Ter uma alimentação saudável e variada é um hábito que começa a ser exercitado muito cedo, antes mesmo do nascimento, quando o bebê ainda está na barriga da mãe. O papel dos pais é essencial durante a infância e, em rotinas cada vez mais aceleradas, pode ser difícil encontrar tempo para comprar e preparar os ingredientes ideais. Mas especialistas garantem que o esforço vale a pena.
– Pensar sobre a alimentação é muito importante. Isso faz parte da pessoa, forma ela. É algo para se chegar bem lá na frente – destaca a nutricionista Luísa Rihl Castro, professora da Unisinos.
Use a rolagem lateralDescubra alguns métodos para tornar o paladar dos pequenos (e a vida da família) mais saudável.Não vincule comida a emoçõesQuando você elogia uma criança por terminar seu prato ou dá um doce a ela como premiação ou consolo, faz com que ela associe as refeições a sentimentos e tenha dificuldades para compreender porque deve comer também coisas que não lhe agradam.– A mensagem da recompensa é ruim. A criança precisa entender que tomar refrigerante é algo que acontece algumas vezes, que é gostoso, mas não faz bem. Quando o pai diz que, se ela se comportar, vai tomar refrigerante, ela vai achar que aquilo é um prêmio – explica o gastroenterologista e nutrólogo pediátrico José Vicente Spolidoro.Incentive, mas não pressioneA recusa de alguns alimentos e refeições faz parte do processo, e é nela que os pais precisam se manter firmes. É preciso persistir, mas nunca forçar a criança a comer algo. E não ceder a pressões: um almoço mal aproveitado não pode ser substituído por um pacote de biscoitos, por exemplo. A criança não terá problemas nutricionais se ficar sem uma refeição eventualmente.Paciência é ainda mais importante ao introduzir alimentos novos. Incentive seu filho a provar e, se ele não gostar, não desista. Uma criança precisa de 12 (ou até mais) degustações antes de aceitar algo.Não transforme guloseimas
em tabusSe você não quer que seu filho idolatre guloseimas, não as proíba. O ideal é fazê-lo entender que, embora sejam saborosas, não são saudáveis.– Mesmo que os pais não ofereçam, a criança vai ter contato com as guloseimas. A ideia é controlar: oferecer algo mais saudável antes, combinar o tamanho da sobremesa, que tem de ser proporcional ao tamanho da criança – recomenda a nutricionista especialista em nutrição materno-infantil Ana Carolina Terrazzan.Nunca faça chantagemQuando você diz a uma criança que ela só vai ganhar a sobremesa se comer o almoço, não está estabelecendo uma regra, mas fazendo chantagem. E a mensagem que isso transmite é perigosa: a refeição não é tão boa quanto a guloseima. Se o seu filho achar que a sobremesa é melhor do que o almoço, é natural que prefira ela.Leve seu filho para a cozinhaCrianças são curiosas e adoram desafios. Use isso a favor da boa alimentação, colocando-as em contato com os alimentos e sua preparação desde cedo.– Quando se consegue levar as crianças para a cozinha, elas começam a se interessar mais pela comida. No fim de semana, por exemplo, em vez de ir a um fast food, convide-a para fazer hambúrguer em casa – diz Ana Carolina Terrazzan.Não há idade para começar. Bebês podem apenas assistir, enquanto crianças a partir de dois anos podem ajudar com tarefas simples, como quebrar um ovo. Conversar com as crianças sobre frutas, legumes e verduras, e levá-las à feira também é uma boa maneira de facilitar a aceitação desses alimentos.Socialize à mesaA comida é algo social e reunir a família à mesa é importante para criar e fortalecer vínculos. Se a rotina estiver corrida, programe-se para fazer pelo menos uma refeição em família diariamente. Tente fazer esses momentos serem divertidos, e aproveite para criar rituais como, por exemplo, estimular que as crianças contem sobre o seu dia. Quando possível, convide crianças que