11 de Setembro - O dia que nunca terminou

Vinte anos depois, entenda como o maior atentado da história abalou o poder dos Estados Unidos, inaugurou a era do terrorismo de massa e alterou os rumos das relações internacionais no século 21

Em menos de duas horas, em 11 de setembro de 2001, dois dos maiores símbolos da nação mais poderosa do planeta, o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington, foram alvos de um atentado que matou quase 3 mil pessoas. Além dos três aviões sequestrados por extremistas da rede Al-Qaeda e lançados como mísseis contra os edifícios, uma quarta aeronave caiu na Pensilvânia, quando provavelmente rumava para o Capitólio ou a Casa Branca. Vinte anos depois, Osama bin Landen, a mente por trás do horror daquele dia, está morto, os Estados Unidos travaram duas grandes guerras, no Afeganistão e no Iraque, mas o terrorismo não acabou. Os efeitos dos episódios daquela manhã de terça-feira ainda permanecem duas décadas depois. Entenda os conflitos que se originaram a partir dos atentados, seus efeitos nas fronteiras, na economia e na cultura.

Conflitos

Os atentados levaram o governo George W. Bush a iniciar a chamada Guerra ao Terror, uma caçada que teve como alvo o Talibã e a rede Al-Qaeda, mas se desviou do seu objetivo. O colunista Rodrigo Lopes analisa as consequências dos ataques nas relações internacionais:

11/9 em números

0
pessoas morreram nos ataques, incluindo os

0
sequestradores, e mais de

0 mil
ficaram feridas

0 minutos
foi o tempo transcorrido entre o primeiro avião atingir a torre norte do World Trade Center e o momento em que ela desabou. A torre sul, a segunda a ser atingida, desmoronou antes

0 mil
objetos pessoais, incluindo

0
relógios

0
alianças de casamento e

0 mil
fotografias foram encontrados nos escombros do WTC

0 meses
foi o tempo que trabalhadores de Nova York levaram para fazer a limpeza na região onde as torres desabaram, o chamado ground zero, onde hoje há um museu, um memorial e uma nova torre, o One World Trade Center

Fronteiras

Um mundo mais restritivo nasceu a partir dos atentados em Nova York e Washington. Viajar já não é como era antigamente. O colunista Humberto Trezzi comenta os impactos nas fronteiras e na segurança:

11/9 em imagens

Às 9h5min, o presidente dos EUA, George W. Bush, começa ler um conto para crianças de uma escola em Sarasota, na Flórida, quando seu chefe de Gabinete, Andrew Card, sussura em seu ouvido: "Um segundo avião atingiu a outra torre. Os EUA estão sob ataque".

Paul J. Richards/AFP

Economia

Os prédios do World Trade Center eram sedes de muitas empresas de Wall Street, centro financeiro dos Estados Unidos. A colunista Marta Sfredo explica como os atentados afetaram a economia e criaram as bases para uma crise que viria anos depois:

Cultura

As torres gêmeas eram não apenas um cartão-postal de Nova York, mas serviam como cenário para centenas de filmes de Hollywood. O colunista Ticiano Osório comenta a influência direta na indústria cinematográfica americana, tão acostumada a ter a metrópole como palco de filmes de catástrofes:

11/9 na Rádio Gaúcha

De Nova York, ao vivo, o então presidente da RBS, Nelson Sirotsky, relata o caos em Manhattan, no momento em que a programação da Rádio Gaúcha é interrompida pela notícias dos ataques.

Às 9h30min, o presidente dos EUA, George W. Bush, fala pela primeira vez após os atentados. Diz na Flórida que deve voltar imediatamente a Washington por causa de "um aparente ataque terrorista".

Às 9h59min, a torre sul do World Trade Center desmorona em 10 segundos, em meio a uma chuva de fogo, aço e pó. Foi o segundo prédio atingido, mas o primeiro a desabar devido ao colapso da estrutura.

Às 10h28min, a torre norte do World Trade Center desaba. Uma nuvem de poeira cobre o sul de Manhattan.

A jornalista Tanise Sirotsky Dvoskin caminha por Manhattan mostrando o clima de medo nas ruas.

Brasileira que está em Nova York relata a sensação de pavor em uma cidade sitiada pelo terror.

As manchetes do primeiro Correspondente Ipiranga, na Rádio Gaúcha, após o início dos ataques.

O radialista Armindo Antônio Ranzolin lembra o episódio da narração de "Guerra dos Mundos", por Orson Welles.

A primeira manifestação oficial do governo brasileiro após os atentados nos Estados Unidos.

11/9 em ZH

Leia o caderno especial publicado em 12 de setembro de 2001 em ZH com a cobertura dos atentados

Texto
Rodrigo Lopes

Desenvolvimento
Matheus Leite

Arte
Jonatan Sarmento

Colaboração
Eduardo Rosa
Rafael Lindemann