Quando um bebê nasce, a vida familiar se transforma, esperanças e relações são renovadas e laços de afeto são ressignificados. É realmente uma revolução.
E, num primeiro momento, torna-se uma batalha pela vida em que mãe e bebê são os personagens principais. As dúvidas chegam junto, e há todo um processo de conhecimento que exige paciência e atenção. Nos primeiros dias de vida, o bebê precisa de amamentação, carinho e cuidado para se desenvolver plenamente e com saúde física e mental. Pediatras especialistas em recém-nascidos ressaltam que os primeiros dias do bebê são fundamentais para o construção de vínculos afetivos entre pais e filhos. Assusta? Claro, mas algumas informações básicas ajudam a compreender essa fase da infância e evitar percalços na rotina.
Use a rolagem lateralÉ natural que familiares e amigos queiram conhecer – além de pegar no colo, abraçar e beijar – o recém-nascido na primeira oportunidade. Mas é preciso ir com calma. Sem alguns cuidados básicos, todo esse afeto pode prejudicar a saúde da criança, além de gerar estresse aos pais. Os pediatras Desirée de Freitas Valle Volkmer e Carlos Humberto Bianchi e Silva dão algumas dicas sobre o que fazer para evitar problemas.Pergunte à família se é melhor visitar em casa ou no hospitalPor praticidade, alguns pais preferem receber visitas ainda no hospital, onde podem contar com a estrutura da maternidade e com os cuidados da equipe médica e de enfermeiros. Lá também não é preciso se preocupar com a organização do local nem oferecer aperitivos aos convidados. Mas há quem prefira ver apenas familiares e amigos mais próximos na maternidade, reservando outras visitas para o conforto do lar.Ligue antesEm um momento atribulado como costumam ser os primeiros dias após o nascimento de um bebê, visitas surpresa são bastante inadequadas. Você pode acabar chegando durante o sono da criança e o descanso da mãe, ou mesmo interromper a amamentação, por exemplo. Para evitar inconvenientes, ligue para avisar sobre o desejo de fazer uma visita à família e perguntar sobre o melhor horário.Não vá se estiver doenteSe você estiver gripado, resfriado, com alergia, diarreia ou sintoma de alguma infecção, esqueça. Essa não é a melhor hora de visitar o bebê. Recém-nascidos ainda não têm o sistema imunológico totalmente desenvolvido, nem a vacinação em dia. O risco de contraírem uma doença – que pode evoluir para um quadro mais grave – é maior. Certifique-se de que você se recuperou bem antes de ir conhecer o pequeno.Não fume e não use perfumes fortesCheiros intensos, como de perfumes ou cigarro, irritam as mucosas do recém-nascido, que ainda são muitos sensíveis. Por ter o nariz pequeno, qualquer secreção ou irritação é capaz de causar a obstrução nasal – e, nessa fase, o bebê ainda não consegue respirar pela boca. Por isso, verifique se suas roupas estão limpas e livres de odores antes de fazer a visita.Higienize-se antes de chegar perto do bebêÉ importante fazer uma higiene reforçada assim que chegar no local da visita. Lave bem as mãos e, se possível, os antebraços. Se a família disponibilizar álcool gel, não o ignore. Livre-se dos vírus e bactérias que possa ter contraído ao manusear celular, dinheiro, chave do carro, entre outros objetos. Aparentemente inofensivos, esses germes podem causar problemas no organismo ainda pouco protegido da criança.Não pegue na mão e não
beije o bebêPor mais que você lave bem as mãos antes de chegar perto, pode acabar encostando em outros objetos cheios de germes – a maçaneta da porta, por exemplo. Por via das dúvidas, não pegue na mão da criança, pois ela provavelmente vai colocá-la na boca mais tarde. Também não saia distribuindo beijos, para evitar transmitir vírus e bactérias da sua boca para o recém-nascido.Não vá em um grupo grandeO ideal é evitar aglomerações ao redor do recém-nascido. Tantos estímulos de sons e vozes podem prejudicar seu sono ou deixá-lo irritado e com dificuldade para mamar. Por isso, faça a visita com pouca gente e quando o ambiente estiver calmo.Evite levar criançasSe você tiver a opção, não leve crianças – principalmente aquelas que frequentam creche ou escola, mais expostas a viroses e que são vetores mais fáceis de doenças. Crianças também podem fazer barulho e bagunça, além de não entender que não devem segurar ou beijar o bebê. Todas essas situações podem gerar apreensão e constrangimento para você e para os pais. A menos que a criança seja irmã ou parente próximo do recém-nascido, é mais prudente esperar o bebê crescer um pouco para promover esse encontro.Não peça para acordar a criançaAlgumas pessoas sentem-se frustradas ao visitar um recém-nascido e deparar com ele dormindo, mas é preciso respeitar sua rotina. Enquanto dorme, a criança descansa, repõe as energias e se desenvolve. Além disso, seu sono representa um momento de