Redação Donna
Esta busca infindável pela coleção completa é saudável desde que não se transforme em prioridade na vida da pessoa. O psicólogo Carlos Augusto Remor cita o pai da psicanálise para explicar:
? Freud dizia que há três coisas intermináveis: educar, governar e psicanalisar. É como colecionar. A pessoa deve ficar atenta a sinais que podem indicar obsessão. Deixar de comprar itens de primeira necessidade para gastar com o objeto colecionado é um alerta, bem como abrir mão do convívio social para se dedicar somente à coleção.
Quando os colecionadores são as crianças, a psicóloga infantil Leticia Rauen Delpizzo destaca que há pontos positivos e negativos. A prática colabora para a interação social, já que as crianças costumam trocar figurinhas. Elas trazem informações sobre diversos temas, ampliando o conhecimento geral dos pequenos e despertando interesse por assuntos até então desconhecidos.
? Estas informações também estimulam o desenvolvimento da memória, criatividade e curiosidade ? avalia.
O sinal de alerta deve ser ligado quando há indícios de que a coleção está estimulando uma prática obsessiva. A competitividade patológica entre as crianças, gerando brigas e confusões por conta de álbuns completos ou não também deve ser observada.
Os pais devem seguir o bom senso, inclusive na hora de incentivar os filhos a colecionarem. Vale ficar atento se a criança solicita a compra frequente e excessiva das figurinhas e dar limites, como estipular um valor por semana a ser comprado e não exceder o estabelecido. Outro alerta é se as figurinhas estão atrapalhando a concentração para as tarefas escolares.
? Os pais podem estimular a busca de informações sobre os temas, mas com moderação ? conclui a psicóloga.
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