Tudo o que você precisa saber

Melhor época para ir

A alta temporada do destino vai de abril a novembro (especialmente em julho e agosto, meses de férias na Europa e nos EUA), com temperaturas variando entre 22°C e 28°C o ano inteiro. O período entre dezembro e março tem mais chuvas (ainda que esparsas) e é mais barato.

 

Como chegar lá

Há duas formas de ir do Brasil à Polinésia.

 

>Via Chile: a Latam opera uma frequência semanal para Papeete, às segundas-feiras, com volta às terças-feiras. O voo parte de Santiago e tem conexão na Ilha de Páscoa. Ponto positivo: a duração, que fica entre 22 e 24 horas. Ponto negativo: menos flexibilidade nas datas da viagem, como é só um voo por semana.

 

O órgão de divulgação turística do Taiti nos informou que houve problemas com voos cancelados nos últimos tempos, mas a Latam desmentiu. Em uma pesquisa de preços no site da empresa, considerando uma viagem de duas semanas em setembro, a passagem ida e volta partindo de São Paulo sairia por R$ 5.574,16 (com impostos e taxas).

 

>Via Estados Unidos: compra-se uma passagem São Paulo-Los Angeles (American Airlines ou Latam) e outra Los Angeles-Papeete pela Air Tahiti Nui (como a empresa tem codeshare com a American, dá para comprar as duas passagens juntas). Ponto positivo: tem voo todos os dias da semana (em alguns períodos, pode haver dois diários). Ponto negativo: a demora. O tempo no ar é de 20 horas no total, mas, dependendo do horário que chegar em LA, você terá de ficar o dia todo na cidade.

 

Como eu cheguei cedo da manhã, e o voo para o Taiti era à meia-noite, aproveitei para sair do aeroporto e conhecer um pouco o destino, o que amenizou a espera. Os preços em um ticket só, comprados com a American Airlines, começam em US$ 2,2 mil (R$ 7 mil, com impostos inclusos).

Um suvenir para sempre

Voltei da Polinésia com um dos principais suvenires das ilhas eternizado na pele: uma tatuagem. Embora as pessoas se tatuem desde a pré-história, a palavra inglesa "tattoo" se originou do vocábulo polinésio "tatau", introduzido ao mundo ocidental depois das viagens do capitão James Cook à região, no século 18.

 

Mesmo que a tatuagem tenha longa tradição por lá, por um tempo, no século 20, essa arte deixou de ser popular. Nas últimas décadas, porém, houve um renascimento da prática, que floresceu como nunca. Hoje em dia, é muito difícil encontrar um taitiano que não seja tatuado, principalmente com o estilo tribal, característico dos arquipélagos do Pacífico. E eles levam muito a sério a escolha dos desenhos, que precisam ter significado. É comum encontrar pessoas com a história da vida tatuada no corpo, em uma sequência complexa de símbolos.

Viagem 2 em 1

Se você quiser, pode juntar outro destino às férias na Polinésia. Os passageiros da Latam, por exemplo, têm a possibilidade de ficar uma semana na Ilha da Páscoa antes (ou depois) do período no Taiti.

Além disso, a Air Tahiti Nui tem três voos semanais para Auckland, na Nova Zelândia, com preço a partir de US$ 720 (impostos inclusos, exceto o IOF por compras internacionais).

Transporte entre as ilhas

O deslocamento entre ilhas na Polinésia é, em sua maior parte, por avião. Os voos domésticos são feitos em pequenas aeronaves (cerca de 40 assentos) da companhia aérea Air Tahiti (airtahiti.com). Uma passagem de Papeete a Bora Bora, por exemplo, sai por cerca de 43 mil XPF, ou US$ 430, ida e volta (permitida uma bagagem de 23kg). Dependendo da ilha, não é preciso voltar a Papeete para pegar outro voo – observe isso ao montar o roteiro.

 

Entre Papeete e Moorea, a melhor opção é a balsa que sai do centro da cidade, da empresa Aremiti (aremiti.net). O trajeto leva cerca de 40 minutos e custa 1.160 XPF (US$ 11) só ida e 2.320 XPF (US$ 23) ida e volta.

