Guia da
Copa

:: Participantes ::

A Copa do Mundo está entre nós. Em 2022, a sede será o Catar, onde 32 seleções desfilarão o talento de seus craques nos modernos e pomposos estádios das cidades de Doha, Al Khor, Al Rayyan, Lusail e Al Wakrah. O pontapé inicial será em 20 de novembro, com o jogo entre Catar e Equador, no Al Bayt Stadium. Em busca do hexa, a Seleção Brasileira está no Grupo G, junto a Camarões, Suíça e Sérvia. A estreia da equipe de Tite será em 24 de novembro, no Lusail Stadium, contra a Sérvia. Confira as informações de todos os participantes do Mundial.

:: Grupo A ::

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JACK GUEZ / AFP

O importante é competir

Em 12 Eliminatórias da Ásia, antes de 2022, o Catar jamais chegou perto de conseguir uma vaga em campo para uma Copa do Mundo. A saída então foi se candidatar como sede. E a Fifa aceitou. Assim, sem ilusão de vaga às oitavas, os cataris sabem que o importante neste Mundial é competir.

:: Destaque ::
Akram Afif (Al Sadd)
O atacante começou a carreira com 18 anos no Eupen, da Bélgica. Chegou a ser contratado pelo Villarreal-ESP, mas nunca jogou no time espanhol. Passou pelo Gijón-ESP e voltou para o Catar em 2018. Desde então, defende o Al Sadd, a maior potência nacional.

:: Artilheiro ::
Almoez Ali (Al Duhail)
Aos 26 anos, o atacante nascido no Sudão e naturalizado catari marcou 10 gols desde 2021.

:: Fique de olho ::
Ró-Ró (Al Sadd)
Zagueiro de 32 anos, Pedro Correia, o Ró-Ró, tem mais de 70 jogos pela seleção do Catar. Nascido em Portugal, ele se naturalizou em 2016.

:: Estilo de jogo ::
O time joga num padrão tático de 5-3-2 na fase defensiva. São cinco defensores, mas com variação para o 4-4-2 quando ataca. Normalmente, tem menos posse de bola na média das partidas, mas conta com muita velocidade na transição.

:: Técnico ::
Félix Sánchez, 46 anos
Começou a carreira de técnico na base do Barcelona-ESP. Em 2006, mudou-se para o Catar e desde 2013 assumiu as divisões menores da seleção local. A partir de 2017, assumiu o time principal.

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RODRIGO BUENDIA / POOL / AFP

Organizado e raçudo

Com só uma derrota no ano (1x3 Paraguai, nas Eliminatórias), quando já estava classificado para o Mundial, o Equador sonha em voltar às oitavas de uma Copa do Mundo depois de 16 anos. Na Alemanha, em 2006, o time caiu para a Inglaterra, no primeiro confronto eliminatório. Agora, mescla jovens como o volante Moisés Caicedo, de 20 anos, e o atacante Gonzalo Plata, de 21, ao experiente atacante Enner Valencia, de 32, que vai para sua segunda Copa.

:: Destaque ::
Enner Valencia (Fenerbahçe-TUR)
O atacante jogou a Copa do Brasil em 2014 e marcou os três gols equatorianos na competição. Revelado pelo Emelec, em 2010, jogou no West Ham e no Everton, na Premier League. Desde 2020 defende a camisa do Fenerbahçe, da Turquia, tendo feito 26 gols em 64 partidas.

:: Artilheiro ::
Michael Estrada (Cruz Azul-MÉX)
Revelado no Macará, o atacante de 26 anos foi artilheiro do Equador nas Eliminatórias com seis gols.

:: Fique de olho ::
Gonzalo Plata (Valladolid-ESP)
Com apenas 19 anos, ele saiu do Independiente Del Valle-EQU para jogar no Sporting-POR. Agora, com 22, vai para sua segunda temporada no Valladolid-ESP, time que tem como dono o ex-atacante Ronaldo "Fenômeno" e que subiu para a primeira divisão espanhola. Fez seis gols e deu cinco assistências na última temporada.

:: Estilo de jogo ::
O Equador joga num 4-2-3-1 que varia para um 4-3-3 quando tem a bola. A força está nos lados do campo, tanto com os laterais Preciado e Estupiñan, quanto com os atacantes de velocidade, Plata e Estrada. O zagueiro Arboleda, do São Paulo, que sofreu uma grave lesão no tornozelo em junho, deve estar 100% recuperado para o Mundial.

:: Técnico ::
Gustavo Alfaro, 60 anos
Começou a carreira no Atlético Rafaela-ARG em 1993. Se destacou no Arsenal, de Sarandí, vencendo a Copa Sul-Americana de 2007. Treinou o Boca Juniors em 2019 e chegou à seleção equatoriana em agosto de 2020. Será a primeira Copa dele como técnico. Nos últimos quatro Mundiais (2006, 2010, 2014 e 2018) atuou como comentarista da rede de TV colombiana Caracol.

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Christophe ARCHAMBAULT / AFP

Para fazer história de novo

Em 2002, os senegaleses abriram a Copa da Coreia e do Japão derrotando nada mais nada menos do que a então campeã do mundo, França, na estreia do Mundial. Naquele ano, os africanos só caíram nas quartas de final. Após 20 anos e com mais experiência na disputa (jogaram também em 2018), Senegal chega ao Catar com um treinador que está há sete anos no cargo: Aliou Cissé foi jogador em 2002 e técnico em 2018. Passou por bons e maus momentos e sabe o caminho para o time fazer história mais uma vez.

:: Destaque ::
Sadio Mané (Bayern de Munique-ALE)
Após seis temporadas de sucesso, Sadio Mané deixou o Liverpool-ING em junho deste ano e fechou com o Bayern de Munique-ALE. Um novo desafio com clube e um sonho com a Seleção de Senegal na Copa: repetir a campanha de 2002. Sofreu uma lesão no joelho dias antes da Copa e é dúvida para a estreia.

:: Artilheiro ::
Famara Diédhiou (Alanyaspor-TUR)
Centroavante típico, Diédhiou vai completar 30 anos em dezembro. Nas últimas duas temporadas, fez oito gols só com a camisa da Seleção.

:: Fique de olho ::
Édouard Mendy (Chelsea-ING)
O goleiro de 30 anos, eleito melhor do mundo pela Fifa, chegou a pensar em abandonar o futebol em 2015, quando foi enganado por um empresário.

:: Estilo de jogo ::
É um time que tem força física e velocidade. Mas ao contrário da maioria das equipes africanas, Senegal costuma marcar poucos gols e se defender melhor. Isso passa pela qualidade do goleiro Mendy e pela segurança do zagueiro e capitão Koulibaly, que chegou ao Chelsea-ING recentemente, depois de oito temporadas no Napoli-ITÁ. O técnico Aliou Cissé costuma montar o time no tradicional 4-3-3.

:: Técnico ::
Aliou Cissé, 46 anos
No cargo desde 2015, Cissé foi titular do time de 2002, que chegou às quartas na Copa da Coreia e do Japão. Era volante e capitão do time.

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Ina FASSBENDER / AFP

Será que agora vai?

Entre as grandes potências do futebol mundial, a Holanda é a única que ainda não ganhou uma Copa do Mundo. Belos times encantaram o planeta em 1974, 1978 e 2010. Mas ficaram no quase, perdendo a taça no último e decisivo confronto. De volta em 2022 depois da surpreendente ausência em 2018, os holandeses fizeram uma Eliminatória sem sustos, se classificaram para as semifinais da Liga das Nações da UEFA e não perdem um jogo há 16 meses.

:: Destaque ::
Virgil Van Dijk (Liverpool-ING)
Apesar de já ter 31 anos e ser um dos grandes defensores da atualidade, o zagueiro nunca jogou em uma Copa do Mundo. Ele chegou à Seleção em 2015. Entre 2018 e 2019, Van Dijk ficou 65 partidas sem ser driblado.

:: Artilheiro ::
Memphis Depay (Barcelona-ESP)
Aos 20 anos, no Brasil, em 2014, marcou dois gols em quatro partidas. Hoje, com 28, Depay fez mais de 150 gols após passagens por PSV-HOL, Manchester United-ING, Lyon-FRA e Barcelona-ESP.

:: Fique de olho ::
Steven Bergwijn (Ajax-HOL)
Aos 24 anos, Bergwijn voltou para a casa nesta temporada. Depois de dois anos e meio no Tottenham-ING, o atacante foi comprado pelo Ajax-HOL. O início não poderia ser melhor: oito gols em 10 partidas.

:: Estilo de jogo ::
O esquema holandês aposta no tradicional 4-3-3. E, do meio para a frente, o time tem vitalidade e velocidade. Todos jogadores têm 30 anos ou menos. É bom ficar atento ao trio ofensivo montado com dois atacantes de lado, do Ajax-HOL: Berghuis, de 30 anos, e Bergwijn, de 24. E o artilheiro Depay, do Barcelona-ESP, com 28.

