde são realizados espetáculos e outras atividades
O Teatro Renascença é o palco nobre do Centro Municipal da Cultura, mas a versatilidade da Álvaro Moreyra permite que ali sejam apresentados de conferências a peças teatrais, de cursos a oficinas de artes cênicas. O saguão principal também oferece exposições e arte e objetos, que geralmente têm a ver com a produção do Atelier Livre ou com a própria programação do Renascença e da Álvaro Moreyra
Muita gente não sabe, mas a Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, que tem atendimento diário ao público, tem cerca de 40 mil livros e um setor de periódicos que podem ser consultados gratuitamente pela população
Tânia Freitas é a atual diretora. O Centro Municipal da Cultura também sedia a Coordenação de Artes Cênicas da Secretaria da Cultura de Porto Alegre. Trabalham no local mais de 30 pessoas
O centro é mantido pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre
Avenida Independência, 75, junto ao complexo da Santa Casa de Misericórdia
(51) 3214-8255 e (51) 3213-7258
Um dos raros equipamentos culturais localizados junto a um complexo hospitalar, o Centro Histórico Cultural Santa Casa surgiu como um centro de documentação e biblioteca que acabou ampliado para um centro cultural amplo, com um teatro, um foyer e salas de múltiplos usos, nos quais são apresentados espetáculos cênicos e exposições de arte e realizados de cursos e oficinas
Além das atrações que se revezam em seus espaços internos, o centro oferece uma exposição permanente que documenta mudanças na cidade ao longo dos mais de 200 anos de história da Santa Casa de Misericórdia. E mantém o Coro da Santa Casa, grupo vocal que se apresenta regularmente em Porto Alegre e pelo Interior
O centro tem uma loja, um bistrô e um jardim ornamentado por uma escultura de Nico Rocha. A visita vale pela riqueza arquitetônica de toda a Santa Casa de Misericórdia: sua fachada que se estende da Praça Dom Feliciano até as chamadas "casinhas da Independência" é representativa das diversas fases históricas do desenvolvimento de Porto Alegre desde o século 18
A equipe tem em torno de 25 pessoas, entre funcionários e estagiários, com Rosani Maria Porto Silveira na direção
O centro aluga suas salas e demais espaços para apresentações, cursos e outros eventos. A manutenção se dá também a partir dos projetos realizados em parceria com empresas privadas, que, como o patrocinador master (em 2015, é a Agrojen), investe no centro cultural via leis de renuncia fiscal
Avenida João Pessoa, 943, em frente ao Parque Farroupilha (Redenção)
(51) 4009-2970
Uma agenda de música e artes visuais, com shows e exposições em sua sede em Porto Alegre, além de eventos levados a outras cidades. O Núcleo de Cinema oferece cursos na área, e o Núcleo Cultural do Vinho, palestras com degustações
As exposições de arte contemporânea merecem destaque, além de projetos como o Cultura Doadora (que usa atividades como os shows de Los 3 Plantados para conscientizar o público para a doação de órgãos), o Conversa com o Professor (voltado à educação infantil), e uma feira de livros sobre enocultura (realizada periodicamente pelo Núcleo Cultural do Vinho)
Os shows do Ecarta Musical, um sábado sim, outro não, sempre às 18h, têm entrada franca. São realizados com nomes de destaque do cenário local. A proximidade da Redenção e do bairro boêmio Cidade Baixa permite emendar os programas na Ecarta com outras atividades que têm lugar na região
Construída sobre os pilares Educação, Cultura, Arte, Recreação, Tecnologia e Assistência, cujas iniciais formam a palavra Ecarta, a entidade é mantida pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS). O coordenador, Marcos Fuhr, trabalha com um conselho curador e coordenadores para cada área ou núcleo de atuação
O Sinpro-RS é o mantenedor, mas projetos também são realizados em parceria com outras empresas
Rua 24 de Outubro, 112, próximo à Praça Júlio de Castilhos
(51) 2118-7800
A sede porto-alegrense do Goethe-Institut conta com auditório multifuncional, além de espaço para exposições e uma biblioteca. Sua programação é voltada à arte contemporânea e a espetáculos diversos de música e teatro. O Goethe ainda participa ativamente da produção de eventos, mostras e feiras de diversas linguagens apresentados em outros espaços de Porto Alegre
A biblioteca pode ser consultada gratuitamente (para empréstimos, deve-se pagar uma anuidade que varia entre R$ 10 e R$ 40). Detalhe: ela está fechada sempre às sextas-feiras. A galeria de arte e o auditório nem sempre mantêm atividades, mas a programação costuma ser de qualidade
