
O jornalista Luiz Carlos Secco, referência no setor automotivo brasileiro, morre aos 90 anos. Sua trajetória foi marcada pelas atividades nos principais veículos de comunicação e nas assessorias de imprensa das maiores montadoras do país. Seccão, como era carinhosamente chamado pelos amigos, faleceu nesta quinta-feira (29), em São Paulo.
Secco foi um dos pioneiros do jornalismo automotivo e referência para o setor. Sua trajetória na imprensa começou em 1961 como noticiarista de esportes no jornal O Estado de São Paulo. Pouco tempo depois passou fazer a cobertura do setor automotivo do Estadão e, com a criação do Jornal da Tarde, foi editor do Jornal do Carro.
Sucessivas reportagens exclusivas publicadas pelo Jornal da Tarde marcaram a carreira de Secco, como a que, com o fotógráfo Oswaldo Palermo, revelou o primeiro carro desenvolvido no país, a Volkswagen Brasilia. Também o desenvolvimento por Wilson Fittipaldi do monoposto da Fórmula 1 e a formação da equipe brasileira.
Presença marcante
Em 1974 Secco chega à área de comunicação da Ford onde imprimiu sua marca pessoal e projetou o relacionamento com a empresa e o próprio setor automotivo.
Secco passou pela Fiat, em 1985, e em 1987 chegou a Autolatina, união da Ford com a Volkswagen. Coordenou o departamento de comunicação das duas marcas até o encerramento do acordo em 1996. Um ano depois, aposentado na montadora norte-americana, com o filho José Carlos montou a Secco Consultoria de Comunicação.
Com uma brilhante trajetória de mais de seis décadas, nos últimos anos Secco recebeu diversas homenagens. A última, no final de 2024 com uma placa da Agência Autoinforme pelo reconhecimento ao seu trabalho pelo jornalismo e setor automotivo.
Luiz Carlos Secco nasceu em 13 de agosto de 1934, em São Paulo. Casado com Maria Stella, deixa cinco filhos, os jornalistas José Carlos, Luiz Fernando e Raquel, a médica Fernanda, e o engenheiro Luis Roberto.