tenham bons hábitos alimentares para fazerem refeições na sua casa. O bom exemplo dos pares pode ser contagioso.Dê o exemploAs crianças tendem a reproduzir o que veem em casa. Ou seja, se você pula da salada para o bife à milanesa, dificilmente seu filho será espontaneamente louco por alface. E sua autoridade para cobrar que ele consuma o vegetal ficará abalada. Se a família tem maus hábitos, a chegada de um novo membro é uma ótima oportunidade para melhorar o consumo de todos – ninguém disse que será fácil. Caso a boa alimentação já seja rotina, aproveite para avançar: mostre prazer ao comer sua refeição, mastigando devagar e apreciando o alimento. Seu filho irá imitá-lo.Comida caseira é sempre melhorNão há produto industrializado que substitua uma boa comida caseira. Esse tipo de produto em geral contém conservantes e um índice de sódio mais elevado do que o sal que é acrescentado no preparo caseiro. Além disso, nutrientes importantes, como as fibras, se perdem durante o processamento dos alimentos.Estabeleça regrasEstabelecer uma rotina com regras que todos conheçam é fundamental. O que comer, onde e quando são decisões que cabem aos adultos.– Em geral, se orientam duas refeições principais, almoço e janta, com alimentos variados: carboidrato, proteína animal e vegetais crus. Mais um lanche pela manhã e um à tarde – diz José Vicente Spolidoro.Para ajudar nessa tarefa e direcionar a fome da criança para as refeições que mais importam, uma dica é criar regras específicas da casa. Por exemplo: a criança tem permissão para comer um pedaço de fruta quando quiser, mas tem de pedir para comer qualquer outra coisa.
Para facilitar o dia a dia dos pais, a nutricionista Ana Carolina Terrazzan indica cinco merendas saudáveis paras as crianças, uma para cada dia da semana. As quantidades variam de acordo com a idade, o peso e a frequência de atividades físicas realizadas por cada criança.
Ter uma alimentação saudável e variada é um hábito que começa a ser exercitado muito cedo, antes mesmo do nascimento, quando o bebê ainda está na barriga da mãe. O papel dos pais é essencial durante a infância e, em rotinas cada vez mais aceleradas, pode ser difícil encontrar tempo para comprar e preparar os ingredientes ideais. Mas especialistas garantem que o esforço vale a pena.
– Pensar sobre a alimentação é muito importante. Isso faz parte da pessoa, forma ela. É algo para se chegar bem lá na frente – destaca a nutricionista Luísa Rihl Castro, professora da Unisinos.
Não vincule comida a emoçõesQuando você elogia uma criança por terminar seu prato ou dá um doce a ela como premiação ou consolo, faz com que ela associe as refeições a sentimentos e tenha dificuldades para compreender porque deve comer também coisas que não lhe agradam.– A mensagem da recompensa é ruim. A criança precisa entender que tomar refrigerante é algo que acontece algumas vezes, que é gostoso, mas não faz bem. Quando o pai diz que, se ela se comportar, vai tomar refrigerante, ela vai achar que aquilo é um prêmio – explica o gastroenterologista e nutrólogo pediátrico José Vicente Spolidoro.Incentive, mas não pressioneA recusa de alguns alimentos e refeições faz parte do processo, e é nela que os pais precisam se manter firmes. É preciso persistir, mas nunca forçar a criança a comer algo. E não ceder a pressões: um almoço mal aproveitado não pode ser substituído por um pacote de biscoitos, por exemplo. A criança não terá problemas nutricionais se ficar sem uma refeição eventualmente.Paciência é ainda mais importante ao introduzir alimentos novos. Incentive seu filho a provar e, se ele não gostar, não desista. Uma criança precisa de 12 (ou até mais) degustações antes de aceitar algo.Não transforme guloseimas
