
Uma cidade de 6 mil habitantes no extremo Sul do Brasil é o município com a maior proporção de pessoas sem religião, segundo os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em Chuí, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, as pessoas sem religião são o grupo predominante: 37,8% da população. No Brasil, as pessoas que declaram não seguir nenhuma religiosidade são 9,3% (eram 7,9% no último Censo, em 2010, quando Chuí também ocupou a liderança).
O Sul é, entre as regiões brasileiras, a que tem a menor proporção de população que não tem religião: 7,1%, contra 8,2% na Região Norte, 8,9% nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, e 10,5% no Sudeste.
O dado nacional mostra que a tendência em se declarar sem religião é mais comum em faixas mais jovens: a proporção máxima é no grupo de idade entre 20 e 24 anos (14,3%), enquanto o mínimo é entre a população com 80 anos ou mais de idade (4,1%).
Maior proporção de umbanda e candomblé
O Censo também mostrou que o RS é o estado brasileiro que reúne a maior proporção de praticantes de umbanda e candomblé.
Os dados mostram que 3,2% da população gaúcha segue alguma religião de matriz africana. No Brasil, essa proporção é de 1%. Na última vez em que os dados foram apurados pelo IBGE, em 2010, o percentual da população brasileira que seguia alguma religião de matriz africana era de 0,3%, e o RS já ocupava o primeiro lugar.
Ainda assim, a religião com maior proporção de fiéis no Estado é a católica, com 62,4%, aponta o Censo. Em seguida, estão os evangélicos, que formam 23,7% dos habitantes do estado.