descanso para os pais, que geralmente estão cansados pela rotina atribulada do período.Não dê palpites ou conselhos sem ser solicitadoMesmo que as intenções sejam as melhores, palpites ou conselhos podem ser desagradáveis para os pais, se não forem solicitados. Evite frases como "Dá uma mamadeira, esse bebê está com fome", "Coloca ele no berço, senão vai ficar manhoso" ou "Deixa chorar um pouco, faz bem para os pulmões". Falas assim podem gerar ansiedade, irritação ou insegurança nos pais, que acabam ouvindo diferentes opiniões de muitas pessoas. Lembre-se de que eles são acompanhados por médicos e profissionais capacitados para orientá-los.Faça uma visita rápidaNão se esqueça: a visita ao recém-nascido é uma cortesia. Cumprimente os pais, ofereça-se para ajudar e não demore para ir embora. Meia hora é tempo suficiente. Visitas longas podem incomodar – seja porque os pais estão cansados, desejam ficar sozinhos com o bebê ou a mãe quer amamentar tranquilamente. Nessas horas, vale confiar no bom senso.Cuide para não atrapalhar a amamentaçãoPerceba se a mãe se sente confortável para amamentar a criança na sua presença. Caso ela apresente algum desconforto ou dificuldade, é hora de ir embora. Nos primeiros dias, mãe e bebê ainda estão aprendendo a prática da amamentação, e é comum que esse seja um momento difícil. Qualquer estímulo, como luz ou conversa, pode distrair a criança e atrapalhar o processo. A mãe também pode ficar nervosa, insegura ou constrangida ao ser observada amamentando. Na dúvida, ofereça-se para sair do local por alguns instantes.
As cólicas não afetam os bebês recém-nascidos. Elas começam após o primeiro mês de vida e acometem os bebês até completarem três meses.
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Com o sistema gastrointestinal ainda em desenvolvimento, os bebês costumam sofrer frequentemente de cólicas. O mal-estar é causado principalmente pela formação de gases, provocando crises de choro que deixam os pais em desespero. Os pediatras João Ronaldo Mafalda Krauzer e Maria Nilce Farias Peruffo esclarecem os principais mitos e verdades sobre o tema. Confira.
A maioria das crianças pequenas regurgita parte do leite ingerido, um episódio conhecido como refluxo. A situação, que gera desconforto e preocupação em muitos pais de primeira viagem, é tratada com tranquilidade pelos médicos. Eles afirmam: refluxo é normal em bebês e, na maioria dos casos, não representa um problema de saúde.
Fonte: Patrícia Martins, pediatra
Quando um bebê nasce, a vida familiar se transforma, esperanças e relações são renovadas e laços de afeto são ressignificados. É realmente uma revolução.
E, num primeiro momento, torna-se uma batalha pela vida em que mãe e bebê são os personagens principais. As dúvidas chegam junto, e há todo um processo de conhecimento que exige paciência e atenção. Nos primeiros dias de vida, o bebê precisa de amamentação, carinho e cuidado para se desenvolver plenamente e com saúde física e mental. Pediatras especialistas em recém-nascidos ressaltam que os primeiros dias do bebê são fundamentais para o construção de vínculos afetivos entre pais e filhos. Assusta? Claro, mas algumas informações básicas ajudam a compreender essa fase da infância e evitar percalços na rotina.
Use a rolagem lateralÉ natural que familiares e amigos queiram conhecer – além de pegar no colo, abraçar e beijar – o recém-nascido na primeira oportunidade. Mas é preciso ir com calma. Sem alguns cuidados básicos, todo esse afeto pode prejudicar a saúde da criança, além de gerar estresse aos pais. Os pediatras Desirée de Freitas Valle Volkmer e Carlos Humberto Bianchi e Silva dão algumas dicas sobre o que fazer para evitar problemas.Pergunte à família se é melhor visitar em casa ou no hospitalPor praticidade, alguns pais preferem receber visitas ainda no hospital, onde podem contar com a estrutura da maternidade e com os cuidados da equipe médica e de enfermeiros. Lá também não é preciso se preocupar com a organização do local nem oferecer aperitivos aos convidados. Mas há quem prefira ver apenas familiares e amigos mais próximos na maternidade, reservando outras visitas para o conforto do lar.Ligue antesEm um momento atribulado como costumam ser os primeiros dias após o nascimento de um bebê, visitas surpresa são bastante inadequadas. Você pode acabar chegando durante o sono da criança e o descanso da mãe, ou mesmo interromper a amamentação, por exemplo. Para evitar inconvenientes, ligue para avisar sobre o desejo de fazer uma visita à família e perguntar sobre o melhor horário.Não vá se estiver doenteSe você estiver gripado, resfriado, com alergia, diarreia ou sintoma de alguma infecção, esqueça. Essa não é a melhor hora de visitar o bebê. Recém-nascidos ainda não têm o sistema imunológico totalmente desenvolvido, nem a vacinação em dia. O risco de contraírem uma doença – que pode evoluir para um quadro mais grave – é maior. Certifique-se de que você se recuperou bem antes de ir conhecer o pequeno.Não fume e não use
