Claudia Tajes
O fato é que a família resolveu inovar. Em lugar de fazer o amigo-secreto de todos os Natais, brincariam de Inimigo Secreto. Não era sempre a mesma coisa? Fulano tirava o papelzinho com um nome, abria e devolvia rápido, na esperança de pegar outro menos desagradável. Alguns trocavam o papelzinho cinco vezes e, mesmo assim, não ficavam satisfeitos. Gastar dinheiro com o miserável do tio Janjão? Comprar presente para a muquirana da Glorinha? No Inimigo Secreto, quanto pior o nome sorteado, melhor. Por coincidência ou não, ninguém devolveu o papelzinho.
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