Um guia para conhecer a Polinésia Francesa
POR PRISCILA DE MARTINI*
priscila.martini@zerohora.com.br
É comum você perguntar para um viajante frequente qual é aquele destino de sonho dele, que parece inalcançável, e ouvir "Polinésia Francesa". Natural, já que a ideia do brasileiro sobre esse lugar envolve, basicamente, três pontos: as imagens maravilhosas que se vê das ilhas, com típicos bangalôs sobre o mar em tons de verde e turquesa, a looonga distância do Brasil e o alto custo da viagem. Passei quase três semanas por lá entre abril e maio e posso afirmar – todas essas percepções estão corretas. Então, vale investir? Vale.
A gente esquece a canseira do trajeto, que pode levar até dois dias, e dos preços salgados quando vê Bora Bora da janela do avião, quando avista pela primeira vez uma fileira de bangalôs sobre aquele mar com uma cor que chega a doer nos olhos, quando admira a grandiosidade da natureza nadando nos recifes de corais com dezenas de tubarões e arraias a centímetros de você, ou quando vive um pouco da cultura polinésia. São experiências inesquecíveis.
Mas que país é esse? Para começar, não é um país, mas sim um território da França no meio do nada no Pacífico Sul, a 6 mil quilômetros da Austrália. São cinco arquipélagos – Sociedade, Tuamotu, Marquesas, Austrais e Gambier – com 118 ilhas, em uma enorme área de 4.167 km², mas apenas 51 são habitadas, e somente 29 têm infraestrutura turística. O Taiti é a maior delas, onde chegam os voos internacionais (na capital, Papeete). Como é muita coisa para visitar em uma viagem só, uma das primeiras etapas do planejamento é escolher quais ilhas incluir no roteiro (sobre isso, falo na aba "quais ilhas visitar").
Aeroporto da ilha de Tikehau
Se quase tudo lá é importado, há uma coisa que é exportada em abundância: as pérolas negras. Em todo o território, a quantidade de lojas que vendem essas joias é impressionante – há uma (ou duas, ou três) praticamente em cada esquina. Vai ser difícil resistir a levar uma para casa.
Nesta reportagem, conto um pouco do que conheci por lá e dou algumas dicas para conhecer este incrível pedaço de paraíso.
Símbolo da Polinésia Francesa, a flor tiare (gardênia do Taiti), branca com aroma adocicado, é onipresente na passagem de qualquer turista pelo destino. Além de estar no logo da Air Tahiti Nui, a companhia aérea internacional polinésia, está em todos os colares de flores que recepcionam os hóspedes dos principais hotéis taitianos nos aeroportos.
*Editora do caderno Viagem de Zero Hora, a jornalista Priscila De Martini viajou a convite de Tahiti Tourisme, Air Tahiti Nui e parceiros.
TEXTOS, EDIÇÃO E IMAGENS
Priscila De Martini
ARTE
Brunno Lorenzoni
DESIGN
Amanda Khal de Souza