
Os moradores de Serrana, no interior de São Paulo, começam a se preparar para voltar à normalidade. A imunização em massa da população contra o coronavírus trouxe segurança para o retorno das atividades comerciais. Por ter conseguido vacinar 75% dos cidadãos com a segunda dose, o prefeito Léo Capitelli disse, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, que a região está sendo procurada por empresários que buscam investir no local graças à vantagem sanitária.
O município fez parte de um estudo do Instituto Butantan. Batizado de Projeto S, o resultado do trabalho conduzido pelo Butantan, responsável pela produção da CoronaVac, aparece na diminuição de óbitos e do número de casos, como destacou o prefeito.
— Antes da campanha, a cidade registrava aumento de casos como em todo o Brasil. Após quatro semanas da aplicação da primeira dose, os números diminuíram bastante — disse o prefeito.
Segundo Capitelli, o fluxo da UPA e da Santa Casa registrou baixa no número de pacientes. Entretanto, ponderou que o cuidado no combate ao coronavírus deve seguir.
— Ainda é necessário alinhar vacinação e os protocolos sanitários para que a gente possa controlar a pandemia.
Dados detalhados do estudo em Serrana serão divulgados pelo Instituto Butantan em uma coletiva de imprensa que ocorre nesta segunda-feira (31) junto com membros do governo de São Paulo.
Um experimento similar ocorreu em outra cidade do interior paulista, porém o estudo está sendo feito em parceria com a Universidade de Oxford, onde toda a população elegível de Botucatu já recebeu a primeira dose da vacina AstraZeneca — produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O tempo de espera para receber a segunda dose deste imunizante é maior (até 3 meses), e por isso os resultados irão demorar mais para serem divulgados.
Cuidados seguem sendo tomados
Diferente do exemplo dos Estados Unidos, que alcançou um número semelhante de vacinados — porém em território nacional —, a prefeitura mantém o uso obrigatório de máscara, já que a cidade continua recebendo pacientes de municípios vizinhos, onde a campanha de vacinação segue sendo realizada em ritmo lento.
Ouça a entrevista com o prefeito de Serrana, Léo Capitelli na íntegra: