
A partir desta sexta-feira (1º), quem é de Santa Maria ou passa pelo maior município da região central do Estado perderá uma referência gastronômica: o tradicional e cinquentenário Restaurante Augusto, no centro da cidade. O estabelecimento, que iniciou as atividades em maio de 1968, fechará as portas por tempo indeterminado por questões familiares que levaram em consideração também a necessidade de reformas. A confirmação, na manhã desta quarta-feira (30), foi dada por Fernanda Fank, uma das sócias-diretoras.
Segundo ela, o restaurante “vive um momento delicado”, agravado pelos acontecimentos recentes que atingiram a família. O mais recente, diz a empresária, foi a perda do marido e um dos donos do estabelecimento, Marco Antonio Fank, que morreu em um acidente de trânsito, em outubro de 2018, na RS-149, no acesso ao município de São João do Polêsine, na Região Central.
— É um começo de ano complicado. Estamos em um momento delicado, a exemplo do que vivemos no ano passado, quando perdi o meu marido. É necessário pararmos momentaneamente ou, quem sabe, até em definitivo — relata Fernanda.
A empresária destaca que o fechamento “neste primeiro momento” foi de comum acordo com o irmão e também sócio, Augusto Ricardo Martins. Augustinho, como é conhecido, é filho do fundador do restaurante, o patriarca Augusto Martins. O português, que dava nome ao restaurante, morreu em 2015.
Reformas
De acordo com Fernanda, a decisão por encerrar as atividades leva em conta, inclusive, questões estruturais. Conforme ela, o prédio – com mais de 50 anos – contabiliza uma série de problemas e, por isso, precisará passar por reformas:
— Temos um prédio com mais de 50 anos e que enfrenta problemas estruturais que exigirão uma série de melhorias. E obviamente que não poderíamos fazê-las (as melhorias), mantendo o atendimento. E sem dizer que vamos aproveitar esse momento (de fechamento) para ver, por exemplo, se encerramos de vez ou voltamos.
Ela pondera que, uma vez concluídas as reformas, serão analisadas as seguintes possibilidades: fechamento definitivo, negociação da marca com algum estabelecimento do ramo gastronômico ou, ainda, uma eventual locação do imóvel.
O estabelecimento emprega 33 funcionários e, segundo a empresária, todos serão assistidos e terão os direitos trabalhistas assegurados:
— Esse restaurante é e sempre foi familiar. E os nossos funcionários, muitos já aposentados, são parte da nossa família. E terão todos seus direitos e sua dignidade assegurados.