
A cineasta brasileira Bárbara Marques foi libertada da prisão em que estava nos Estados Unidos na noite de quinta-feira (16). A informação foi confirmada pelo marido dela, Tucker May, em uma publicação nas redes sociais.
"Estou mais do que emocionado em dizer que Bárbara está de volta para casa!! Obrigado a todos os que ofereceram palavras gentis, nos mantiveram em seus pensamentos ou ajudaram com nossas campanhas de telefonemas para ajudar a garantir que recebemos o devido processo que todos merecem ao abrigo da lei", escreveu May na publicação.
Bárbara foi presa pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE na sigla em inglês) após um encontro com agentes de imigração em um prédio federal do centro de Los Angeles. Ela esteve no local com o marido para participar de uma audiência para obtenção do green card.
May relatou que, ao fim da reunião, os atendentes afirmaram que tudo estava correto com a documentação do casal. Mesmo assim, Bárbara foi levada pelas autoridades após um funcionário usar uma desculpa para separá-la de seu advogado.
Nas redes sociais, o marido chegou a denunciar negligência do órgão federal com a cineasta. De acordo com uma publicação de 29 de setembro, Bárbara foi levada para um campo de detenção na Louisiana e foi submetida a períodos de mais de 12 horas sem comida.
Quem é Bárbara Marques
Nascida em Vitória (ES), Bárbara Marques é formada em Cinema pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Desde 2018, vive em Los Angeles, onde desenvolveu carreira como diretora, produtora e atriz.
Em entrevista à Voyage LA, ela conta que o interesse pelas artes surgiu ainda na infância, inspirado pela tia, a atriz Elisa Lucinda. Aos 17 anos, Bárbara estreou nos palcos em uma montagem de O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna.
Aos 19 anos, mudou-se para o Rio para estudar interpretação na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e, posteriormente, aprofundou a sua formação em cinema. No período, trabalhou em curtas-metragens, peças teatrais e em produções de TV e cinema, além de atuar em projetos em Angola.
Em Los Angeles, dirigiu o curta Cartaxo (2019), em homenagem à atriz Marcelia Cartaxo, além de produções como Love (2023), vencedor de melhor documentário no Filmaê Film Festival de Brasília, e Pretas (2023), exibido no Los Angeles Brazilian Film Festival.



