
Estudo indica que o nível de inadimplência das famílias brasileiras atingiu o recorde de 30,5%, em setembro deste ano. Os dados obtidos pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), reforçam a importância de falar sobre dinheiro desde cedo.
A pesquisa, que obteve a maior taxa desde 2010 – quando começou a ser elaborada – indica que as famílias comprometeram, em média, um terço de sua renda mensal com o pagamento de dívidas. Em um momento em que falar sobre finanças é mais necessário do que nunca, o fundador da Warren, Tito Gusmão, compartilha quatro dicas práticas para inserir o tema no cotidiano das famílias.
1. Comece pelo diálogo
Para o empresário, o dinheiro deveria ser um tema tratado em casa com a mesma naturalidade que se fala sobre alimentação ou escola, já que explicar conquistas e desafios financeiros ajuda a quebrar o tabu e incentiva o aprendizado de jovens e crianças.
— É importante mostrar de onde vem o dinheiro, para onde ele vai e o valor das escolhas. Não precisa de planilha, precisa de diálogo e prática. Pode ser deixando os filhos participarem de pequenas decisões, como escolher um presente, ou eles mesmos cuidando do próprio dinheiro — contextualiza.
2. Dê autonomia desde cedo
Especialistas indicam que quanto mais cedo as crianças aprendem sobre dinheiro, maiores são as chances de se tornarem adultos financeiramente conscientes. Para Gusmão, isso acontece porque apenas a informação não é suficiente para mudar comportamentos, é importante trazer os mais novos para o assunto ainda na infância.
— Permita que as crianças participem de pequenas decisões. Lá em casa, meus filhos têm tarefas semanais. Se cumprem tudo, recebem uma remuneração e então decidem como gastar e investir. É simples, mas poderoso — explica.
3. Mostre o valor das escolhas
Explique de onde vem o dinheiro e para onde ele vai. Segundo o fundador da corretora de investimentos, quando as novas gerações entendem o custo das decisões, elas desenvolvem senso crítico e aprendem a priorizar o que realmente importa.
— Quando uma criança entende que economizar hoje é o que permite dizer ‘sim’ ao que realmente importa amanhã, ela muda para sempre sua relação com o dinheiro. Eu aprendi isso com meus pais e hoje ensino o mesmo aos meus filhos — afirma.
4. Transforme o aprendizado em prática
Crie momentos em família para conversar sobre gastos, metas e conquistas. Gusmão alega que pequenas ações semanais podem construir hábitos duradouros e fortalecem o senso de planejamento, revela.
— Educação financeira é entender que cada escolha tem um custo e uma consequência. Quando a criança participa, o dinheiro deixa de ser um mistério e passa a ser uma ferramenta para construir o que ela quer viver — complementa.
5. Encare o dinheiro como um meio
O empresário também reforça que o dinheiro deve ser visto como uma ferramenta de liberdade — um meio para realizar sonhos, não um fim em si. De acordo com ele, quando entendido dessa forma, o recurso deixa de ser um peso e se torna um aliado.
— Por muito tempo, falar sobre dinheiro foi tratado como tabu, quando na verdade, é necessário sair do campo da vergonha e entrar no campo da educação. É um passo essencial para que as crianças cresçam entendendo o valor do dinheiro, o impacto das escolhas e o poder do planejamento — finaliza.
Sobre a Warren
A Warren tem como propósito ajudar as famílias a montarem o plano ideal para alcançar seus objetivos, com acesso aos melhores produtos e um modelo de total alinhamento de interesses, em uma jornada guiada por design e com atendimento próximo e humano. A empresa também oferece conteúdos educativos, com uma linguagem acessível que auxilia a população na tomada de decisões financeiras.