 

O que levar na mala

> Não adianta levar muita coisa, você vai ficar as férias inteiras lá de roupa de banho, vestidinho leve, bermuda, camiseta, chinelo, óculos de sol e chapéu – seja na praia, no restaurante ou no aeroporto.

> Maquiagem, roupa para noite e etc.: não precisa. Aliás, tudo fecha muito cedo – o negócio por lá é curtir o dia.

> Como as praias são de corais e pedrinhas, é muito útil levar sapatilhas aquáticas para não machucar os pés.

> Se você tiver nojinho e não quiser depender de máscara e snorkel coletivos, leve os seus.

> Muito, muito protetor solar, sempre!

> Huahine foi o único lugar em que senti realmente precisar de repelente – e como precisei!

 

Câmbio

A moeda local é o franco pacífico francês (XPF), mas quase todos os lugares aceitam dólares, euros e cartão de crédito. Levei dólares e, de início, não troquei por francos. Com os dias, passei a fazer o câmbio por julgar que estava perdendo dinheiro na cotação da rua – geralmente, usa-se 100 francos = US$ 1, mas o valor de troca fica a critério do vendedor (em um passeio, por exemplo, era 90 francos = US$ 1). Nos bancos, a cotação gira em torno de 105 francos por dólar, mais uma taxa de uns 500 francos por transação.

 

Como escolher uma pérola negra

De tanto entrar em lojas, saí quase uma expert no assunto (ok, nem tanto). Na compra de uma pérola negra, vale aquela máxima: você leva o que pagou. O preço depende, basicamente, de duas coisas: tamanho e imperfeições – há uma diretriz oficial que divide as pérolas segundo a qualidade por meio de letras (sendo A a melhor).

 

Quanto maior e com a superfície mais lisinha, mais cara será a pérola. As mais baratas são menores e apresentam falhas; há também outras com formatos diferentes que o redondo esperado para a joia. Os valores partem de US$ 20 e podem chegar a milhares de dólares.

 

Uma dica: turistas podem ter reembolso do imposto VAT, então as pérolas ficam 16% mais baratas em muitas lojas. Só fique atento, porque é preciso fazer um procedimento no aeroporto para confirmar o desconto, em um guichê localizado antes de passar a segurança da área de embarque.

MELHOR ÉPOCA PARA IR

COMO CHEGAR LÁ

ONDE FICAR

O QUE LEVAR

CÂMBIO

Aeroporto da Air Tahiti Nui no aeroporto de Los Angeles

Resort Le Méridien, em Bora Bora

Duas dicas para quem quiser fazer:

 

1) sempre pergunte para os taitianos se o símbolo que você quer tatuar é polinésio mesmo e o que ele significa (a internet não é muito confiável nesse quesito);

 

2) peça indicações de tatuadores aos funcionários do hotel, para garantir qualidade e higiene (eles podem até marcar um horário para você). Fiz a minha com o tatuador mais famoso e indicado de Bora Bora, um homem grisalho e discreto de uns 40 anos chamado Marama, por 5 mil francos (US$ 50, ou cerca de R$ 160).

Onde ficar

Não sou o tipo de viajante que gaste muito em hospedagem – geralmente, uma cama de hostel me basta. Na Polinésia, fiquei em resorts e pousadas e avaliei que, por lá, faz uma grande diferença investir na acomodação. Algumas das melhores paisagens e praias ficam na área de grandes resorts.

 

Em Bora Bora, por exemplo, há apenas uma praia principal – embora todas as praias, por definição, sejam públicas, você vai precisar alugar um barco (e saber pilotá-lo) para chegar a grande parte delas. Em resorts, há mais opções. Mas pousadas familiares também têm suas vantagens, sendo a principal delas o preço, claro – muito mais baratos –, mas também são uma oportunidade de estar em um contato mais direto com o povo polinésio. (Hostels, não encontrei por lá.)

QUAIS ILHAS VISITAR

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ARTE

Brunno Lorenzoni

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