perfumes fortesCheiros intensos, como de perfumes ou cigarro, irritam as mucosas do recém-nascido, que ainda são muitos sensíveis. Por ter o nariz pequeno, qualquer secreção ou irritação é capaz de causar a obstrução nasal – e, nessa fase, o bebê ainda não consegue respirar pela boca. Por isso, verifique se suas roupas estão limpas e livres de odores antes de fazer a visita.Higienize-se antes de chegar perto do bebêÉ importante fazer uma higiene reforçada assim que chegar no local da visita. Lave bem as mãos e, se possível, os antebraços. Se a família disponibilizar álcool gel, não o ignore. Livre-se dos vírus e bactérias que possa ter contraído ao manusear celular, dinheiro, chave do carro, entre outros objetos. Aparentemente inofensivos, esses germes podem causar problemas no organismo ainda pouco protegido da criança.Não pegue na mão e não
beije o bebêPor mais que você lave bem as mãos antes de chegar perto, pode acabar encostando em outros objetos cheios de germes – a maçaneta da porta, por exemplo. Por via das dúvidas, não pegue na mão da criança, pois ela provavelmente vai colocá-la na boca mais tarde. Também não saia distribuindo beijos, para evitar transmitir vírus e bactérias da sua boca para o recém-nascido.Não peça para acordar
a criançaAlgumas pessoas sentem-se frustradas ao visitar um recém-nascido e deparar com ele dormindo, mas é preciso respeitar sua rotina. Enquanto dorme, a criança descansa, repõe as energias e se desenvolve. Além disso, seu sono representa um momento de descanso para os pais, que geralmente estão cansados pela rotina atribulada do período.Não dê palpites ou conselhos sem ser solicitadoMesmo que as intenções sejam as melhores, palpites ou conselhos podem ser desagradáveis para os pais, se não forem solicitados. Evite frases como "Dá uma mamadeira, esse bebê está com fome", "Coloca ele no berço, senão vai ficar manhoso" ou "Deixa chorar um pouco, faz bem para os pulmões". Falas assim podem gerar ansiedade, irritação ou insegurança nos pais, que acabam ouvindo diferentes opiniões de muitas pessoas. Lembre-se de que eles são acompanhados por médicos e profissionais capacitados para orientá-los.Faça uma visita rápidaNão se esqueça: a visita ao recém-nascido é uma cortesia. Cumprimente os pais, ofereça-se para ajudar e não demore para ir embora. Meia hora é tempo suficiente. Visitas longas podem incomodar – seja porque os pais estão cansados, desejam ficar sozinhos com o bebê ou a mãe quer amamentar tranquilamente. Nessas horas, vale confiar no bom senso.Cuide para não atrapalhar a amamentaçãoPerceba se a mãe se sente confortável para amamentar a criança na sua presença. Caso ela apresente algum desconforto ou dificuldade, é hora de ir embora. Nos primeiros dias, mãe e bebê ainda estão aprendendo a prática da amamentação, e é comum que esse seja um momento difícil. Qualquer estímulo, como luz ou conversa, pode distrair a criança e atrapalhar o processo. A mãe também pode ficar nervosa, insegura ou constrangida ao ser observada amamentando. Na dúvida, ofereça-se para sair do local por alguns instantes.Evite levar criançasSe você tiver a opção, não leve crianças – principalmente aquelas que frequentam creche ou escola, mais expostas a viroses e que são vetores mais fáceis de doenças. Crianças também podem fazer barulho e bagunça, além de não entender que não devem segurar ou beijar o bebê. Todas essas situações podem gerar apreensão e constrangimento para você e para os pais. A menos que a criança seja irmã ou parente próximo do recém-nascido, é mais prudente esperar o bebê crescer um pouco para promover esse encontro.Não vá em um grupo grandeO ideal é evitar aglomerações ao redor do recém-nascido. Tantos estímulos de sons e vozes podem prejudicar seu sono ou deixá-lo irritado e com dificuldade para mamar. Por isso, faça a visita com pouca gente e quando o ambiente estiver calmo.
Com o sistema gastrointestinal ainda em desenvolvimento, os bebês costumam sofrer frequentemente de cólicas. O mal-estar é causado principalmente pela formação de gases, provocando crises de choro que deixam os pais em desespero. Os pediatras João Ronaldo Mafalda Krauzer e Maria Nilce Farias Peruffo esclarecem os principais mitos e verdades sobre o tema. Confira.
Toque nos cards para ver a resposta
A maioria das crianças pequenas regurgita parte do leite ingerido, um episódio conhecido como refluxo. A situação, que gera desconforto e preocupação em muitos pais de primeira viagem, é tratada com tranquilidade pelos médicos. Eles afirmam: refluxo é normal em bebês e, na maioria dos casos, não representa um problema de saúde.
Fonte: Patrícia Martins, pediatra