Pela natureza ligada ao ensino de uma língua estrangeira, o Goethe tem uma atmosfera propícia para a troca de conhecimento com pessoas de outras origens. Abertas ao público, suas confraternizações em datas especiais são uma atração à parte. Outra barbada: em goethe.de/br, um amplo guia da programação cultural chancelada pelo instituto pode ser folheado virtualmente
O Goethe-Institut é uma entidade ligada ao governo alemão, que por sua vez é o proprietário do prédio onde funciona o centro cultural. Marina Ludemann é a diretora. Ela comanda uma equipe formada por curadores, programadores e parceiros, brasileiros e alemães, com conselhos consultivos específicos para cada área artística
Para desenvolver sua programação cultural e gerenciar suas despesas administrativas, o Goethe recebe recursos da Alemanha
Rua João Caetano, 440, a um quarteirão da Avenida Carlos Gomes, no bairro Três Figueiras
(51) 3533-5700
O instituto fundado pela família Ling era voltado inicialmente à educação, mas em 2014 se materializou num prédio de estilo contemporâneo encravado em uma das áreas mais nobres de Porto Alegre. Lá, há espaço para shows, exposições, cursos e outros eventos em todas as áreas da cultura, da moda à música erudita, da dança à gastronomia
São os shows de gêneros como MPB, erudito e jazz, alguns internacionais, e as exposições concebidas especialmente para o espaço do Ling, de artistas como Nelson Felix, Karin Lambrecht e Carlos Vergara. Oficinas, palestras e workshops lá realizados costumam ter docentes reconhecidos no meio intelectual
O café/restaurante é bom e bonito, a loja com objetos de design é uma boa sacada dos organizadores e o espaço arquitetônico em si, que valoriza a natureza com suas linhas retas e grandes paredes envidraçadas, vale a visita
Carolina Rosado é a coordenadora do Instituto Ling. Ela divide a curadoria do espaço com um conselho consultivo, produtores e outros agentes culturais parceiros de cada atividade em específico
Oriundos de uma família de imigrantes chineses, os Ling são donos de negócios que envolvem mantas de polipropileno e latas de alumínio. São os principais investidores do centro cultural, que conta com parcerias com outras empresas privadas. Os cursos e shows oferecidos são pagos, o que também representa uma fonte de renda para o Instituto Ling
Rua Lopo Gonçalves, 176, na Cidade Baixa
(51) 3019-2595
O Meme surgiu como um grupo de pesquisa e desenvolvimento de trabalhos na área de artes cênicas, mas cresceu e, no sobrado que hoje ocupa na Cidade Baixa, oferece atividades também em outras áreas. Tem foco em cursos de expressão corporal, saúde e bem-estar, além de atividades diversas de música e artes cênicas. Mas também sedia lançamentos de livros, eventos gastronômicos e outros tipos de atrações
Projetos como a Noite do Chef, o Sarau Universal do Reino de Zeus, o Clube da MPB e o Conversa de Botequim têm lugar cativo na grade de atrações. Os dois últimos costumam apresentar o obra de grandes nomes de gêneros como o choro. Chamam a atenção, ainda, a agenda de shows de samba e outros gêneros da música popular e as apresentações de teatro e dança produzidas pelo próprio grupo Meme
Vale ficar de olho na programação, em centromeme.com.br, e conferir as datas do Espaço Improviso, projeto de caráter livre no qual artistas e público trocam informações e experiências, resultando em um grande happening finalizado com uma jam session que segue o mesmo espírito anárquico. A casa também tem um bistrô para o público aproveitar a visita
O grupo Meme atualmente é composto por 11 artistas, sob a direção do coreógrafo e bailarino Paulo Guimarães
Trata-se de um grupo autônomo, que mantém o espaço com o dinheiro arrecadado com a venda de ingressos para cursos e eventos
Rua Sete de Setembro, 1.020, em frente à Praça da Alfândega, Centro Histórico
(51) 3227-0882
Instalado no imponente prédio dos Correios e Telégrafos, é um centro cultural com foco na área de História: trata-se de um local de preservação de objetos, mapas, gravuras, fotografias e livros que documentam o passado do Rio Grande do Sul. No prédio também funcionam o Arquivo Histórico do Estado e o Museu dos Direitos Humanos do Mercosul. O Memorial já chegou a lançar publicações em livros e livretos
As exposições da Sala do Tesouro são uma das principais atrações, mas há também mostras em outras salas e no saguão principal do prédio. Quem gosta de selos tem no Museu Postal e na Agência Filatélica uma visita interessante
