Redação Donna
Na Europa, a temporada de moda, que começou em Londres e terminou em Lisboa, no último domingo, mostrou nas passarelas o que deve pautar a moda no verão 2011.
Enquanto das passarelas de Nova York, que precedem as demais, saem propostas tidas como mais "comercias", é dos desfiles europeus os títulos de criativas e referenciais.
O que é mostrado por lá não determina apenas as preferências femininas, como influencia todo o mercado da moda, criando e confirmando tendências.
A moda vai à feira
A 35ª ModaLisboa encerrou o circuito de semanas de moda europeia investindo na informalidade e no charme do Mercado da Ribeira para apresentar as tendências do verão 2011. Em tempos de crise e de um pessimismo generalizado no país, o evento inspirou-se num dos mercados públicos mais tradicionais da capital portuguesa, na tentativa de mostrar que a moda é um bem tão necessário quanto os itens ali vendidos.
A mistura entre tradição e vanguardismo não agradou a todos os comerciantes, que argumentaram que o local não tem a ver com moda e que suas bancas em nada iam lucrar com o público fashion, mas rendeu cenas curiosas, já que os desfiles da plataforma LAB foram montados entre frutas e verduras, tendo como moldura o colorido de bananas e tomates.
Confira o que deve estar em alta no verão:
Monocromático
O look de uma cor só brilhou em importantes passarelas, como a da Dolce & Gabbana, Armani, Chloé e Bottega Veneta.
Couro de verão
Tendência nas últimas estações, peças em couro, principalmente as jaquetas curtinhas e ajustadas, seguem fazendo onda verão adentro.
Flores
Embora os lisos estivessem em maioria, as estampas florais também brilharam nas passarelas europeias. Composta com tecidos fluidos e saias longas, a tendência mantém o perfume boho-hippie.
Fluidez
Numa inspiração meio etérea, os vestidos e saias também são fluidos e acompanham as linhas femininas sem marcar demais. O resultado é roupa com movimento.
Rendas
A elegância da renda parece que veio para ficar. Da femme fatale italiana de D&G à portuguesa dramática, com pitadas góticas, de Ana Salazar, o tecido prova que não precisa estar, necessariamente, conjugando looks delicadinhos e ingênuos.
Transparência
O jogo do esconde-e-mostra esteve presente em muitos desfiles de verão. Sobrepostos a outros ou não, tecidos fininhos e translúcidos, como o tule, sugerem uma sensualidade sutil ? bem na ordem do dia ? e conferem feminilidade ao look.
Tribal
O continente africano combinado a inspirações tribais foram reconhecidos na combinação de cores, modelagens e estampados de vários criadores.
No ModaLisboa, a brasileira Cia. Marítima comemorou os 20 anos com uma viagem ao Marrocos. O resultado foi a mesma praia chique que vem dominando a beach wear nos últimos verões, mas com um perfume exótico no ar. Luis Buchinho também pensou em um pôr-do-sol na África para compor sua coleção, recheada de estampas selvagens.
Mais apostas
Longos: as hot panties (shorts ultracurtos) até podem ter continuado entre as apostas de alguns estilistas, mas os comprimentos no pé foram maioria (e novidade). Tem desde saias abaixo do joelho a vestidos longuíssimos.
Plumas e franjas: a tendência cabaret ficou explícita em coleções como as de Karl Lagerfeld para Chanel.
Overzided: principalmente os casacos estão em versão "dois números maior".
Boys and girls: a dualidade entre masculino e feminino é sugerida pelo visual geek. Muita alfaiataria e, claro, os clássicos óculos de armação imensa.