Ricardo Chaves
Um dos prazeres em folhear revistas antigas é encontrar matérias como a que o repórter José Amadio fez para a Revista do Globo, de 25 de outubro de 1947, sobre aquele que foi o mais famoso crítico de cinema que Porto Alegre já teve. Paulo Fontoura Gastal (1922–1996), ou P. F. Gastal, tinha apenas 25 anos quando entrou para a galeria de “tipos que a gente encontra”, uma série de perfis garimpados pela publicação. O jovem trabalhava nos escritórios da firma A. J. Renner desde sua chegada, um ano antes, à Capital, vindo de Pelotas, onde nasceu. Mas o interesse do rapaz, há muito tempo, era o cinema. Diz o repórter: “nem o amor de Romeu por Julieta poderia superar o amor de Gastal pelo cinema. Ah, o cinema! Ah, o Gastal falando de cinema!”.
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