O prédio de arquitetura eclética construído entre 1910 e 1914 merece a atenção do visitante. Sua torre única forma um conjunto com a torre da edificação vizinha (o Margs), compondo uma espécie de portal de entrada na cidade, assim concebido à época em que os forasteiros chegavam pelo porto, de navio, e adentravam em Porto Alegre através da Avenida Sepúlveda até chegar à Praça da Alfândega
Mantido pelo governo do Estado, tem na direção atualmente Maria Helena Nunes. Pouco mais de 10 funcionários trabalham no local
O Memorial foi criado a partir de um convênio entre os governos federal e estadual. A manutenção do prédio e a programação estão vinculadas à Secretaria de Estado da Cultura
Praça Marechal Deodoro, s/n°, Centro Histórico
(51) 3227-5100
Mais nobre palco do Rio Grande do Sul, o São Pedro foi restaurado nos anos 1970 e se tornou um dos mais celebrados espaços de artes cênicas de todo o país. Além do teatro, já contava com sala de exposição e foyer para apresentações diversas. Com a construção do Multipalco no terreno anexo, iniciada na década de 2000, passa a ter uma concha acústica, novas salas de música, ensaio e oficinas (que já estão funcionando), um novo teatro, um cine-teatro oficina e uma sala de dança (ainda não concluídos)
Naturalmente, são as atrações do palco principal: por ali já passaram alguns dos grandes nomes do teatro e da televisão no Brasil. Também vale a pena acompanhar a agenda de apresentações da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, comandanda pelo maestro Antonio Borges-Cunha
Preste atenção na programação de atrações do foyer nobre. É frequente haver concertos gratuitos e de qualidade no horário do meio-dia, durante a semana, como os da série Musical Évora, dedicada aos gêneros erudito, MPB, choro e jazz
A Fundação Theatro São Pedro, presidida por Eva Sopher desde a reforma do teatro, nos anos 1970. Mais de 60 funcionários trabalham na fundação e na Associação de Amigos do Theatro São Pedro
O São Pedro, a fundação que o mantém e a orquestra do TSP são vinculados ao governo gaúcho. As obras de construção do Multipalco são financiadas com renúncia fiscal, via LIC-RS e Lei Rouanet
Rua José do Patrocínio, 698, esquina com Alberto Torres, na Cidade Baixa
(51) 3254-7200
Além do café e de uma "microgaleria acessível", a "Casa Marrom" da Cidade Baixa conta com uma sala adaptável para concertos, oficinas, eventos gastronômicos e até sessões de filmes. As apresentações musicais têm lugar ali, onde cabem até 110 pessoas
Os cursos de alta cultura e os concertos de gêneros como jazz, tango e música instrumental são atrações de relevo. Dois dos carros-chefes do StudioClio são os banquetes temáticos e o StudioClio Tur (viagens culturais guiadas, realizadas em grupos, por destinos como a Grécia e os países bálticos)
Shows com selos como o Blues in Clio e o Concertos Master, além dos recitais históricos, são garantia de qualidade. O site studioclio.com.br traz informações bastante completas e textos descritivos invariavelmente muito bons sobre as atrações que o StudioClio apresenta
Os irmãos Francisco e Otávio Marshall estão por trás do projeto. O primeiro assina a curadoria cultural juntamente com Tiago Halewicz, e Lauro Correa é o administrador do espaço. A equipe tem, no total, 11 funcionários
Sem dinheiro público ou uso de renúncia fiscal, o StudioClio é um empreendimento privado bancado pelos proprietários e que se sustenta com o que arrecada nas atividades que oferece
Praça da Alfândega, s/nº (entrada pela Rua 7 de Setembro), ao lado do Memorial do Rio Grande do Sul e do Margs, no Centro Histórico
(51) 3287-5500
Atividades múltiplas nas áreas de música, cinema e artes visuais, geralmente complementares. Seu carro-chefe são as grandes exposições que ocupam o gigantesco saguão principal, mas as galerias no andar superior, as salas multiuso e o palco instalado no átrio também oferecem atrações, de shows a palestras, passando por oficinas diversas
No verão, há uma série de concorridas apresentações musicais e um grande ciclo dedicado a filmes brasileiros recentes. A programação da sala de cinema merece atenção especial do público. E as atrações de artes visuais costumam estar entre as mais badaladas da capital gaúcha
O prédio em si é uma atração à parte. Trata-se de uma histórica edificação construída entre 1927 e 1932, que tradicionalmente foi dedicada a atividades bancárias. O café e o cinema, no subsolo, funcionam dentro dos velhos cofres. E o átrio, no último andar, mistura a origem neoclássica e eclética a um aspecto contemporâneo que foi definido pelas intervenções recentes. Vale a visita
