Claudia Tajes
Cem mil carros pegando a freeway para um fim de semana na praia. É carro que não acaba mais. Engarrafamento, criança perguntando de cinco em cinco minutos se falta muito, motorista espertinho costurando na estrada e encurtando distâncias irrisórias – diante do quadro – ao andar pelo acostamento, espera para pagar o pedágio, falta de troco no pedágio, o pai que quer ouvir samba e a filha que quer ouvir funk, o dono do carro que obriga os caronas a ouvirem as músicas de que só ele gosta, alguém que pede para fazer xixi bem quando a procissão flui um pouco, aquele que quer parar para um pastel com caldo de cana, a Estrada do Mar em fila indiana e então, depois de três horas, na melhor das hipóteses, a praia. O coração aperta ao pensar na hora da volta, fim do domingo ou segunda cedinho, que horário será menos pior?
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