:: Técnico ::
Louis Van Gaal, 71 anos
Pouco antes de completar 70 anos, em 2021, Van Gaal deixou a aposentadoria de lado e assumiu a Holanda no lugar de Frank de Boer, que foi demitido após a eliminação na Eurocopa do ano passado. Esta é a terceira passagem dele como técnico da Seleção. Em 2014, ficou em terceiro lugar, no Brasil.

:: Grupo B ::

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Crédito foto

Mais experiência, a mesma desconfiança

Em 2018, na Rússia, os ingleses chegaram com uma seleção renovada e sem esperança de ir longe. Mas o que se viu foi um time talentoso que chegou à semifinal, fato que não acontecia desde 1990. Agora, a base do time se manteve. A classificação nas Eliminatórias foi tranquila e de forma invicta: oito vitórias e dois empates em 10 partidas. Tudo ia bem até setembro. A dois meses da Copa, o time encerrou a Liga das Nações da UEFA em último num grupo com Itália, Hungria e Alemanha. Foi rebaixado para a segunda divisão, o que deixou o técnico Gareth Southgate ameaçado.

:: Destaque ::
Phil Foden (Manchester City-ING)
O craque do Manchester City surgiu no time principal pelas mãos de Pep Guardiola. Rápido e driblador, o meia-atacante de 22 anos está prestes a renovar seu contrato até 2027, sendo um dos jovens futebolistas mais bem pagos do mundo.

:: Artilheiro ::
Harry Kane (Tottenham-ING)
Ninguém faz tantos gols pela Inglaterra como Kane: 51. Além disso, marcou 253 gols em 10 temporadas com a camisa do Tottenham. Na Seleção, foi goleador da última Copa com seis gols.

:: Fique de olho ::
Mason Mount (Chelsea-ING)
Com 23 anos, o meia é uma das grandes revelações recentes do Chelsea-ING. Chegou ao clube aos seis anos, como fã de Lampard. Foi dele a assistência para o gol de Havertz, que valeu o título da Liga dos Campeões da Europa em 2021.

:: Estilo de jogo ::
Diferentemente de 2018, quando a aposta foi num esquema de três zagueiros, o novo ciclo fez com que o técnico Southgate formasse um meio que jogue mais, com extremas que chegam tanto na área quanto o centroavante Kane. O 4-2-3-1 foi usado na maioria dos jogos nas Eliminatórias e na Eurocopa em 2021.

:: Técnico ::
Gareth Southgate, 52 anos
Está no cargo desde setembro de 2016, quando substituiu Roy Hodgson. Começou a carreira de técnico no Middlesbrough-ING em 2006.

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ATTA KENARE / AFP

Turbulência no caminho da Copa

Em 2018, os iranianos chegaram à Rússia com a expectativa em alta. A geração foi considerada a melhor de todos os tempos. Mas o fracasso foi do tamanho da esperança. Pela quinta vez, o time caía logo na fase de grupos. O moçambicano Carlos Queiroz, que estava no cargo desde 2011, deixou a Seleção e rodou por Colômbia e Egito. Em abril de 2022, ficou desempregado por não conseguir levar os egípcios ao Mundial. O Irã, que se classificou com o técnico Dragan Skocic, parecia viver dias tranquilos. Até que em junho deste ano, o croata entrou em atrito com os jogadores e foi demitido. E a quem a Federação Iraniana recorreu? Ele mesmo. Carlos Queiroz. O "novo velho" treinador assumiu em setembro para sua terceira Copa do Mundo consecutiva dirigindo a equipe.

:: Destaque ::
Sardar Azmoun (CSKA)
Aos 27 anos, é a principal referência técnica da seleção russa

:: Artilheiro ::
Karim Ansarifard (Omonia Nicosia-CHP)
Revelado no Saipa, de Karaj-IRÃ, o atacante de 32 anos já defende a Seleção desde 2009. Passou por Osasuna-ESP, Olympiacos-GRÉ e Nottingham Forest-ING. Fez sete gols nas Eliminatórias.

:: Fique de olho ::
Mehdi Taremi (Porto-POR)
Um dos grandes nomes da história recente do Irã. Aos 30 anos, o atacante Taremi vive o melhor momento da carreira, tendo feito 56 gols nas últimas três temporadas pelo Porto-POR. Forma uma ótima dupla com Azmoun.

:: Estilo de jogo ::
A aposta cautelosa de Carlos Queiroz está de volta. O Irã volta a se preocupar mais em se defender do que atacar. O esquema vai povoar o meio-campo com cinco jogadores deixando o centroavante Taremi sozinho na frente, ansioso pelas chegadas e cruzamentos de Azmoun e Ansarifard.

:: Técnico ::
Carlos Queiroz, 69 anos
Moçambicano de nascimento, naturalizado português, Queiroz vai para sua quarta Copa do Mundo como técnico, a terceira consecutiva com o Irã. Em 2010, comandou Portugal na África do Sul.

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Jim WATSON / AFP

Reencontro e pessimismo

Depois de ficar fora da Copa da Rússia, a seleção Norte-Americana conseguiu se classificar nas Eliminatórias sem empolgar. Nos cinco jogos mais recentes de 2022, apenas uma vitória: contra a fraca Granada (5x0), pela Liga das Nações da Concacaf — a Confederação das Associações de Futebol das Américas do Norte, Central e do Caribe. Passar da primeira fase no Catar já seria motivo de festa.

:: Destaque ::
Christian Pulisic (Chelsea-ING)
Jogador americano mais caro da história, Pulisic custou US$ 73 milhões ao Chelsea-ING, que o contratou junto ao Borussia Dortmund-ALE. Em uma geração com alguns bons talentos individuais, foi considerado o melhor jogador do país nos últimos três anos.

:: Artilheiro ::
Timothy Weah (Lille-FRA)
Aos 22 anos, o jovem atacante carrega o peso de ser filho de George Weah, que brilhou nos anos 1990 com a camisa do Milan e tornou-se o primeiro africano a ser eleito o melhor do mundo em 1995. Timothy chegou a passar pelo Paris Saint-Germain-FRA, mas é no Lille-FRA que tem tido maior sequência.

:: Fique de olho ::
Giovanni Reyna (Borussia Dortmund-ALE)
Filho de Claudio Reyna, que esteve em quatro Copas pelos Estados Unidos (1994 a 2006), o meia ofensivo Giovanni Reyna tem apenas 20 anos e desde os 17 atua na Alemanha.

:: Estilo de jogo ::
Gregg Berhalter assumiu no final de 2018 prometendo uma mentalidade ofensiva nos Estados Unidos. E o time, normalmente, vem sendo montado no 4-3-3. A ideia é de que os jogadores do meio para a frente possam quebrar linhas e criar oportunidades de gols.

:: Técnico ::
Gregg Berhalter, 49 anos
Ex-zagueiro com passagens pelo futebol holandês e alemão, Berhalter começou a carreira de treinador no Hammarby-SUÉ, em 2011. No final de 2018, assumiu a seleção dos Estados Unidos.

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Geoff Caddick / AFP

Um sonho revivido 64 anos depois

A presença dos galeses em uma Copa tem um carinho especial do Brasil. Foi contra eles, nas quartas de final do Mundial de 1958, na Suécia, que o "Rei" Pelé marcou o primeiro de seus 12 gols em Copas. Um lance espetacular. Inesquecível. Após um toque de cabeça de Didi, Pelé deu um lindo drible em seu marcador, Melvin Charles, e chutou a bola contra a meta de Kelsey. Após 64 anos, País de Gales está volta a Copa. Dentro de campo, Gareth Bale é a referência de um time muito mais coletivo do que técnico, individualmente.

:: Destaque ::
Gareth Bale (Los Angeles FC-EUA)
Em nove anos de Real Madrid, foi de jogador mais caro do mundo a “esquecido” pelos treinadores. Se faltou disposição no clube espanhol, sobrou pela seleção. Além de fazer o País de Gales retornar ao Mundial depois de 64 anos, ajudou a classificar o país para duas Eurocopas.

:: Artilheiro ::
Daniel James (Fulham-ING)
Apesar da pouca estatura (1m70cm), James parte pra cima dos zagueiros e tem feito boa parceria com Bale. Tem cinco gols pela seleção, aos 25 anos.

:: Fique de olho ::
Aaron Ramsey (Nice-FRA)
Assim como Bale, atualmente joga bem mais com a camisa da Seleção do que com a do próprio clube. Aos 31 anos, passou por Arsenal-ING, Juventus-ITA e Rangers-ESC antes de chegar à França.

:: Estilo de jogo ::
País de Gales lembra em muito o velho futebol inglês. Forte poder de marcação. Intensidade em bolas aéreas ofensivas. E pouca qualidade técnica. O time baseia sua criatividade em Ramsey e Bale. Forma sempre com três zagueiros e briga muito por cada espaço em campo. Se vai faltar qualidade na criação, vai sobrar vontade nas disputas.

:: Técnico ::
Robert Page, 48 anos
Foi zagueiro do Watford-ING e do Sheffield-ING nos anos 1990 e 2000. Começou a carreira de técnico em 2014 e desde novembro de 2020 assumiu a seleção de Gales. Começou como interino e seis meses depois foi efetivado no cargo.

