
Morreu na madrugada desta segunda-feira (29) a atriz Berta Loran, aos 99 anos. Ela estava internada em um hospital na zona sul do Rio de Janeiro (RJ). A informação foi confirmada pela Globo, mas a causa da morte não foi divulgada.
Berta nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 1926, e chegou ao Brasil em meio à fuga da perseguição aos judeus na Europa, aos nove anos. Basza Ajs (seu nome original) completaria cem anos em março e naturalizou brasileira em 1957.
Apesar de ser famosa por seu trabalho na TV, a sua estreia no meio artístico foi no teatro, aos 14 anos, por influência do pai, alfaiate e ator, que costumava se apresentar para a comunidade judaica no Brasil. Estreou no cinema em 1955, no filme Sinfonia Carioca, de Watson Macedo.
Já a estreia na TV Globo foi em 1966. Ao longo de mais de 70 anos de carreira, participou de programas humorísticos como Balança, Mas Não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (entre 1970 e 1973), Satiricon (1974-1975), Planeta dos Homens (1976-1982), Viva o Gordo (1981) e Zorra Total (1999-2015).

A partir de 1991, passou a participar sistematicamente dos programas de Chico Anysio, em especial da Escolinha do Professor Raimundo (1990-2001), no qual interpretava a imigrante portuguesa Manuela D'Além Mar. A atriz voltou à Escolinha na segunda versão do programa, em 2001, interpretando a judia Sara Rebeca. Volta pela terceira vez à Escolinha com a personagem Maria, novamente uma portuguesa, que contracenava com Manuel, vivido por Agildo Ribeiro.
Berta também esteve em novelas, como Amor com Amor se Paga (1984), Cambalacho (1986), Cama de Gato (2010), a segunda versão de Ti-Ti-Ti (2011), Cordel Encantado (2011) e A Dona do Pedaço (2019). No último trabalho, ela fez uma participação como Dinorá Macondo, mãe do personagem Juninho, vivido por Marco Nanini.

