
O visual ousado, a conectividade, a tecnologia e o comportamento referenciam o Mustang Mach-E. O utilitário esportivo elétrico Ford, que chama a atenção em todo o lugar, provou sua versatilidade por mais de 400 quilômetros nas ruas e estradas gaúchas. Na versão topo de linha, o Ford Mustang GT Performance AWD Extended Ranger tem preço a partir de R$ 486.000.
Os dois motores elétricos do conjunto propulsor do Mustang Mach-E, um em cada eixo, têm potência combinada de 487 cv e força (torque) de 87,7 kgfm. A transmissão automática conta com uma marcha à frente e outra à ré e a tração é integral eAWD. O crossover esportivo acelera de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos e chega a velocidade máxima de 200 km/h, limitada eletronicamente.
Com frenagem regenerativa, as baterias de 91 kWh do Mustang podem ser 100% carregadas em tomada domestica de 220 V, com Wallbox de 7 kW, em 14 horas. O tempo cai para menos de duas horas nos sistemas ultrarrápidos de 50 kW. A autonomia pelo Inmetro é de 379 quilômetros e de 541 quilômetros pelo ciclo europeu WLTP. Os três modos de condução ajustam a direção, a suspensão e o comportamento, da condução econômica à esportiva.
Com 4,743 metros de comprimento, 2,097 m de largura e 1,613 m de altura, a distância entre-eixos é de 2,984 m. O compartimento sob o capô leva 139,5 litros e o porta-malas traseiro 402 litros com espaço combinado de 541,5 litros.

O interior é revestido com materiais premium sintéticos em parte macios ao toque. Volante multifuncional, o quadro digital de instrumentos tem tela de 10,2 polegadas e mostra também dados do sistema elétrico. Os bancos dianteiros contam com ajustes elétricos, aquecimento e memória para o motorista.

O multimídia Sync 4 com tela vertical de 15,5 polegadas é interativo com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos e câmera 360º. Traz GPS nativo e seis entradas USB (tipo A e C). O ar-condicionado de duas zonas tem saídas para o banco traseiro. O teto é solar panorâmico, o som B&O e freio de estacionamento elétrico.
Nove airbags, o crossover conta com controle eletrônico de velocidade adaptativo, stop and go, frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres e reconhecimento de sinais de velocidade. Também assistentes de manobras evasivas, de estacionamento automático, câmera 360° e manutenção e centralização em faixa com alerta de ponto cego, entre outros.

O visual forte é marcado pela pelo nariz de tubarão, capô longo, coluna C rápida e lanternas de três barras e remete ao clássico Mustang cupê. A grade dianteira com relevos internos é exclusiva e o conjunto óptico com faróis estreitos e luzes diurnas (DRL) em LED remetem ao mítico cupê.
As linhas laterais fluidas e limpas dispensam maçanetas e as portas são abertas por botões. As rodas são de liga leve de 20 polegadas e os pneus Pirelli P-Zero 245/45R20.
Elétrico ou a gasolina

O comportamento do Mustang elétrico nas ruas e estradas com o condutor ou cinco ocupantes remeteu ao mítico esportivo a gasolina que testamos diversas vezes. A potência e força do conjunto propulsor garantiram vigorosas arrancadas e retomadas de velocidade com ultrapassagens rápidas e seguras.
A suspensão dianteira independente nas quatro rodas, a dianteira MacPherson e a traseira multilink com amortecedores adaptativos, reduziu os efeitos das irregularidades do pavimento. Superou os buracos, lombadas e quebra-molas mas pelo perfil baixo dos pneus sentiu o piso irregular e o paralelepípedo.

Os recursos eletrônicos apoiaram a condução segura em trechos sinuosos de curvas acentuadas e reduziram a tendência de balanço da carroceria dentro dos limites de velocidade.
A autonomia aproximada de 500 quilômetros da bateria atendeu as necessidades do uso na cidade e na estrada com apenas uma recarga rápida, o que incluiu viagem ao litoral. O modo de condução, em especial, a velocidade, determina o consumo da bateria.
Conclusão

O visual ousado, o conforto e o comportamento do Mustang elétrico são de um utilitário esportivo que mantém a tradição de alto desempenho do mítico cupê a combustão. Bonito, com as linhas clássicas do automóvel, sobrou potência e força, apesar de seus 2.200 quilos.
Perfeito na cidade, na estrada mostrou a raça do seu conjunto propulsor. A direção precisa, a suspensão adaptativa e os freios Brembo facilitaram a condução esportiva, complementada pelos recursos eletrônicos de apoio à segurança.

A autonomia atendeu as necessidades para o uso na cidade e, na estrada, limitada à existência dos postos de recarga, conforme a distância.
Como sempre, na decisão de compra, é importante avaliar a relação custo-benefício, observar o uso e a importância de um utilitário esportivo elétrico limitada à disponibilidade de modelos do seu segmento.