:: Grupo C ::

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ANDER GILLENEA / AFP

Uma forte candidata

Chega à Copa como uma das favoritas. E não só pela presença do craque Lionel Messi ou pela força da camiseta. Vem embalada por uma série de 35 jogos de invencibilidade e, principalmente, por ter encerrado um jejum de 28 anos sem títulos com a conquista da Copa América 2021, vencendo o Brasil na final, em pleno Maracanã. Após cair nas oitavas na Copa 2018, o técnico Lionel Scaloni conduziu um eficiente trabalho de renovação, tornando o time argentino um forte candidato ao tricampeonato no Catar.

:: Destaque ::
Lionel Messi (PSG-FRA)
Seis vezes eleito melhor do mundo pela Fifa, dispensa apresentações. Aos 35 anos, é um dos melhores de todos os tempos e busca o único título que lhe falta: a Copa do Mundo.

:: Artilheiro ::
Lautaro Martínez (Inter de Milão-ITA)
Aos 25 anos, marcou sete gols nas Eliminatórias sul-americanas e é a esperança de gols da Argentina no Catar.

:: Fique de olho ::
Julián Álvarez (Manchester City-ING)
Campeão da Libertadores 2018 pelo River Plate, foi apresentado em julho no Manchester City ao lado de Erling Haaland. Tem técnica e é definidor.

:: Estilo de jogo ::
A equipe argentina é muito organizada, tem uma identidade de jogo definida e conta com boas individualidades em todos os setores. Os jovens que surgiram neste ciclo formam uma boa mescla com os experientes. Scaloni não tem um esquema preferencial, mas aposta em uma marcação adiantada sobre o adversário e em um ataque intenso e vertical assim que o time recupera a posse da bola. A Argentina conta com um meio-campo muito técnico e com laterais de vocação ofensiva para que Messi não arque com o peso de decidir tudo sozinho.

:: Técnico ::
Lionel Scaloni, 43 anos
Ex-auxiliar de Jorge Sampaoli no Sevilla e na seleção argentina, assumiu o cargo em 2018, logo após a Copa do Mundo. Em 2021, foi campeão da Copa América, colocando um fim em uma seca de 28 anos sem títulos.

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Karim SAHIB / AFP

Passar de fase é missão cumprida

Por um lado, a Arábia Saudita chega embalada pela campanha irretocável nas Eliminatórias, quando foi líder da sua chave, com sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota, superando times em tese mais fortes, como Japão e Austrália. Em contrapartida, a eliminação na fase de grupos na Copa das Nações Árabes em 2021 ligou um sinal de alerta. O grande desafio do experiente técnico Hervé Renard será passar da fase de grupos em uma chave complicada.

:: Destaque ::
Salem Al-Dawsari (Al-Hilal-SAU)
É um ponta-esquerda canhoto, rápido, hábil e goleador. Aos 31 anos, é a grande esperança ofensiva dos sauditas.

:: Artilheiro ::
Yahya Al-Shehri (Al-Nassr-SAU)
Marcou quatro gols nas Eliminatórias asiáticas e é o centroavante titular da Arábia Saudita.

:: Fique de olho ::
Firas Al-Buraikan (Al-Fateh-SAU)
Aos 22 anos, foi um dos destaques na classificação saudita para a Copa 2022. É canhoto, tem 1m81cm de altura e chama atenção tanto pelo bom cabeceio quanto pela velocidade.

:: Estilo de jogo ::
É um time muito forte fisicamente, mas que às vezes passa do ponto nas divididas ríspidas. A estratégia de Hervé Renard é pressionar o adversário e impor uma alta intensidade ao longo dos 90 minutos, mesmo assumindo risco defensivos. Porém, contra rivais mais fortes, como a Argentina, a tendência é de que a postura seja mais cautelosa. O treinador costuma alternar o esquema de acordo com o adversário, variando entre o 4-2-3-1 e o 4-1-4-1.

:: Técnico ::
Herve Renard, 53 anos
Experiente no futebol africano, o técnico francês conquistou a Copa Africana de Nações em 2012, por Zâmbia, e em 2015, por Costa do Marfim. Além disso, treinou o Marrocos na Copa 2018. Em 2022, terá a sua primeira experiência no comando de uma seleção asiática.

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ALFREDO ESTRELLA / AFP

Sensação de desconfiança

O ciclo do México rumo à Copa 2022 teve altos e baixos. Por um lado, o técnico argentino Gerardo Martino, no primeiro ano no cargo, venceu a Copa Ouro 2019 e conseguiu manter uma base sólida de time. Contudo, na reta final das Eliminatórias e na última Liga das Nações, da Concacaf, a equipe apresentou problemas defensivos e perdeu muitos gols, provocando uma sensação de desconfiança na torcida e na imprensa local. A vaga nas oitavas de final dependerá da solução destas duas questões.

:: Destaque ::
Raul Jímenez (Wolwerhampton-ING)
É o jogador que mais fez gols e assistências na Era Gerardo Martino. Vai para a sua terceira Copa do Mundo, e, apesar de estar longe do seu melhor momento, é a esperança de gols do México na Copa.

:: Artilheiro ::
Raul Jímenez (Tottenham-ING)
Mesmo com apenas três gols, foi o artilheiro do México nas Eliminatórias da Concacaf.

:: Fique de olho ::
Santiago Giménez (Cruz Azul-MEX)
Aos 21 anos, nasceu na Argentina, mas se naturalizou mexicano para jogar a Copa 2022. Vem em bom momento.

:: Estilo de jogo ::
O esquema 4-3-3 está consolidado. O problema é que, no processo de renovação feito após a Copa 2022, os jovens defensores ainda não conseguiram dar solidez ao setor, e o time sente a falta de um líder como Rafa Marquez. No ataque, por sua vez, Martino ainda não encontrou um centroavante ideal, de modo que o time faz poucos gols, o que pode ser fatal em um Mundial.

:: Técnico ::
Gerardo Martino, 59 anos
O argentino fez um bom trabalho comandando a seleção paraguaia na Copa 2010 e tem no currículo uma passagem pelo Barcelona. A sua experiência será um trunfo mexicano no Mundial do Catar.

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Geoff Caddick / AFP

Tudo com Lewandowski

O ponto forte da Polônia para a Copa 2022 é sem dúvida Robert Lewandowski. O problema é que a surpreendente saída do técnico português Paulo Sousa, que deixou o cargo em janeiro para assumir o Flamengo, abalou de forma significativa os poloneses. O novo técnico, Czeslaw Michniewicz, experimentou muitos nomes e ainda tenta consolidar uma ideia de jogo. Por isso, o prognóstico da Polônia é uma incógnita.

:: Destaque ::
Robert Lewandowski (Barcelona-ESP)
Melhor do mundo da Fifa em 2020 e 2021, chega à Copa 2022 como o melhor jogador do mundo em atividade. É o grande nome da equipe.

:: Artilheiro ::
Robert Lewandowski (Barcelona-ESP)
Oito vezes goleador da Bundesliga, por Borussia Dortmund e Bayern de Munique, e artilheiro das Eliminatórias, é a grande esperança de gols da Polônia.

:: Fique de olho ::
Pietr Zielinski (Napoli-ITA)
É um atacante ambidestro, rápido e especialista em assistências, características ideais para jogar ao lado de Lewandowski.

:: Estilo de jogo ::
Nos jogos de setembro da Liga das Nações, Michniewicz parece ter escolhido o esquema com três zagueiros como o sistema da Copa 2022. Porém, a principal aposta ainda é nas individualidades. Em especial, em uma: o melhor do mundo Robert Lewandowski. Para a bola chegar no centroavante do Barcelona, o time conta com a qualidade técnica do meio-campo, setor onde ainda há uma intensa briga por vaga na equipe titular.

:: Técnico ::
Czeslaw Michniewicz, 52 anos
Tem vasta experiência no futebol polonês e na seleção sub-20 da Polônia. Apelidado de "José Mourinho polaco", foi escolhido para substituir o "desertor" Paulo Sousa.

:: Grupo D ::

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FRANCK FIFE / AFP

Dúvidas na atual campeã

A França chega à Copa 2022 como uma das favoritas, especialmente por ter mantido a base campeã mundial em 2018. Contudo, os últimos resultados e atuações ligam um sinal de alerta. A derrota nas oitavas de final da Eurocopa em 2021 para a Suíça e a eliminação na Liga das Nações, perdendo porr 2 a 0 para a Dinamarca, pressionam o técnico Didier Deschamps a fazer mudanças para reencontrar o time ideal. O comandante fez muitos testes ao longo do ciclo em relação a nomes e esquema tático e agora precisa definir um time titular confiável para disputar novamente o título.

:: Destaque ::
Kylian Mbappé (PSG-FRA)
É o craque de um time já repleto de estrelas. Decisivo no título de 2018, chegará ao Catar menos pressionado e, desta vez, terá a parceria de Karim Benzema.

:: Artilheiro ::
Antoine Griezmann (Atletico de Madrid-ESP)
Foi o goleador da França nas Eliminatórias, com seis gols.

