Empresária de 25 anos fez do estilo de vida uma forma de negócio. Unindo a paixão por esporte e gastronomia "sem culpa", aproveitou a experiência dos negócios do pai para driblar armadilhas e fazer decolar o sonho de ter o próprio projeto profissional.
Por que você escolheu esse curso?
Conversei com uma amiga formada nesse curso e gostei do fato de as aulas serem pela manhã. A flexibilidade ajuda. A maioria das pessoas que trabalham com a família consegue jogar os horários. Sou sócia da empresa do meu pai (a ProTenis, que organiza eventos de tênis, como a Copa Gerdau). Sempre joguei e queria ser profissional. Então, sofri uma lesão e não pude seguir carreira. Fiz administração com ênfase em marketing. Estudava à noite, mas ainda tinha o sonho de ser tenista. Surgiu uma oportunidade de estudar em Miami e jogar lá. Fui, mas aí me lesionei novamente e tive de voltar. O fato de ter viajado, iniciado um curso e ter empresa familiar me fez repensar a escolha.
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O que a graduação agregou na sua carreira?
Até estar mais imersa nesta realidade, eu enxergava tudo de uma maneira muito diferente. Sentia-me sortuda por ter uma empresa familiar. Pensava que, se tudo desse errado, ainda teria essa chance de trabalho. Ia mais pelas coisas que ouvia falar. Mas aí quando comecei a ver cases de sucesso de grandes empresas familiares, a estudar mais e ir a fundo no assunto, vi que é o oposto do que as pessoas falam. Empresa familiar requer uma responsabilidade ainda maior. Há pressão porque teu pai trabalhou ali por décadas para construir aquilo. Tem de fazer um trainee, passar por todas as áreas, fazer por merecer estar ali. Vi também que nas sociedades costuma dar muito rolo e briga, rompem-se laços afetivos. Ter conhecido todo esse panorama me mostrou uma realidade que eu não enxergava.
Como surgiu o Roubadinhas?
Começou com 100% de espontaneidade, com a ideia de compartilhar um estilo de vida de alguém que gosta de comer, mas que faz esporte quase que diariamente. Surgiu na época das "Instafitness", de gurias que nunca fizeram esportes e viraram ratas de academia. Eu tenho um metabolismo de atleta e não abro mão de comer bem. Então, achei legal fazer do meu estilo de vida um negócio. A experiência da empresa familiar não alavancou o Roubadinhas, mas certamente estar no meio esportivo e ter a veia empreendedora ajudou. O Roubadinhas roubou a cena da minha vida.
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E como fica a relação familiar?
Minha irmã é meu braço direito, ela faz a parte mais publicitária do Roubadinhas. Eu faço a parte comercial, organização de eventos. Amarrei tudo a minha pessoa. Tudo passa por mim, a qualidade, a estruturação de projetos. Pela experiência da faculdade e por termos trabalhado juntas na ProTenis, a gente se dá muito bem - eventualmente discute, depois reconhece que errou. Sabendo respeitar a área de cada um, a relação fica boa.
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