Marcel Hartmann
Se estivessem em uma festa, pessoas tão diferentes como Anitta, J.K. Rowling, Gabriela Pugliesi e Woody Allen poderiam sentar-se à mesa e conversar sobre uma experiência em comum: serem cancelados. O termo, nascido na era das redes sociais, descreve um indivíduo, marca ou empresa boicotado depois de agir de forma censurável – em geral, costumam ser erros que envolvem racismo, LGBTfobia ou machismo. No tribunal da internet, os juízes são de pouca misericórdia: o acusado tem o passado investigado, a reputação atacada e a defesa dispensada. A sentença? Humilhação e perda de dinheiro – em casos mais graves, desemprego e ostracismo. Parece algo distante, que só diz respeito a famosos, mas cuidado: o cancelado de amanhã pode ser você.
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