:: Fique de olho ::
Eduardo Camavinga (Real Madrid-ESP)
Nascido em Angola, migrou para a França ainda criança para escapar da guerra civil. Com apenas 19 anos, ajudou o Real Madrid a ser campeão da Liga das Campeões. É a grande promessa francesa da atualidade.

:: Estilo de jogo ::
Os últimos resultados em 2021 e em 2022 colocam muitas dúvidas sobre a escalação da França. Pragmático, Deschamps não costuma se apegar a um esquema tático e avalia as características dos jogadores antes de definir o sistema. Por isso, a estratégia da França no Catar ainda é uma incógnita. O fato é de que o goleiro Lloris, o zagueiro Varane, meia Griezmann e o atacante Mbappé seguem formando a espinha dorsal do time. A novidade em relação à Copa 2018 será a presença do centroavante Karim Benzema, que está em grande fase.

:: Técnico ::
Didier Deschamps, 53 anos
Entrou na história da seleção francesa ao ser bicampeão mundial em 1998, como capitão, e em 2018, como treinador. Sua experiência é um trunfo da França no Mundial do Catar.

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FRANCK FIFE / AFP

Candidata a surpresa

A Dinamarca é uma forte candidata a ser a surpresa da Copa 2022. Após ser semifinalista da Eurocopa, perdendo apenas na prorrogação para a Inglaterra, o time do técnico Kasper Hjulmand classificou-se com facilidades nas Eliminatórias e ainda venceu a atual campeã mundial, França, duas vezes na Liga das Nações. Além disso, a recuperação do meia Christian Eriksen, após sofrer um problema cardíaco grave em meio a um jogo da Eurocopa, criou uma motivação extra para o grupo. Os dinamarqueses prometem incomodar.

:: Destaque ::
Christian Eriksen (Manchester United-ING)
Se já era o grande nome da Dinamarca antes da Eurocopa, o problema cardíaco sofrido no jogo contra a Finlândia e a recuperação após quase morrer em campo reforçaram o seu protagonismo. Habilidoso e técnico, é o camisa 10 e grande organizador de jogadas do time dinamarquês.

:: Artilheiro ::
Joakim Maehle (Atalanta-ITA)
Mesmo sendo ala, foi um dos artilheiros da Dinamarca nas Eliminatórias, com cinco gols.

:: Fique de olho ::
Mikkel Damsgaard (Brenford-ING)
Foi o substituto de Eriksen quando o camisa 10 sofreu o problema cardíaco contra a Finlândia. E correspondeu, tanto que não saiu mais do time titular.

:: Estilo de jogo ::
É uma equipe bem treinada e que se adapta às diferentes circunstâncias de cada jogo. A filosofia do técnico Kasper Hjulmand é baseada na pressão sobre a defesa adversária, na velocidade na transição ofensiva, na intensidade física e na troca de passes, um estilo mais ofensivo do que o seu antecessor, o pragmático Age Hareide. O esquema varia entre o 4-3-3 e o 3-4-3, dependendo das características do rival.

:: Técnico ::
Kasper Hjulmand, 49 anos
Conduziu quase toda a sua carreira no futebol dinamarquês e é muito elogiado pela capacidade de liderança, motivação e gestão de grupo. Além disso, costuma adaptar as suas ideias e estratégias a cada jogo.

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Daniel BELOUMOU OLOMO / AFP

Aposta na experiência

A Tunísia começou o ciclo com muitos problemas, derrotas e más atuações. Porém, a demissão do técnico Mondher Kebaier e a chegada de Jalel Kadrid surtiram efeito. Sob novo comando, a equipe adquiriu uma identidade, com solidez defensiva, organização tática e contra-ataque rápido. Além disso, o novo treinador é um grande motivador e prioriza a experiência em relação à juventude. Apesar da melhora, porém, passar da fase de grupos será um grande desafio. A derrota por 5 a 1 para o Brasil no amistoso de setembro mostrou que o time pode ser uma presa fácil contra times mais fortes.

:: Destaque ::
Wahbi Khazri (Montpellier-FRA)
É o melhor jogador da Tunísia e segundo maior goleador da história da seleção. Destaca-se como ponta e como meia, além de ter um perfil goleador.

:: Artilheiro ::
Selfeddine Jaziri (Zamalek-EGI)
Foi o artilheiro da Tunísia na Copa Árabe, com seis gols.

:: Fique de olho ::
Youssef Msakini (Al-Duhail-CAT)
Era uma grande promessa do futebol local, atraindo interesse de grandes clubes da Europa. Porém, foi seduzido pelos petrodólares do Catar e joga desde 2018 no país da Copa, defendendo o Al-Duhail. Capitão, é o grande líder do time em campo.

:: Estilo de jogo ::
A Tunísia joga em um esquema 4-3-3, mas com foco no sistema defensivo, na organização tática e no contra-ataque. Como o grupo é bastante nivelado entre si, o técnico Jalel Kadrid costuma adotar um rodízio na escalação, apostando muito na estratégia e na força do coletivo. Os atletas mais destacados são o zagueiro Montassar Talbi, o volante Aissa Laidouni, o veterano meia Ferjani Sassi e os atacantes Selfeddine Jaziri, Youssef Msakni e Whabi Khazri.

:: Técnico ::
Jalel Kadri, 50 anos
De vasta experiência no futebol árabe, era auxiliar técnico da Tunísia e assumiu o cargo após a demissão de Mondher Kebaier. Prioriza a defesa e é um grande motivador.

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Charly TRIBALLEAU / AFP

Um time renovado

Após um intenso trabalho de renovação, a Austrália chega à Copa 2022 sem alguns dos seus nomes tradicionais, como Tim Cahill e Harry Kewell. Apesar da oxigenação no grupo, o time está muito longe de empolgar. A classificação para o Mundial foi obtida no sufoco, com uma vitória nos pênaltis sobre o Peru na repescagem. Além disso, a eliminação nas quartas de final da Copa da Ásia para os Emirados Árabes cria ainda mais dúvidas sobre o potencial da equipe no Catar.

:: Destaque ::
Adjin Hrustic (Hellas Verona-ITA)
Aos 26 anos, é um meia ofensivo e técnico. Foi campeão da Liga Europa pelo Eintracht Frankfurt-ALE e vive o melhor momento da carreira. Pela Austrália, marcou um gol decisivo contra os Emirados Árabes, que garantiu a vaga na repescagem intercontinental contra o Peru.

:: Artilheiro ::
Mitchel Duke (Fagiano Okayama-JAP)
Centroavante titular, foi o goleador da Austrália nas Eliminatórias, com três gols.

:: Fique de olho ::
Garang Kuol (Central Coast Mariners-AUS)
Nascido no Sudão, mudou-se ainda criança para a Austrália. O atacante destacou-se desde jovem no futebol local e, aos 18 anos, já está acertado com o Newcastle United-ING, equipe que defenderá a partir de janeiro de 2023".

:: Estilo de jogo ::
O técnico Graham Arnold respeita a filosofia da escola australiana, que é inspirada no clássico estilo inglês do passado, com um futebol defensivo, objetivo nos contra-ataques e muito baseado na força física e em cruzamentos para a área adversária. O time passa por um processo de renovação gradual e tem como principais trunfos a experiência da defesa e as presenças no meio-campo do volante Aaron Mooy, grande organizador de jogadas, e do meia Adjin Hrustic, veloz e que vive bom momento.

:: Técnico ::
Graham Arnold, 58 anos
Tem uma história de quase 35 anos na seleção australiana, seja como jogador, auxiliar técnico ou, como agora, treinador. Conhece como poucos o futebol do país e costuma armar times defensivos e intensos no contra-ataque.

:: Grupo E ::

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Ronny Hartmann / AFP

Elenco qualificado

É candidata ao título pela qualidade incontestável do seu elenco e pela camisa sempre pesada. Porém, é fato que a Alemanha não vem no seu melhor momento. Após o desempenho vexatório na Copa 2018, os germânicos caíram nas oitavas de final da Eurocopa, para a Inglaterra, e foram eliminados na fase de grupos das três edições da Liga das Nações que ocorreram após o Mundial da Rússia. Em setembro, por exemplo, a seleção alemã perdeu por 1 a 0 para a modesta Hungria. Porém, é um time forte e que nunca deve ser subestimado em uma Copa do Mundo.

:: Destaque ::
Thomas Müller (Bayern de Munique-ALE)
Aos 32 anos, é a principal referência da seleção alemã desde a Copa 2010, quando foi um dos goleadores da competição. Foi decisivo no tetra em 2014 e segue sendo o protagonista da equipe.

:: Artilheiro ::
Thomas Müller (Bayern de Munique-ALE)
Tem 10 gols em Copas do Mundo. É o oitavo maior artilheiro, ao lado de Helmut Rahn (Alemanha), Gary Lineker (Inglaterra), Batistuta (Argentina, Cubillas (Peru) e Lato (Polônia). Se marcar mais duas vezes, se igualará a Pelé, com 12 gols em Copas, no top-5 da lista.

:: Fique de olho ::
Jamal Musiala (Bayern de Munique-ALE)
Aos 19 anos, após fazer duas temporadas excelentes pelo Bayern, é a sensação do futebol alemão.

