Carlos Gerbase
O Gordo Miranda se foi. O Carlos Garcia, que é a mesma pessoa, se foi também. O show não pode continuar sem ele. Estou mais que triste. Trocamos mensagens há alguns dias, e eu fiquei de visitá-lo quando fosse a São Paulo. Não vai rolar. Acho que não pode rolar mais nada por uns bons tempos. Quem conhece a história do rock no Rio Grande do Sul sabe a importância do Miranda. Como músico, como ideólogo sem ideologia (era um anarquista legítimo, daqueles que nunca se anunciam como anarquistas), como produtor e, talvez mais importante de tudo, como um agregador, um cara que juntava pessoas para fazer coisas. Não tenho condições se escrever um obituário de verdade. Seria imenso, teria que fazer uma pesquisa. O cara trabalhava e se divertia ao mesmo tempo, sempre com intensidade máxima. Já estão surgindo mil causos sobre ele nas redes sociais, postados por seus amigos e amigas, que devem estar chorando e rindo ao mesmo tempo enquanto escrevem. Nesse momento difícil, só consigo contribuir com duas pequenas histórias.