O coordenador-geral é Carlos Trevi, que responde diretamente pela programação de artes visuais. A de cinema está a cargo da Prana Filmes, e a de música, da Branco Produções. O Santander Cultural tem, ainda, um conselho curatorial
A instituição é mantida pelo grupo Santander, que possui escritórios administrativos funcionando dentro do prédio
Av. João Goulart, 551, às margens do Guaíba, no centro de Porto Alegre
(51) 3289-8140
A velha usina, cartão-postal da cidade, recebe milhares de visitantes que passeiam pela beira do Guaíba todos os fins de semana, além de sediar feiras as mais diversas. Mas tem seu forte na programação cultural: apresenta exposições no saguão e nas galerias do térreo e do 5º andar, filmes na Sala P.F.Gastal (3º andar) e ainda tem pelo menos três salas reservadas a espetáculos, entre outras atividades
No verão, há uma série de concorridas apresentações musicais e um grande ciclo dedicado a filmes brasileiros recentes. A programação da sala de cinema merece atenção especial do público. E as atrações de artes visuais costumam estar entre as mais badaladas da capital gaúcha
O terraço, que oferece linda vista do Guaíba, está em fase final de reformas. Quando for reaberto (a previsão é neste mês de julho), terá acesso liberado ao público. Enquanto isso, aproveite para conhecer o Memorial da Usina (no térreo), que oferece um passeio pela história do espaço ao longo das décadas
O atual diretor é Renato Wieniewski. Mantido pela prefeitura, o Gasômetro também sedia as coordenações de música e cinema da Secretaria Municipal da Cultura, e suas respectivas equipes, que trabalham no local diariamente
A prefeitura de Porto Alegre
Rua São Carlos, 753, esquina com a Rua Hoffmann, no bairro Floresta
(51) 3265-1600
Trata-se de um espaço de convivência instalado em um complexo com um pátio e dois prédios históricos datados dos anos 1920. Nesses edifícios, funcionam cerca de 20 escritórios de arquitetura e design, oficinas de bicicleta e as sedes de dois grupos de teatro. No local, há atividades que podem ser enquadradas em um destes quatro grandes temas: cultura, educação, negócios criativos e regeneração urbana. Cabem, nessa definição, shows, festas, performances, exposições, feiras e cursos, entre outras atrações
O bate-papo Conversa de Vizinho tem a cidade como foco, enquanto o Dia de Cultura Livre apresenta atividades de temáticas variadas, e o Tardes Brincantes é voltado às crianças. O Mingau é uma mistura de festa com bazar, que reúne gente de todas as idades circulando pelo espaço do Vila Flores
Às terças, os escritórios e as companhias sediadas no complexo abrem as portas para o público visitá-los e descobrir o Vila Flores em sua proposta de integração. Outra dica é a página do Vila Flores no Facebook, que traz a agenda completa de atrações que têm lugar por lá. Um porém: em julho, o espaço estará fechado para a reforma do pátio. A programação volta em agosto
Antônia Wallig e Aline Bueno respondem pela parte cultural. João Felipe Wallig e Pablo Urquiza, pela arquitetônica. E Samanta e João Wallig, pela administrativa. As decisões sobre projetos são tomadas em conjunto por esses três braços do Vila Flores
João Felipe e Antônia Wallig são os proprietários do espaço. Eles alugam as áreas do Vila Flores aos empreendimentos ali sediados
Rua Carajá, 51, quase esquina com a Avenida Guaíba, na Vila Assunção, Zona Sul
(51) 3237-8737
Uma série de atividades relacionadas à saúde (há uma academia de ginástica voltada para maiores de 40 anos) divide a agenda com shows, palestras e oficinas teóricas e práticas de diversas linguagens artísticas, como dança, música e literatura. São dois andares: o superior, com academia, para cuidar do corpo; o inferior, com sua ampla sala multiuso, para dar conta das atividades culturais
Iniciada em junho deste ano, a programação deve ser incrementada no segundo semestre com saraus, jam sessions e outras atividades musicais, a exemplo de uma série de noites de tango que buscam resgatar o espírito dos antigos bailes portenhos
Fique de olho em viacultura.com.br: além das atividades pagas, há uma série de palestras que são realizadas frequentemente com entrada franca. Também vale conferir a bela vista para o Guaíba, especialmente do andar superior. O terraço, por enquanto inativo, pode ser explorado em breve, projetam os administradores
São três sócios: a advogada com doutorado em Filosofia Rita Zanini, o engenheiro e economista de origem espanhola Esteban Marco e o professor de Educação Física David Sinhoreli
Trata-se de um empreendimento privado, bancado pelos proprietários, sem uso de renúncia fiscal ou dinheiro público, que obtém retorno a partir das atividades que promove