:: Estilo de jogo ::
O técnico Hans Dieter-Flick manteve a ideia de jogo do antecessor, Joachim Low. Com a bola, a equipe ataca no tradicional 4-2-3-1. Sem a bola, defende-se com uma linha de cinco defensores. Os principais setores são o meio-campo e o ataque, onde sobram opções de qualidade, como Ilkay Gundogan e Thomas Müller.

:: Técnico ::
Hans-Dieter Flick, 57 anos
Foi auxiliar de Joachim Low na conquista da Copa 2014, no Brasil, e no fatídico (para os brasileiros) 7 a 1. Depois, treinou o Bayern de Munique, conquistando a Liga dos Campeões em 2020. Assumiu a Alemanha logo após a eliminação na Euro 2020.

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KARIM JAAFAR / AFP

Seleção quer surpreender

Após um péssimo início nas Eliminatórias, o técnico Luis Fernando Suárez experimentou mais de 40 jogadores e, quando conseguiu achar o time ideal, conduziu uma reação surpreendente, garantindo a vaga na repescagem intercontinental, contra a Nova Zelândia. Com muitos garotos no elenco e uma postura defensiva, a Costa Rica aposta no competente trabalho do treinador e na experiência de Keylor Navas para surpreender. O problema é a chave difícil, ao lado dos gigantes Espanha e Alemanha.

:: Destaque ::
Keylor Navas (PSG)
Aos 27 anos, é a principal referência técnica da seleção

:: Artilheiro ::
Joel Campbell (Leon-MEX)
Com passagem pelo Arsenal, é a esperança de gols da Costa Rica na Copa.

:: Fique de olho ::
Jewisson Benette (Sunderland-ING)
É um dos frutos colhidos no amplo trabalho de renovação conduzido por Luis Fernando Suárez. Ponta-esquerda, destaca-se pela velocidade e pelo drible.

:: Estilo de jogo ::
A equipe joga no 4-2-3-1, com uma postura defensiva e muita aposta nos contra-ataques e na velocidade dos laterais e dos pontas. Quando está vencendo ou quando está satisfeita com o empate, a Costa Rica costuma se defender com uma linha de cinco defensores.

:: Técnico ::
Luis Fernando Suárez, 62 anos
Experiente em Copas do Mundo, dirigiu o Equador em 2006 e a Honduras em 2014. Assumiu a Costa Rica como bombeiro e conseguiu uma classificação que quase ninguém acreditava.

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LLUIS GENE / AFP

Uma das favoritas

A Espanha chega à Copa 2022 como uma das grandes favoritas ao título. O modelo de jogo é o mesmo tiki-taka que marcou o título inédito na Copa 2010. A diferença em relação aos últimos Mundiais é de que agora o técnico Luis Enrique tem uma geração renovada, com muitas opções de qualidade no meio e no ataque. Uma característica do grupo é a mescla entre atletas experientes e consagrados, como Azpilicueta, Jordi Alba, Busquets, Koke e Morata, e jovens que despontam com muita qualidade, como Pedri e Gavi. A Fúria promete brigar pelo título.

:: Destaque ::
Pedri (Barcelona-ESP)
Mesmo com apenas 19 anos, deixou de ser uma promessa e já é um dos grandes destaques da seleção da Espanha. Pode atuar como meia ou como ponta, é rápido, tem técnica e costuma criar muitas situações de gol.

:: Artilheiro ::
Alvaro Morata (Atlético de Madrid-ESP)
Experiente, marcou o gol da classificação nas Eliminatórias, contra a Suécia, e deve ser o homem de referência do ataque espanhol na Copa.

:: Fique de olho ::
Gavi (Barcelona-ESP)
Com apenas 19 anos, deve se tornar o mais jovem da história a disputar uma Copa pela Espanha. Teve uma ascensão meteórica no Barcelona e também chama atenção pela polivalência, visão de jogo e qualidade no passe.

:: Estilo de jogo ::
A Espanha mantém o estilo de jogo imortalizado por Pep Guardiola no futebol mundial e implementado por Vicente del Bosque no título histórico da Copa 2010. O time é ofensivo, troca muitos passes e costuma ter um percentual de posse de bola entre 70% e 80%. O esquema é o 4-3-3, mas a escalação ainda não está definida, tamanha é a quantidade de peças de qualidade que Luis Enrique tem à disposição.

:: Técnico ::
Luis Enrique, 51 anos
Ídolo do Barcelona e da Espanha como jogador, pelo time catalão, foi campeão da Liga dos Campeões 2015 como treinador. Assumiu a Fúria em 2018 e conduziu um eficiente trabalho de renovação do grupo no ciclo para a Copa 2022.

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Charly TRIBALLEAU / AFP

Melhor geração em chave complicada

Os japoneses contam atualmente com uma das melhores gerações da sua história. A equipe conquistou a classificação de forma tranquila nas Eliminatórias e fez bons jogos em 2022 contra Paraguai e Gana. O time nipônico é muito bom no meio-campo e no setor ofensivo, porém ainda carece de um centroavante definidor. A derrota por 3 a 0 para a Tunísia, na final da Copa Kirin, gerou alguns questionamentos ao trabalho do técnico Hajime Moriyasu. Porém, o problema maior é a chave complicada, que colocou o Japão no mesmo grupo de Espanha e Alemanha.

:: Destaque ::
Takumi Minamino (Monaco)
Versátil, é um ponta veloz, que volta para marcar, tem bom passe e ainda organiza jogadas. Tem a função de suceder Keisuke Honda e Shinki Kagawa como principal referência técnica do Japão.

:: Artilheiro ::
Junya Ito (Reims-FRA)
Foi o artilheiro do Japão nas Eliminatórias, com quatro gols.

:: Fique de olho ::
Takefusa Kubo (Real Sociedad-ESP)
Estreou na primeira divisão japonesa com apenas 15 anos. Após, acertou com o Real Madrid e gerou uma grande expectativa sobre o seu futuro. Porém, desde então, vem sendo emprestado sucessivamente a muitos clubes e ainda precisa de uma sequência para deslanchar. Mas tem potencial.

:: Estilo de jogo ::
Desde que assumiu a seleção do Japão, Hajime Moriyasu alternou vários esquemas até escolher o 4-3-3. Com um grupo talentoso, os japoneses têm um time muito forte ofensivamente. Os maiores trunfos são as jogadas dos pontas Takumino Minamino e Junya Ito, em parceria com os laterais, que também apoiam bastante. O problema é que ainda falta um goleiro que passe segurança e um centroavante goleador.

:: Técnico ::
Hajime Moriyasu, 53 anos
Conduziu a sua carreira como treinador no futebol japonês. Assumiu a seleção logo após a eliminação na Copa 2018 para a Bélgica, nas oitavas de final.

:: Grupo F ::

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Denis LOVROVIC / AFP

Tentando subir mais um degrau

Uma das gerações mais brilhantes da história do futebol belga chega a mais uma Copa do Mundo tentando dar o salto que represente o título. A equipe tem jogadores nos principais clubes da Europa, muitos deles vivendo o auge da forma, como o goleiro Courtois (do Real Madrid) e o meia De Bruyne, do Manchester City. Ao mesmo tempo, outras figuras importantes, mais especificamente Romelu Lukaku e Eden Hazard, irão ao Catar para melhorar o momento atual, de reservas em Inter de Milão e Real Madrid, respectivamente.

:: Destaque ::
Kevin De Bruyne (Manchester City)
Um dos melhores jogadores da atualidade, o meia dita o ritmo do Manchester City. Tite declarou que se pudesse naturalizar um jogador para atuar pela Seleção Brasileira, gostaria de contar com o belga.

:: Artilheiro ::
Lukaku (Inter-ITA)
Maior goleador da história da seleção belga, Romelu Lukaku marcou 68 vezes em 102 partidas. Tenta recuperar lugar na Inter de Milão. Chega ao Catar se tratando lesão e é dúvida para a estreia.

:: Fique de olho ::
Courtois (Real Madrid)
Goleiro do Real Madrid, o magrão de 2 metros de altura é uma parede. Foi eleito o melhor da posição na temporada.

:: Estilo de jogo ::
A Bélgica só tem um problema aparente: o time envelheceu. As principais estrelas (Courtois, De Bruyne, Witsel, Hazard, Lukaku) estão na casa dos 30 anos. Mas trata-se de uma equipe camaleoa, que se adapta ao ambiente graças a jogadores de alto nível intelectual. Na Copa passada, isso ficou bem claro justamente contra o Brasil, quando uma mudança tática do técnico Roberto Martínez bagunçou a Seleção e abriu 2 a 0 no primeiro tempo.

:: Técnico ::
Roberto Martínez, 49 anos
Espanhol de carreira modesta como jogador, Roberto Martínez chega para sua segunda Copa do Mundo seguida em seu sexto ano como técnico da seleção belga.

