Redação Donna
Linhas de expressão, gordurinhas localizadas ou insatisfação com o tamanho dos seios. Questões estéticas levam milhares de brasileiras a clínicas de cirurgia plástica. O Brasil é o segundo país em que mais se realizam cirurgias estéticas, perdendo apenas para os Estados Unidos. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), só em 2010, foram realizados mais de 650 mil procedimentos.
Quem está nessa estatística sabe que alcançar o resultado desejado tem lá seus percalços. Aos que cogitam melhorar algum aspecto de sua aparência com ajuda do bisturi, o cirurgião plástico Marcelo Fauri adianta que o tema é complexo, repleto de variáveis, mas esclarece algumas dúvidas sobre as etapas a serem superadas. O importante é garantir que a saúde esteja em primeiro plano.
:: Quando se deve recorrer à cirurgia plástica?
A insatisfação com algum aspecto da aparência é o primeiro passo para que a cirurgia plástica se torne uma opção, mas nem sempre é preciso partir direto para o bisturi. Em algumas situações, como para disfarçar o envelhecimento facial, existem procedimentos chamados não invasivos, caso da toxina botulínica, preenchimentos temporários, laser e peeling.
? Esses procedimentos não substituem totalmente a cirurgia, porém, quando bem indicados, podem oferecer uma melhora importante no aspecto da paciente e postergar a realização do procedimento cirúrgico ? explica Fauri.
Segundo o médico, é bastante comum a utilização simultânea de procedimentos não invasivos e cirurgia para agregar os benefícios de ambas as técnicas.
:: O que se deve levar em conta ao escolher o médico?
Antes de mais nada, é preciso verificar se o médico é realmente um cirurgião plástico. Uma forma de se certificar é acessar o site da SBCP (www.cirurgiaplastica.org.br) e buscar pelo nome do médico. Se o nome do médico não aparecer na lista, desconfie, pois a inscrição do especialista na SBCP é a garantia de que ele recebeu treinamento adequado para a prática da cirurgia plástica. O site do Conselho Regional de Medicina é outra referência oficial para verificar se o médico tem a especialidade inscrita no Conselho. Obter referências de pacientes ou outros médicos também ajudam na escolha.
? A paciente deve se sentir à vontade com o médico e procurar, dentro do possível, esclarecer todas as suas dúvidas nas consultas de pré-operatório ? destaca o cirurgião.
:: Como saber qual o procedimento adequado?
A escolha do procedimento cirúrgico deve ser feita conjuntamente pelo médico e pela paciente. Cabe ao cirurgião plástico expor à paciente todas as possibilidades técnicas disponíveis para o seu tratamento, para que ela possa definir qual prefere.
:: Onde deve ser feita a cirurgia?
Fauri comenta que houve um movimento, nos últimos anos, de migração das clínicas para os hospitais na realização dos procedimentos cirúrgicos estéticos. Para realizar uma cirurgia em um hospital, o médico deve comprovar por meio de certificados, que está qualificado para realizar os procedimentos propostos com toda a infraestrutura disponível. Algumas clínicas estão adaptadas às regulamentações vigentes e oferecem estrutura e pessoal habilitado para a realização de cirurgias plásticas.
:: Quais são as etapas preliminares?
Há alguns exames pré-operatórios gerais, como exames de sangue, eletrocardiograma e radiografias de tórax. Testes laboratoriais e de imagem devem ser solicitados em casos específicos, dependendo da paciente e do procedimento a ser realizado. Em casos em que o paciente tem alguma doença ou usa medicações rotineiramente pode ser necessária uma consulta com o especialista clínico ou anestesista antes da cirurgia. Terminado esse processo, o paciente assina um Termo de Consentimento, que é uma autorização para que seja realizado o procedimento cirúrgico.
:: Como é o pós-operatório?
De acordo com Fauri, a cirurgia plástica estética é considerada ambulatorial na maioria dos casos, ou seja, a paciente recebe alta no mesmo dia, algumas horas após o procedimento. Quanto à recuperação, de um modo geral, as pacientes podem retornar progressivamente às suas atividades usuais, chegando a uma recuperação total após um período de um mês. O cirurgião ressalta, no entanto, que o tempo de recuperação varia conforme cada paciente e o próprio procedimento a que foi submetida.
:: E depois de receber alta?
Para garantir os efeitos da cirurgia por mais tempo, a paciente deve fazer o acompanhamento por meio de consultas regulares, além de seguir as orientações do cirurgião. As reavaliações permitem que o cirurgião verifique se a paciente está evoluindo de forma adequada e, caso necessário, indique novos encaminhamentos.
- Mais sobre:
- bem-estar
- estetica
- cirurgia
- qualidade-de-vida