
Você sabe o quanto realmente ganha com seus investimentos? A resposta, muitas vezes, é mais complexa do que parece e envolve entender um conceito essencial: a taxa de retorno líquida, ou seja, o rendimento real depois de todos os custos, comissões e impostos.
Uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil (BC), em parceria com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), em 2023, demonstrou que o nível médio de letramento financeiro dos brasileiros é de 59,6. Destes, 75% dos 2 mil entrevistados pontuam até, no máximo, 70,0 – considerando que a escala varia de 0 a 100, o que revela um cenário de pouco domínio sobre conceitos básicos como rentabilidade, risco e cobrança de taxas.
Essa falta de conhecimento pode levar a decisões que afetam diretamente o bolso do investidor — especialmente quando ele avalia sua rentabilidade apenas pelos números brutos, sem considerar o que efetivamente retorna.
Em entrevista com Lucas Taxweiler, o assessor de investimentos da Warren, explica a importância de entender como taxas escondidas comprometem o rendimento real dos investimentos — e como o modelo fee-based, adotado pela empresa desde 2017, pode proteger o patrimônio do investidor:
Como funciona o modelo fee-based?
Todo cliente que busca contratar um serviço profissional para qualquer esfera de sua vida se beneficia de um modelo livre de comissões. Quando um modelo não remunera o profissional baseado em qual produto financeiro ele recomenda, isso permite que ele selecione de fato o que faz mais sentido para o perfil e objetivo de cada cliente.
Se tratando de taxas, quais são os principais benefícios desse modelo?
No modelo fee-based o cliente concorda em pagar um valor fixo pelo serviço de planejamento e gestão (como 0.70% ao ano, praticado na Warren) e o nosso único incentivo é manter o cliente satisfeito — e precisamos nos empenhar diariamente para que isso aconteça. Afinal, se o cliente sair depois de 3 meses, terá pago somente um pedacinho da taxa. Dessa forma, o assessor não ganha comissões sobre produtos, então todas as recomendações são feitas com base nos objetivos do cliente. Isso elimina o conflito de interesses e garante mais transparência e alinhamento.
Como a Warren aplica esse modelo no dia a dia?
Mês passado conversei com uma senhora de 72 anos que investia em uma instituição do modelo comissionado que abriu o aplicativo de investimentos para me mostrar como o dinheiro estava distribuído e adivinha? Mais de 60% do patrimônio travado em títulos com vencimento acima de 5 anos. Dá pra dizer que um profissional realmente comprometido com o sucesso do cliente recomendaria esta alocação? Será que isso seria feito se títulos longos não pagassem uma comissão maior? Dificilmente.
Qual a principal armadilha ao avaliar um investimento pela rentabilidade bruta?
Muitos brasileiros avaliam a performance de suas aplicações com base apenas na rentabilidade bruta, aquela que aparece destacada nos gráficos dos aplicativos de investimento. Entretanto, o que poucos sabem, é que há um caminho entre o que o investimento promete e o que, de fato, chega ao bolso do investidor. E esse caminho pode estar cheio de custos invisíveis.
Como essas comissões são cobradas sem que o cliente perceba?
Vários produtos financeiros no mercado tradicional remuneram os assessores com base em comissões por indicação. Então, se o assessor recomendar um fundo que paga mais comissão, ele pode ganhar mais — mesmo que esse produto não seja o mais adequado para o investidor. Isso gera conflito de interesses e torna o custo final mais difícil de identificar.
Como os clientes da Warren tem acesso aos custos?
No app da Warren, os clientes têm acesso a um menu exclusivo que mostra exatamente o quanto está pagando. Além disso, parte da taxa cobrada é devolvida diretamente na conta como cashback, o que reforça o compromisso com a transparência.
Entender como as taxas interferem nos seus investimentos é o primeiro passo para tomar decisões mais conscientes. O modelo fee-based, além de garantir mais transparência, coloca seus objetivos no centro da estratégia — sem interferências externas ou comissões ocultas.