
A polícia francesa localizou, depois de quatro décadas, a escultura do rosto de Jim Morrison que havia sido roubada em 1988 do túmulo do cantor, no cemitério Père-Lachaise, em Paris.
O busto de mais de cem quilos, esculpido por Mladen Mikulin, foi encontrado na última segunda-feira (19) durante uma operação na casa de um executivo suspeito de falsificação de documentos. A descoberta foi feita pela Brigada Financeira e Anticorrupção da polícia de Paris.
A obra, colocada originalmente em 1981 para marcar os dez anos da morte de Morrison, desapareceu sete anos depois, sem deixar rastros. Na época, o busto já estava bastante deteriorado, coberto por pichações e com o nariz quebrado. A escultura havia se tornado uma das peças mais emblemáticas do memorial ao ex-vocalista do The Doors, que morreu aos 27 anos.
Peça pode não voltar ao cemitério
Apesar da recuperação, não está certo se o busto voltará ao local original. Benoît Gallot, curador do Père-Lachaise, declarou ao jornal Le Figaro que ainda não foi contatado oficialmente pela polícia sobre a devolução da peça.
— A polícia não entrou em contato conosco, então não sei se será devolvido — afirmou.

Em nota publicada nas redes sociais, a polícia descreveu o achado como uma “descoberta incomum” e divulgou imagens da escultura localizada.
Local de peregrinação para admiradores do rock, o túmulo de Jim Morrison é um dos mais visitados do Père-Lachaise, onde também estão enterrados Oscar Wilde, Frédéric Chopin, Édith Piaf e outras figuras célebres.
Ícone do rock dos anos 60

Como vocalista da banda californiana The Doors, Morrison se tornou uma figura icônica da contracultura dos anos 1960.
Sucessos como Light My Fire, Riders on the Storm e The End fizeram do grupo uma das principais referências da psicodelia e do "rock de protesto".
Morrison se estabeleceu na França alguns meses antes de sua morte. Ele faleceu em 3 de julho de 1971, em Paris. O laudo oficial da época apontou ataque cardíaco como causa da morte, mas versões alternativas ganharam força ao longo dos anos.
Em 2007, o jornalista francês Sam Bernett publicou um livro afirmando que o cantor teria morrido de overdose de heroína no banheiro de uma boate chamada Rock ’n’ Roll Circus.