Laçador renovado

O monumento criado por Antônio Caringi e inaugurado em 20 de setembro de 1958 tem diversos problemas. Pequenas fissuras, manchas nos braços e outros problemas foram identificados em 2016 e um estudo confirmou a necessidade de restauro, um ano depois.

Após a avaliação técnica, o projeto foi assumido pela plataforma Resgate do Patrimônio Histórico, criada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RS). O custo total da obra é de R$ 900 mil, sendo que R$ 810 mil foram captados por meio da legislação criada pelo governo do Estado para apoio à cultura.

Os trabalhos começaram na última quarta-feira (22), no sítio do Laçador, na Avenida dos Estados. Equipes quebraram o concreto na base e formaram o molde para sustentá-la. Esta etapa seguiu até o final da manhã desta terça-feira.

Barras foram inseridas na base, que determinaram o ponto de corte do concreto. Uma gaiola foi encostada no monumento em três pontos estruturais e um guindaste levantou a estátua de quase 4 toneladas.

A operação levou cerca de 20 minutos e foi acompanhada por autoridades, representantes do projeto, curiosos e integrantes da Ordem dos Cavaleiros do Rio Grande do Sul.

O Laçador foi colocado na horizontal em um caminhão para ser transportado até o pavilhão onde será restaurado. A decisão de colocá-lo deitado foi pensando nos viadutos que cortam as vias da região, evitando possibilidade de choque.

Nos próximos 90 dias, o portento de bronze terá suas fissuras consertadas, será limpo e receberá um tratamento com pátina química para deixar o acabamento sem cicatrizes permanentes. Os trabalhos serão realizados em um galpão, nas proximidades do aeroporto Salgado Filho.

O restauro do monumento também inclui a remodelagem do local em que ele está. A prefeitura de Porto Alegre já se comprometeu a rever a iluminação e a área verde ao redor da estátua. A previsão é de que o Laçador retorne ao sítio atual daqui a três meses.