A partir de 1º de março, os gastos feitos em moeda estrangeira nos cartões de crédito internacionais terão seu valor fixado em reais pela taxa de conversão vigente no dia de cada gasto realizado. A medida, anunciada em 28 de novembro de 2018 pelo Banco Central (BC) foi detalhada em circular de 22 de outubro de 2019.
O objetivo, segundo o Banco Central, é que o cliente fique sabendo no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais, eliminando a necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente. Hoje, a maioria dos bancos adota o sistema de cobrar o valor do câmbio no dia do fechamento da fatura.
Além de buscar a previsibilidade para os clientes em relação ao valor a ser pago, a medida aumenta transparência e a comparabilidade na prestação do serviço, padronizando as informações sobre o histórico das taxas de conversão nas faturas que terão que ser divulgadas em formato de dados abertos, de forma que os rankings de taxas possam ser estruturados e divulgados.
Para a sistemática de fixação do valor em reais na data do gasto, a fatura terá de apresentar, além da identificação da moeda, a discriminação de cada gasto na moeda em que foi realizado e o seu valor equivalente em reais e as seguintes informações adicionais: data, valor equivalente em dólares (quando a moeda usada na compra for diferente de dólar) e a taxa de conversão do dólar para o real.
As instituições podem ofertar ao cliente sistemática alternativa de pagamento da fatura pelo valor equivalente em reais no dia de seu pagamento, mas o cliente precisa demonstrar interesse expresso pela opção.