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Don MacKinnon / AFP

Em busca do primeiro gol

Será a segunda participação do Canadá em Copas do Mundo. Trinta e seis anos depois de jogar três partidas no Mundial do México, os representantes da América do Norte tentarão, no Catar, vencer pela primeira vez. Ou, na pior das hipóteses, fazer um gol. Na Copa de 1986, foram três derrotas, cinco gols sofridos e nenhum marcado. Agora, terá um grupo mais cascudo para, enfim, ganhar os holofotes antes de sediar o próximo campeonato.

:: Destaque ::
Alphonso Davies (Bayern de Munique)
No Bayern de Munique, ele é um lateral-esquerdo ofensivo, de imposição física, qualidade na batida na bola, algumas assistências e até gols. Por todos esses atributos, é escalado como atacante na seleção canadense. Passa por um bom desempenho do jogador de apenas 21 anos a possibilidade de boa participação canadense na Copa.

:: Artilheiro ::
Cyle Larin (Brugge-BEL)
Centroavante de 1m88cm, Larin é figura carimbada no futebol europeu. Depois de começar na Major League Soccer, saiu do Orlando City para o Besiktas. Na Turquia, marcou época, chegou a fazer 23 gols em 45 jogos na temporada 2020/21. Está no Club Brugge-BEL.

:: Fique de olho ::
Stephen Eustaquio (Porto)
O nome pode até enganar, o clube no qual joga, Porto, também. Inclusive sua origem é porruguesa. Mas Eustáquio é canadense de Leamington, serve a seleção da América do Norte e precisa estar bem para o time ter mínimas chances na Copa. Volante de bom passe, vale manter os olhos em cima.

:: Estilo de jogo ::
A inexperiência em Copas e a dependência de um craque fará o Canadá defender com cinco na primeira linha, três à frente deles e liberar Alphonso Davies para escapar e buscar contragolpes ao lado de Larin.

:: Técnico ::
John Herdman, 47 anos
Inglês de 47 anos, sua experiência no futebol profissional se resume a treinar seleções. E, antes do time principal canadense, era um especialista em futebol feminino. Treinou a equipe de meninas da Nova Zelândia e depois do Canadá - pela qual conquistou duas medalhas de bronze nas Olimpíadas de Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016).

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Denis LOVROVIC / AFP

Deixou de ser surpresa

Os (de certa forma surpreendentes) vice-campeões mundiais de 2018 não podem mais ser considerados zebras ou azarões. A Croácia é uma equipe consolidada no cenário mundial, com jogadores nas principais ligas e, especialmente do meio para a frente, tem muita força, habilidade e criatividade.

:: Destaque ::
Luka Modric (Real Madrid)
Será a última Copa de Luka Modric. Aos 37 anos, o jogador que se transformou em exemplo de meio-campista moderno ainda está em altíssimo nível no Real Madrid. Ele alia grande noção de ocupação de espaços na fase defensiva com enorme criativadade e visão de jogo quando tem a bola. Isso sem mencionar os chutes de fora da área.

:: Artilheiro ::
Ivan Perisic (Tottenham)
Entres os jogadores ainda em atividade, Ivan Perisic é quem fez mais gols pela seleção croata. Ele marcou 32 vezes em 115 presenças. Atualmente, pertence ao Tottenham.

:: Fique de olho ::
Marcelo Brozovic (Inter de Milão)
Meia de 29 anos, Brozovic é considerado o fiador das partidas da Inter de Milão. Quando Brozo vai bem, a equipe vai igualmente bem. Quando está mal, o desempenho do time cai proporcionalmente. Trata-se de um jogador de força, velocidade e presença de área.

:: Estilo de jogo ::
Com vários jogadores experientes, mas habilidosos, é possível que vejamos uma Croácia dominante, dona da bola, que seja capaz de misturar a posse com um jogo direto, procurando o ataque poderoso.

:: Técnico ::
Zlatko Dalic, 56 anos
Desde 2017 no comando da seleção, o técnico croata vai para sua segunda Copa do Mundo dono de um trabalho elogiado e consolidado. Completa 56 anos em outubro.

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FADEL SENNA / AFP

Sensação nas Eliminatórias

Foi uma campanha brilhante a que levou Marrocos para mais uma Copa do Mundo. Nas Eliminatórias, conquistou seis vitórias em seis jogos (marcando 20 gols e levando apenas um) na primeira fase e, nos mata-matas, eliminou o Congo empatando fora e goleando em casa, por 4 a 1. Na última data Fifa, venceu o Chile por 2 a 0.

:: Destaque ::
Achraf Hakimi (PSG)
Lateral-direito altamente ofensivo, é peça importantíssima e festejada no PSG. É um jogador que enorme capacidade de criação e ousadia, que gosta de aparecer na área do adversário e surpreender. Antes do clube francês, jogou também no Real Madrid, no Borussia Dortmund e na Inter de Milão.

:: Artilheiro ::
En-Nesyri (Sevilla)
Centroavante do Sevilla, ele é um jogador de boa imposição graças a seu 1m88cm. Sempre jogou na Espanha, onde começou a vida profissional no Málaga, ainda na base. Está desde 2019 no Seivilla. Sua melhor marca foi de 24 gols entre 2020 e 21.

:: Fique de olho ::
Ziyech (Chelsea)
Depois de uma saída conturbada do Ajax para o Chelsea há três temporadas e de uma tentativa de retorno que acabou frustrada em agosto, o meia-atacante Zyech, 29 anos, busca consolidação na Premier League. É um atacante explosivo e habilidoso.

:: Estilo de jogo ::
Trata-se de uma equipe que joga e deixa jogar. Nada de retranca. A equipe tem meias talentosos e libera os laterais, especialmente Hakimi, para "morar" no campo de ataque.

:: Técnico ::
Vahid Halilhodžić, 70 anos
O bósnio Vahid Halilhodžić é um veterano em Copas. Aos 70 anos, está em seu quarto Mundial. Treinou a Costa do Marfim em 2010 (enfrentando o Brasil), a Argélia em 2014 (inclusive no Beira-Rio) e o Japão em 2018.

:: Grupo G ::

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CBF / Divulgação

Para aumentar a música

Mesmo quando a geração não é tão boa ou quando algum craque fica de fora, o Brasil precisa ser colocado entre os favoritos ao título da Copa do Mundo. E nenhuma das duas situações se aplica a 2022. A Seleção, em tese, é formada por jogadores de alto nível, que chegam em bom momento. E a polêmica da vez nem é a exclusão de um nome forte, mas a inclusão de um veterano vencedor. O time de Tite chega ao Catar em condição superior a quatro anos atrás e tenta recuperar o troféu que não volta para casa há 20 anos.

E não há exagero em "volta para a casa". O Brasil é quem mais vezes tocou a taça, seja a Jules Rimet ou a Copa do Mundo. Os cinco títulos que viraram a música de arquibancada "58 foi Pelé, em 62 foi o Mané, em 70 o esquadrão, primeiro tricampeão. Em 94, Romário, 2002 Fenômeno..." dão ao país o topo do pódio histórico, à frente de Alemanha e Itália (ambas com quatro). E a atualidade faz a Seleção ocupar a primeira posição do ranking da Fifa.

Os bons resultados do time coincidem com os melhores momentos de jogadores de vários setores do campo. O goleiro titular, Alisson, é um dos mais badalados do planeta. E o reserva, Ederson, foi pedido de Guardiola no Manchester City. E ainda há Weverton, incontestável dentro do país. Na defesa, há Marquinhos, liderança do PSG, Thiago Silva, 16 anos em gigantes europeus, e Militão, uma fortaleza do Real Madrid. O meio-campo abre com Casemiro, que cansou de erguer Champions League com o Real Madrid e foi para o Manchester United. Para a frente, as opções começam em Vini Jr, o conquistador da Espanha, a Rodrygo, seu parceiro na outra ponta. Com Raphinha, da Restinga ao Barcelona. Richarlison, o Pombo carismático atacante do Tottenham. Jesus, que ressuscitou o Arsenal. Martinelli e Antony, os ponteiros que têm ensinado aos ingleses que, sim, é permitido driblar. E Pedro, um centroavante tão raiz que ainda faz gols no Maracanã. O time conta com outras peças de menor impacto individualmente, mas que parecem vestir bem a amarelinha, como Lucas Paquetá, Bruno Guimarães, Fred e Fabinho.

E, claro, há Neymar. Mas percebe-se, aqui, a grande diferença do time de quatro anos atrás para o atual. É possível falar de mais de uma dezena de jogadores antes de citar o craque do time. A Seleção, no Catar, parece muito menos dependente do camisa 10 do que foi na Rússia (e do que já havia sido no Brasil). Ele também dá pistas de estar melhor. Fisicamente, na comparação com 2018, sem dúvidas. Também tecnicamente, aprendendo a ser o que se convencionou chamar de "arco e flecha" (ou seja, quem arma mas também recebe as jogadas). Resta ver mentalmente, o que é sempre uma incógnita.

Talvez até para isso foi convocado Daniel Alves. Um dos atletas mais vitoriosos da história do futebol, o lateral-direito estava treinando no Barcelona B e sua presença na lista gerou um misto de surpresa e desconfiança. Aos 39 anos, foi chamado porque são autorizados 26 jogadores convocados e sua presença forte pode ajudar mais no vestiário do que na lateral. Mas ainda assim, a escassez na posição é tamanha que não houve uma unanimidade de quem deveria ter ido ao Catar em vez dele.

