Bruna Karpinski
A possibilidade de criação de um fundo privado para financiar o seguro rural no Brasil pautou o Campo em Debate neste sábado com ministro da Agricultura Blairo Maggi, na Casa RBS, na Expointer. O evento, promovido por Zero Hora em parceria com a Federasul, colocou o ministro frente a frente a representantes do agronegócio gaúcho.
Durante quase uma hora e meia, os dirigentes fizeram perguntas sobre a produção de alimentos, máquinas, crédito e seguro agrícola. O debate foi mediado pela jornalista Joana Colussi, colunista do Campo Aberto ZH, e pelo presidente do I-UMA, José Américo da Silva, que destacou que o homem tem capacidade de inovar e que na agropecuária não é diferente.
Confira, abaixo, os principais questionamentos feitos por representantes do setor ao ministro durante o Campo em Debate.
Paulo Pires, presidente da Fecoagro: Há sinalização de o Brasil ter condições de construir um plano agrícola ao invés de planos safra?
Maggi: O Brasil caminha para isso, mas temos mudado muito pouco as prioridades nos últimos anos. Para ir na direção de um plano de mais longo prazo precisamos ter mais previsibilidade nas colheitas e isso virá por meio do seguro agrícola. Precisamos buscar uma alternativa para isso. A ideia inicial é que não custe só para o tesouro em subvenção, mas que a iniciativa privada possa colocar recursos também. Ainda é muito incipiente, mas vamos estudar.
Claudio de Jesus, presidente da Apromilho: Posso sair daqui dizendo aos produtores que este seguro vai acontecer?
Maggi: Ainda temos que receber o estudo. Uma vez convencido, temos que envolver as outras partes do governo, pois não é uma decisão só nossa. Seria um único seguro que contempla financiamentos e a renda do produtor. Como vai funcionar ainda não sabemos.