
Principal indicador da inflação no Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% em agosto. Esta é a primeira vez que há redução de preços em um mês desde agosto de 2024, quando índice foi de 0,02%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira (10). Para efeito de comparação, em julho os preços subiram cerca de 0,26% no Brasil.
O IPCA acumula alta de 3,15% em 2025. Nos últimos 12 meses, o índice é de 5,13% – abaixo dos 5,23% registrados no período anterior.
A deflação em agosto foi puxada pelo grupo de Habitação, que registrou variação negativa de -0,9% no mês em razão da redução de -4,21% nos preços da energia elétrica residencial. O impacto do grupo no índice geral é de -0,14 ponto percentual (p.p.).
Considerado o grupo de maior impacto para a inflação, o de Alimentos e Bebidas registrou deflação pelo terceiro mês consecutivo e fechou agosto com redução de -0,46%. A queda na categoria é resultado da baixa de -0,83% na alimentação a domicílio – resultado da redução nos preços de itens como:
- Tomate: -13,39%
- Batata inglesa: -8,59%
- Cebola: -8,69%
- Arroz: -2,61%
- Café moído: -2,17%
Com valorização de 0,35% em julho, Transportes registrou deflação de 0,27% em agosto. O grupo foi puxado pela queda de -2,44% das passagens aéreas e de 0,89% nos combustíveis.
Em contrapartida, os demais grupos registraram aumento de preços no mês:
- Educação: 0,75%, puxado pelos reajustes de 0,8% nos cursos regulares – alta de 1,26% no Ensino Superior, de 0,65% no Ensino Fundamental e 1,87% nos cursos de idiomas
- Vestuário: 0,72%, influenciado pela elevação de 0,93% no preço das roupas masculinas e de 0,69% em calçados e acessórios
- Saúde e Cuidados Pessoais: 0,54%, resultado da elevação de 0,8% em itens de higiene pessoal e de 0,5% nos planos de saúde
- Despesas Pessoais: 0,4%, impactado pelo reajuste de 3,6% nos jogos de azar.
Porto Alegre
A Capital registrou deflação acima da média nacional em agosto. Houve redução de 0,40% nos preços em Porto Alegre durante o mês, segundo o IBGE.
Na mesma tendência do IPCA nacional, o grupo de habitação também foi o de maior redução de preços em Porto Alegre: -2,06%.
Também houve deflação de 0,41% em Alimentos e Bebidas, 0,47% em Artigos de Residência, 0,90% em Transportes e 0,08% em comunicação.
A maior alta foi no grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, com 0,89%.