A Seleção terá pela frente um grupo difícil, com Suíça, Sérvia e Camarões. E começará o Mundial sem ter enfrentado adversários europeus na preparação. Mas o que demonstrou nas Eliminatórias empolga a torcida. Além disso, uma Copa no verão brasileiro é sempre bem-vinda. Imagina com o hexa.

:: Destaque ::
Neymar (Paris Saint-Germain)
Chega ao Mundial com os seguintes números pelo PSG na temporada 2022/23: 20 jogos, 16 vitórias e quatro empates. Ele fez 15 gols e deu 11 assistências. Levou seis cartões amarelos. Tem média de quatro faltas sofridas por jogo. Dribla quatro adversários por partida. Traduzindo: o camisa 10 tem sido letal na conclusão e criativo na armação. É ágil para encontrar espaços. Continua apanhando desmedidamente. E segue intempestivo na reação. Controlando o último aspecto, disputará prêmios grandes na Copa.

:: Artilheiro ::
Richarlison (Tottenham)
O Pombo é uma figura carismática, engraçada e... goleadora. Terceiro lugar no ranking de goleadores da Era Tite na Seleção, marcou 17 vezes desde que foi convocado pela primeira vez (dois a menos do que Gabriel Jesus e 12 atrás de Neymar). Na Seleção, é centroavante mesmo.

:: Fique de olho ::
Vini Jr. (Real Madrid)
E pensar que foi chamado de "ciscador", "pontinha" e outros pejorativos. Chegou a ser diminuído por Benzema, seu companheiro de Real Madrid. Vini Jr. saiu do Flamengo para brilhar na Espanha. E se consagrou na temporada 2021/2022, sendo campeão nacional e da Liga dos Campeões marcando o gol do título.

:: Estilo de jogo ::
Há duas formas de jogo da Seleção, uma ofensiva e outra mega-ofensiva. Na primeira, Tite parte do 4-2-3-1 como base, posicionando-se em duas linhas de quatro na fase defensiva, deixando dois atacantes à frente delas. Na parte ofensiva, usando o chamado ataque posicional, o lateral direito se juntou à zaga em uma primeira linha com o lateral-esquerdo aparecendo por dentro com o volante. À frente deles, os cinco jogadores ofensivos. Em números, a formação estava em um 3-2-4-1. Na segunda, o começo é o mesmo, o 4-2-3-1. E também defende com duas linhas de quatro mais dois atacantes. O que muda é na construção. A inclusão de um jogador de meio em vez de um atacante (Fred por Vini Jr., por exemplo) faz o time se armar com dois zagueiros atrás seguidos por uma linha de três com os dois laterais e o primeiro volante. À frente deles, quatro jogadores. E na frente, o centroavante. Em números: 2-3-4-1.

:: Técnico ::
Tite, 61 anos
Herdou a Seleção no ciclo anterior fora da zona de classificação à Copa do Mundo da Rússia, foi mantido no cargo depois da queda nas quartas de final de 2018. É o primeiro técnico do Brasil que fica no comando em dois Mundiais desde Zagallo em 1970/1974 (Telê também comandou em duas Copas seguidas, mas saiu entre 1982 e 1986). Campeão estadual, da Copa do Brasil, do Brasileirão, da Sul-Americana, da Recopa, da Libertadores, do Mundial de Clubes e da Copa América, resta apenas um título a ser conquistado pelo gaúcho de Caxias do Sul. A Copa é sua obsessão.

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Jung Yeon-je / AFP

Time não empolga

Eles já foram a maior força do continente africano. Empolgaram o mundo com futebol ofensivo e alegre. Mas esse tempo acabou. Camarões chega para a Copa do Catar passando por turbulências, foi derrotado nas partidas preparatórias para Uzbequistão e Coreia do Sul. Não consegue engrenar nem encaminhar um time.

:: Destaque ::
Vincent Aboubakar (Al-Nassr)
Centroavante do Al-Nassr, da Arábia Saudita, Vincent Aboubakar, 30 anos, é o craque do time de Camarões. Ele é um dos maiores goleadores da história da seleção (33 gols), costuma dar trabalho graças à força física e ao instinto artilheiro. Seu destaque, porém, veio nos microfones: em setembro, decarou que a Seleção Brasileira "não é como os times que conhecemos no passado.

:: Artilheiro ::
Choupo Moting (Bayern de Munique)
O atacante de 33 anos chega em grande fase ao Mundial. No Bayern de Munique, nesta temporada, marcou 11 gols e deu três assistências nos últimos 16 jogos.

:: Fique de olho ::
Andre Onana (Inter de Milão)
Depois de viver o drama de ficar afastado quase um ano dos gramados em razão de um teste positivo de antidoping, o goleiro está consolidado no futebol europeu. Ele foi contratado pela Inter de Milão após ter marcado época no Ajax.

:: Estilo de jogo ::
Camarões sofreu nos jogos finais de preparação com uma equipe que se desorganizou facilmente. Na Copa, apostará no trio final, de experiência europeia, para tentar compensar as carências defensivas.

:: Técnico ::
Rigobert Song, 46 anos
Zagueiro histórico da seleção camaronesa, com 137 jogos, Rigobert Song assumiu o comando do time principal no começo do ano, deixando a equipe sub-23.

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Fabrice COFFRINI / AFP

Uma versão mais ofensiva

Esqueçam aquela Suíça que empata com todo mundo em 0 a 0 e cai da Copa do Mundo invicta após perder nos pênaltis. A versão 2022 é para ser de um time ainda forte defensivamente, cheia de jogadores cascudos, mas ao mesmo tempo mais livre na frente, com potencial de gols. Que o digam os últimos jogos, vitórias contra Espanha em Zaragoza e República Tcheca em St. Gallen.

:: Destaque ::
Sherdan Shaqiri (Chicago Fire)
O mais famoso dos jogadores suíços é Sherdan Shaqiri. O baixinho troncudo de pernas grossas que marcou época no Liverpool está agora no Chicago Fire. Ainda tem 30 anos e uma canhota potente o suficiente para assustar goleiros.

:: Artilheiro ::
Embolo (Monaco)
Contratado pelo Monaco no início da temporada, o centroavante Breel Embolo está em grande forma. Na aventura francesa já marcou quatro gols e deu quatro assistências em 14 jogos. É um jogador de 1m85cm e muita imposição física.

:: Fique de olho ::
Granit Xhaka (Arsenal)
Meia habilidoso, de bom passe, visão de jogo e qualidade, Xhaka joga no Arsenal e veste a camisa 10 da Suíça. Mas não foi apenas por seu talento que ganhou notoriedade nos últimos tempos. Recai sobre ele uma suspeita de manipulação após uma aposta milionária ser registrada em uma ação sua: um cartão amarelo que levou por retardar o recomeço de um jogo. A investigação está em curso.

:: Estilo de jogo ::
O time é organizado defensivamente, em duas linhas de quatro e soltando Sow e Embolo para contra-ataques. Com a bola, aposta na habilidade de Shaqiri e no controle de Xhaka para chegar à frente.

:: Técnico ::
Murat Yakin, 48 anos
Suíço de origem turca, Murat Yakin, 48 anos, está há pouco mais de 14 meses no comando da seleção. Ex-zagueiro dos principais times do país, comandou várias equipes suíças _ Thun, Luzerna, Grasshoppers, Sion _ e teve uma rápida passagem pelo Spartak, de Moscou. Ganhou sete dos 15 jogos em que esteve à frente da seleção.

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Kenzo Tribouillard / AFP

Artilharia pesada

A Sérvia chegará na fase final da preparação da Copa com uma sequência de cinco jogos de invencibilidade. E vale prestar atenção no sistema ofensivo do time. Foram 13 gols em seis partidas na Liga das Nações. A dupla de ataque é fortíssima e a equipe aposta nessa força artilheira para compensar eventuais carências defensivas.

:: Destaque ::
Dusan Vlahovic (Juventus)
Ele era o goleador do futebol italiano pela Fiorentina quando foi contratado emergencialmente pela Juventus por mais de 80 milhões de euros (mais de R$ 400 milhões na cotação atual). Tem apenas 22 anos, 1m90cm e uma velocidade surpreendente para alguém tão alto.

:: Artilheiro ::
Mitrovic (Fulham)
Goleador da segunda divisão inglesa na temporada passada, ele foi o craque da Championship pelo Fulham. Subiu para a Premier League e manteve a média, marcando gols em praticamente todos os jogos. Também tem 1m90cm e usa essa altura para se impor na bola aérea.

:: Fique de olho ::
Milinkovic-Savic (Lazio)
O sobrenome vale para dois jogadores da Sérvia: Sergej e Vanja. Mas estamos falando do primeiro. O meia da Lazio se notabiliza por boa visão de jogo e arremates certeiros de média e longa distâncias. Vanja, seu irmão, é o goleiro.

:: Estilo de jogo ::
Para defender, a Sérvia deve baixar os alas e formar linha de cinco defensores. Mas certamente vai liberar os extremas, quando tiver a bola, para se juntar à frente. E podem apostar em jogo direto para dois centroavantes que sabem fazer pivô e concluir a gol.

