1965 - 1969

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Espetáculos

Arte além do Margs

Nos anos 1960, Porto Alegre não tinha tantos espaços de exposição como hoje. Ainda assim, além do Margs, não eram poucos os locais para se ver mostras de arte, entre eles o Centro Cultural Americano, o Correio do Povo, a Casa das Molduras, a Aliança Francesa e o recente Margs. O 2∨dm; Caderno daquela época já trazia um roteiro de exposições que informava aos leitores sobre o que estava em cartaz na cidade. Em 5 de novembro de 1965, por exemplo, a edição destacava uma mostra apresentada na galeria do ICBNA, no 12∨dm; andar do edifício União. Dizia o texto: "Está sendo realizada no momento a exposição de cerâmicas do conhecido artista W. Olmedo. A mostra reúne um grande número de peças realizadas com os mais variados recursos da arte da cerâmica, tão rara entre nós. Às pessoas interessadas, avisamos que a exposição permanecerá aberta até o dia 10 corrente". As aberturas dessas exposições eram também noticiadas como eventos de encontro social, ganhando coberturas nas colunas sociais, como continuam ocorrendo até hoje.

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Presença das galerias

Nas décadas de 1960 e 1970 e até meados dos anos 1980, as galerias de arte de Porto Alegre se profissionalizaram, cumprindo um papel não só comercial nas artes locais. Galerias como IAB, Domus, Espaço, Yázigi, Leopoldina, Carraro, Didática, Esphera, Eucatexpo, Guignard, Cambona e Tina Presser foram responsáveis por trazer exposições que apresentaram aos gaúchos grandes artistas de fora, além de legitimarem diferentes gerações de artistas gaúchos. Foi em mostras apresentadas por galerias que o público local teve a oportunidade de ver obras de nomes de fora do Estado.

Polêmica de Iberê

Mesmo vivendo no Rio de Janeiro, Iberê Camargo sempre exerceu forte influência artística e intelectual no meio local. Eram frequentes os cursos e as exposições que o traziam ao Estado, quase sempre repercutindo na imprensa por suas declarações e posicionamentos. Foi o caso da famosa fala em que Iberê comentou que o Estado estava em situação de "marasmo cultural", propondo, para a reversão do atraso em relação aos grandes centros, a criação de um ateliê aberto. Foi das discussões pautadas pelas ideias que Iberê trazia à Capital que, de certo modo, originou-se o Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre em 1960. Entre seus primeiros diretores, estão Xico Stockinger e Danúbio Gonçalves. Em 2 de dezembro de 1969, um breve texto sobre uma exposição de Iberê na Galeria do Yázigi assim o apresentava: "Artista maduro e experiente, saltou-se no âmbito nacional tendo participado das mostras mais importantes do país".

Noviça rebelde e popular

Em maio de 1969, o artista espanhol Julio Plaza ministrou em Porto Alegre, intermediado pela artista Regina Silveira, um curso de serigrafia que marcaria uma distinção entre gerações de artistas no Estado. Mais do que os aspectos dessa técnica, ele trouxe ao Estado novos modos de abordagem artística com elementos da semiótica e do concretismo, influenciando a produção de artistas como Vera Chaves Barcellos e Henrique Fuhro. Era um período em que os artistas mais jovens buscavam modos de inserção no circuito artístico, pautando as primeiras discussões sobre arte contemporânea no ambiente artístico do Estado, então marcado por certo conservadorismo.

Noviça rebelde e popular

Presença de grandes nomes do cinema internacional no Rio Grande do Sul são ainda hoje raras. Natural que tivesse bastante repercussão a visita ao Estado, em 1966, do cineasta francês Claude Lelouch, que, meses antes, havia erguido a Palma de Ouro no Festival de Cannes com Um Homem, Uma Mulher – com o qual ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro no ano seguinte. Na edição do dia 15 de junho de 1966, ZH publicou a reportagem "Lelouch veio ver como vive gaúcho". A matéria relatava que o diretor buscava locações para um próximo filme, Le Soleil Se Lève a L'ouest. Em visita à redação do jornal, Lelouch disse que visitaria outras cidades brasileiras, nas quais também escolheria o elenco local para contracenar com seu protagonista, Jean-Claude Brialy. Le Soleil Se Lève a L'ouest, aliás, acabou não sendo realizada.

Noviça rebelde e popular

Estrelado por Julie Andrews, o musical que seria consagrado em 1966 com cinco Oscar se tornou um fenômeno de público em Porto Alegre em 1965. A fita estreou na Capital em 3 de julho daquele ano, uma segunda-feira, dia que marcava a troca da programação cinematográfica à época, nas salas Marrocos e Moinhos de Vento. A Noviça Rebelde foi apresentado por ZH como "mais um super-espetáculo musical dirigido por Robert Wise,