Cleidi Pereira
A previsão de safra cheia e os preços firmes, mesmo em época de colheita, em razão dos baixos estoques, trazem alento aos produtores de arroz, após um ciclo de frustração de safra. Apesar do cenário positivo, o futuro da orizicultura no Estado tem preocupado o setor, que reclama da falta de recursos para a pesquisa. Desde 2011, o Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga) deixou de receber R$ 195,9 milhões, em valores nominais, devido ao contingenciamento de parte do valor arrecadado com a Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO). O tributo, que foi criado em 1968, é a principal fonte de receita da autarquia e deveria ser destinado " à execução de medidas de defesa e estímulo da produção". No entanto, tem ficado retido no caixa único do Estado e ajudado a cobrir o rombo nas contas públicas. Hoje, os produtores pagam R$ 0,60 sobre a saca de 50 quilos do grão em casca.