:: Técnico ::
Dragan Stojkovic, 57 anos
Dragan Stojkovic foi uma estrela do futebol iugoslavo, com duas Copas do Mundo nos tempos de meia cumpridor (1990 e 1998). Seus trabalhos como técnico foram marcantes no Oriente: treinou cinco anos o Nagoya Grampus, do Japão, e outros cinco anos o Guangzhou R&F, da China. Está na seleção sérvia desde 2021.

:: Grupo H ::

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Jung Yeon-je / AFP

Velozes e experientes

Na Copa do Mundo passada, Coreia do Sul deixou uma bela impressão, especialmente na vitória por 2 a 0 sobre a Alemanha, com dois gols nos acréscimos. O time tem um craque: Heung Min Son, estrela do Tottenham. A velocidade dos sul-coreanos está acrescida de experiência internacional.

:: Destaque ::
Heung Min Son (Tottenham)
Ele é tão bom, mas tão bom, que seu apelido é Sonaldo. Son ganhou destaque na Premier League, fixou-se no Tottenham, virou herói da torcida do time do norte de Londres, acumula gols e assistências. E chama a atenção pela velocidade, pela habilidade, pela inteligência e pela personalidade.

:: Artilheiro ::
Hee-Chan Hwang (Wolverhampton)
Atacante do Wolverhampton, Hwang é um jogador de velocidade e habilidade. Sua formação foi quase toda europeia: passou pelo Red Bull Salzburg, trocou para outro time do mesmo projeto, o Leipzig, e agora está no Wolves, da Inglaterra.

:: Fique de olho ::
Min-Jae Kim (Napoli)
Em julho, o Napoli pagou 18 milhões de euros para contratá-lo do Fenerbahce. O zagueiro de 1m90cm e 25 anos está buscando espaço ainda no clube italiano, mas na seleção sul-coreana é uma certeza de segurança defensiva.

:: Estilo de jogo ::
Trata-se de uma equipe disciplinada, que se movimenta padronizadamente e na qual todos correm para que Son decida. A tendência é de que apenas o craque do Tottenham fique livre das incumbências defensivas.

:: Técnico ::
Paulo Bento, 53 anos
Paulo Bento foi um grande jogador de futebol português, que teve até uma pequena passagem pelo Brasil, onde comandou o Cruzeiro por poucos meses. Está na seleção sul-coreana desde 2018.

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Lou Benoist / AFP

Precisará melhorar

Havia uma expectativa maior sobre Gana, mas o futebol que a seleção apresentou contra o Brasil deixou um ponto de interrogação sobre a participação da equipe na Copa do Mundo. O time não se encontrou, levou uma goleada e escapou de coisa ainda pior. Precisará melhorar o desempenho para ter alguma chance em um grupo tão complexo.

:: Destaque ::
Andre Ayew (Al-Sadd)
Capitão da equipe, o meia-atacante Andre Ayew está há três temporadas no Oriente Médio. É o craque do Al-Sadd, do Catar, e se sentirá em casa na Copa do Mundo. Antes disso, teve uma carreira sólida na Europa, com passagens marcantes por França, Turquia e Gales (jogava a Premier League pelo Swansea). Está com 32 anos.

:: Artilheiro ::
Iñaki Williams (Athletic Bilbao)
Ganense criado na Espanha, o centroavante do Athletic Bilbao vai para sua primeira Copa do Mundo como esperança de gols. Mas também chama a atenção por uma situação familiar inusitada: seu irmão, Nico, pode estar no Mundial pela seleção espanhola.

:: Fique de olho ::
Jordan Ayew (Crystal Palace)
Dentro das histórias familiares de Gana, Jordan tem bastante para acrescentar: é irmão de Andre Ayew e ambos são filhos de Abedi Pele, histórico jogador ganense. Jordan Ayew atua no Crystal Palace há cinco temporadas.

:: Estilo de jogo ::
Gana é um time de meio-campo forte, mas que, nos amistosos pré-Copa, exagerou na dose. Bateu demais e terminou até com um jogador a menos contra o Brasil.

:: Técnico ::
Otto Addo, 47 anos
Otto Addo, 47 anos, foi um meia de sucesso no futebol alemão, com passagens por Borussia Dortmund e Hamburgo. Disputou a Copa de 2006 por Gana. Assumiu a seleção de seu país, deixando o cargo de auxiliar técnico, em fevereiro de 2002.

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PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP

Salto para a história

Uma geração brilhante chega para a Copa tentando entrar para a história. Portugal tem craques em todos os setores do time, com direito a alguns melhores do mundo em determinadas posições. Se alguém estiver mal, no banco há alternativas estreladas. As críticas recaem sobre o técnico. Fernando Santos foi bastante questionado pela eliminação da equipe na Liga das Nações.

:: Destaque ::
Cristiano Ronaldo (Manchester United)
Um dos maiores jogadores da história do futebol, Cristiano Ronaldo vai para sua provável despedida de Copas do Mundo. E, desta vez, em um cenário diferente das anteriores. Cristiano sempre ficou marcado por estar extenuado nos finais de temporada europeia e, por isso, não conseguir repetir o desempenho. Agora, no meio da temporada, seu problema é diferente: várias vezes, é reserva no Manchester United e pode ser transferido já em janeiro. Mas craque é craque.

:: Artilheiro ::
Rafael Leão (Milan)
Rafael Leão, 23 anos, é um dos expoentes da nova geração portuguesa. O atacante do Milan é um dos destaques do futebol italiano. Veloz, ofensivo, vertical, tem o faro do gol. Mas também não se furta de dar assistências e deixar companheiros em boas condições.

:: Fique de olho ::
Bernardo Silva (Manchester City)
É um dos fiadores do Manchester City de Pep Guardiola. O técnico espanhol, certa vez, declarou que o meia é "um jogador perfeito, que pode atuar em seis posições". Bernardo Silva vai para a Copa com a responsabilidade de ser o cérebro da seleção portuguesa.

:: Estilo de jogo ::
O talentoso time português buscará um futebol ofensivo que já terá criação desde a defesa, especialmente com Cancelo. No meio-campo, William Carvalho e Rúben Neves fazem o "trabalho sujo" para que Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Rafael Leão e Cristiano Ronaldo resolvam com gols.

:: Técnico ::
Fernando Santos, 68 anos
Fernando Santos, 68 anos, está desde setembro de 2014 no comando da seleção portuguesa. Seu maior sucesso com o time nacional ocorreu dois anos depois de sua chegada, com o título da Eurocopa. Em 2019, comandou o time no título da Liga das Nações. Depois disso, porém, acumula críticas, especialmente pela forma como joga uma geração tão talentosa.

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MARIANA GREIF / pool / AFP

Um jejum de 72 anos

Entre os países que já foram campeões, o Uruguai é quem tem o maior jejum _ já se vão 72 anos desde o histórico Maracanazo de 1950. Em busca do tri, a Celeste tem algumas novidades misturadas a veteranos. Houve uma histórica mudança no comando técnico e a entrada de caras novas, mas o ataque ainda está entregue a personagens como Suárez e Cavani.

:: Destaque ::
Luis Suárez (Nacional-URU)
Luisito Suárez, 35 anos, ainda é a maior estrela da seleção uruguaia. Mas é também um retrato do que isso significa. Ele foi contratado para jogar no Nacional-URU e buscar o título da Copa Sul-Americana. Caiu na primeira fase. Nas 10 primeiras partidas pelo clube de Montevidéu somava apenas quatro gols marcados.

:: Artilheiro ::
Edinson Cavani (Valencia)
Também com 35 anos, está com cada vez mais dificuldades de se manter na Europa. Nas duas últimas transferências, só conseguiu clube nos dias derradeiros da janela. Atualmente, está no Valencia, mas sem a garantia de titularidade de outrora. Porém, trata-se de um centroavante de 430 gols na carreira.

:: Fique de olho ::
Federico Valverde (Real Madrid)
Volante de força, intensidade, velocidade e imposição, ele é um dos pilares do Real Madrid campeão da Liga dos Campeões. Chega à Copa do Mundo no auge de sua forma, aliando todas essas virtudes a uma enorme qualidade nos arremates de fora da área. Tem 24 anos.

:: Estilo de jogo ::
O Uruguai, com a chegada de Diego Alonso, se organizou no 4-4-2 com duas linhas de quatro e dois atacantes. Na faixa central, são dois volantes marcadores mas dinâmicos aliados a dois meias mais técmicos, mas que precisam recompor. Liberdade para Suárez e Cavani (ou Darwin Nuñez) na frente.

:: Técnico ::
Diego Alonso, 47 anos
Depois de 15 anos, o "Maestro" Óscar Tabárez deixou a equipe durante as Eliminatórias, nas quais o Uruguai passava um grande trabalho. Seu substituto foi Diego Alonso, que conseguiu emendar vitórias e classificar a equipe para a Copa. Nos amistosos mais recentes, vitória sobre o Canadá e derrota para o Irã.

:: Mais copa ::