
A Semana Farroupilha, que tem seu ponto alto neste sábado, 20 de setembro, celebra as raízes e o orgulho de ser gaúcho. Nesse contexto, uma rede hoteleira tem se destacado por carregar no nome e na própria origem um jeito bastante típico de acolher. A Tri Hotéis, fundada no Rio Grande do Sul e hoje presente também em Santa Catarina e São Paulo, nasceu com a proposta de oferecer uma hotelaria essencialista e bem-executada, onde o foco está no que realmente importa. Ou seja, no bem-estar do hóspede.
Conforme Rodrigo Prockt, CEO da Tri Hotéis, outro fator importante foi a percepção de uma nova oportunidade de negócio, ao oferecer aos investidores uma alternativa de rentabilidade frente aos modelos tradicionais já existentes no mercado.
— O nome “Tri” surgiu sim a partir do termo típico do vocabulário gaúcho. Coincidentemente, no início da popularização das redes sociais, percebemos a associação com o conceito de “curtir”, o que reforçou ainda mais a escolha — confessa o diretor.
Presente em 16 cidades, a rede conta atualmente com 25 hotéis em operação, sendo 11 no Rio Grande do Sul, 13 em Santa Catarina e um no litoral paulista. Mas o propósito, segundo Bianca Sgarioni, revenue manager da Tri Hotéis, é levar essa hospitalidade aos mais variados destinos. Em entrevista, ela fala sobre a essência do negócio, experiências personalizadas e planos para o futuro.
Como a Tri Hotéis equilibra a proposta de oferecer uma hotelaria essencial com a tradição do acolhimento tão marcantes na cultura do Sul?
O Sul do Brasil é conhecido por sua receptividade e, nós temos orgulho de levar essa tradição adiante, com autenticidade e cuidado em cada detalhe. Assim como a roda de chimarrão, que simboliza a união entre amigos e familiares, queremos que nossos hóspedes, do cliente corporativo ao turista de lazer, sintam-se em casa em cada um dos nossos hotéis.
Isso se manifesta em gestos simples, como em um bom-dia caloroso, um sorriso no rosto e a busca constante por resolver problemas, sempre com foco no bem-estar do cliente. Para nós, acolher vai além do atendimento; faz parte da nossa cultura. Há muitos anos, a hotelaria tem sido tratada como commodity, mas não queremos ser só mais um nessa cesta competitiva.
Como o slogan da rede, “uma hotelaria feita de pessoas para pessoas”, é aplicado nas práticas cotidianas, especialmente diante dos avanços da tecnologia?
A resposta está no equilíbrio. Usamos a tecnologia como ferramenta para facilitar processos, automatizar o que é repetitivo e dar agilidade — mas jamais como substituto do olhar humano. Isso permite estar presente, ouvir com empatia, resolver com sensibilidade e fazer o hóspede se sentir único. Inclusive, testamos o uso de chatbot no WhatsApp. No entanto, fomos rápidos em perceber que quem busca atendimento quer falar com uma pessoa de verdade. E é justamente aí que o atendimento humano faz toda a diferença.
Um hotel abriga vidas, pessoas com suas mais variadas etnias, histórias e propósitos, que também são atendidas por outras pessoas, igualmente diversas. Valorizamos não somente nossos clientes, mas também a nossa equipe. Afinal, são as pessoas que constroem a excelência do nosso atendimento. Dessa forma, temos como prioridade identificar e desenvolver talentos dentro da rede, oferecendo oportunidades reais de crescimento.
Que tipo de experiências culturais ou gastronômicas regionais os hóspedes encontram em seus hotéis?
Buscamos conectar nossos hóspedes à cultura regional onde estão inseridos. Um exemplo é o nosso hotel em Antônio Prado. Considerada a cidade mais italiana do Brasil, não poderíamos deixar de valorizar um patrimônio tão importante quanto a polenta. Por isso, no café da manhã, oferecemos aos nossos hóspedes a oportunidade de saborear um pedaço da Itália, com polenta, salame e queijo colonial. Em alguns casos, levamos o produtor agrícola, especialmente os de pequeno porte, para o hotel, e promovemos feirinhas de produtos coloniais para nossos clientes. Nos hotéis que possuem restaurante, buscamos parcerias com vinícolas da cidade ou de regiões próximas. O gaúcho é um povo muito bairrista, e essa característica se reflete em nosso DNA: incorporar e fomentar negócios regionais.
Quais são os planos e expectativas para o futuro da rede?
Nosso objetivo é alcançar a marca de 60 hotéis em cinco anos. Sabemos que a meta é ousada, mas contamos com uma equipe dedicada e uma cultura forte para nos consolidar nessa trajetória. Queremos expandir nossa presença para as mais variadas cidades, com foco especial em regiões pujantes e polos corporativos.
O que a Tri Hotéis diria para gaúchos e catarinenses que ainda não conhecem a marca?
Valorizamos o que é nosso, com orgulho de sermos uma empresa conectada ao ser humano e comprometida com o crescimento sustentável. Buscamos atender de forma equilibrada as necessidades dos hóspedes, colaboradores, fornecedores e proprietários dos hotéis pelos quais zelamos. “Uma hotelaria feita de pessoas para pessoas” vai muito além de uma frase estampada na parede ou de um slogan fixado no nosso site — é uma cultura enraizada em todos os colaboradores.


