Fernanda Pandolfi
Foi mais difícil do que eu previ antes de chegar. Foi mais fácil do que eu antevi depois de me instalar. O ashram não é como aquele tipo de pessoa que lhe recebe sorridente, de porta escancarada e café com opção de açúcar ou adoçante dispostos na bandeja na sala de estar. É daquele tipo que espia pelo olho mágico e rumina antes de girar a chave na fechadura. Precisa ser conquistada e amolecida para achar a brecha e ganhar um sorriso de canto de boca ou um olhar de afirmação. Quinze dias se passaram e fechar a mala para ir embora dá um nó lá por dentro, pois sei que este é o exemplo de experiência que a gente carrega para o resto da vida na memória.
GZH faz parte do The Trust Project