em tabusSe você não quer que seu filho idolatre guloseimas, não as proíba. O ideal é fazê-lo entender que, embora sejam saborosas, não são saudáveis.– Mesmo que os pais não ofereçam, a criança vai ter contato com as guloseimas. A ideia é controlar: oferecer algo mais saudável antes, combinar o tamanho da sobremesa, que tem de ser proporcional ao tamanho da criança – recomenda a nutricionista especialista em nutrição materno-infantil Ana Carolina Terrazzan.Leve seu filho para a cozinhaCrianças são curiosas e adoram desafios. Use isso a favor da boa alimentação, colocando-as em contato com os alimentos e sua preparação desde cedo.– Quando se consegue levar as crianças para a cozinha, elas começam a se interessar mais pela comida. No fim de semana, por exemplo, em vez de ir a um fast food, convide-a para fazer hambúrguer em casa – diz Ana Carolina Terrazzan.Não há idade para começar. Bebês podem apenas assistir, enquanto crianças a partir de dois anos podem ajudar com tarefas simples, como quebrar um ovo. Conversar com as crianças sobre frutas, legumes e verduras, e levá-las à feira também é uma boa maneira de facilitar a aceitação desses alimentos.Socialize à mesaA comida é algo social e reunir a família à mesa é importante para criar e fortalecer vínculos. Se a rotina estiver corrida, programe-se para fazer pelo menos uma refeição em família diariamente. Tente fazer esses momentos serem divertidos, e aproveite para criar rituais como, por exemplo, estimular que as crianças contem sobre o seu dia. Quando possível, convide crianças que tenham bons hábitos alimentares para fazerem refeições na sua casa. O bom exemplo dos pares pode ser contagioso.Dê o exemploAs crianças tendem a reproduzir o que veem em casa. Ou seja, se você pula da salada para o bife à milanesa, dificilmente seu filho será espontaneamente louco por alface. E sua autoridade para cobrar que ele consuma o vegetal ficará abalada. Se a família tem maus hábitos, a chegada de um novo membro é uma ótima oportunidade para melhorar o consumo de todos – ninguém disse que será fácil. Caso a boa alimentação já seja rotina, aproveite para avançar: mostre prazer ao comer sua refeição, mastigando devagar e apreciando o alimento. Seu filho irá imitá-lo.Estabeleça regrasEstabelecer uma rotina com regras que todos conheçam é fundamental. O que comer, onde e quando são decisões que cabem aos adultos.– Em geral, se orientam duas refeições principais, almoço e janta, com alimentos variados: carboidrato, proteína animal e vegetais crus. Mais um lanche pela manhã e um à tarde – diz José Vicente Spolidoro.Para ajudar nessa tarefa e direcionar a fome da criança para as refeições que mais importam, uma dica é criar regras específicas da casa. Por exemplo: a criança tem permissão para comer um pedaço de fruta quando quiser, mas tem de pedir para comer qualquer outra coisa.Comida caseira é sempre melhorNão há produto industrializado que substitua uma boa comida caseira. Esse tipo de produto em geral contém conservantes e um índice de sódio mais elevado do que o sal que é acrescentado no preparo caseiro. Além disso, nutrientes importantes, como as fibras, se perdem durante o processamento dos alimentos.Nunca faça chantagemQuando você diz a uma criança que ela só vai ganhar a sobremesa se comer o almoço, não está estabelecendo uma regra, mas fazendo chantagem. E a mensagem que isso transmite é perigosa: a refeição não é tão boa quanto a guloseima. Se o seu filho achar que a sobremesa é melhor do que o almoço, é natural que prefira ela.Use a rolagem lateralDescubra alguns métodos para tornar o paladar dos pequenos (e a vida da família) mais saudável.
Para facilitar o dia a dia dos pais, a nutricionista Ana Carolina Terrazzan indica cinco merendas saudáveis paras as crianças, uma para cada dia da semana. As quantidades variam de acordo com a idade, peso e a frequência de atividades físicas realizadas por cada criança.