
Uma nova sala de cinema gratuita será aberta nesta quinta-feira (9) em Porto Alegre. É a Cine Cinco, uma parceria entre o Instituto de Cultura e a Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS).
O espaço será dedicado à mostra de filmes de fora do circuito comercial e tem o objetivo de aproximar a comunidade do universo audiovisual, segundo a instituição.
Com capacidade para 200 pessoas por sessão, a sala está localizado no térreo do Prédio 5 do Campus da Universidade (Av. Ipiranga, 6681).
Na abertura, às 19h de quinta-feira, a exibição do filme Um É Pouco, Dois É Bom (1970), de Odilon Lopez (1941-2002), em cópia restaurada, dá início a uma mostra dedicada a cineastas gaúchos (leia mais logo abaixo). A curadoria é da professora Helena Stigger, coordenadora do curso de Produção Audiovisual da Famecos.
Todas as quartas, quintas e sextas, às 17h, haverá sessões com entrada gratuita e por ordem de chegada.
Até 12 de dezembro, a primeira temporada da Cine Cinco exibirá produções nacionais e internacionais, além de parcerias com instituições como o Instituto Cervantes, a Aliança Francesa e o Instituto Goethe.
Nos canais oficiais da PUCRS e no site da instituição, você confere a programação oficial.
O filme da inauguração

Depois de um coquetel só ara convidados, a primeira sessão da sala de cinema Cine Cinco, na PUCRS, será realizada às 19h de quinta-feira (9), com entrada franca. O filme é Um É Pouco, Dois É Bom (1970), de Odilon Lopez, que tem classificação indicativa 14 anos. A sessão terá participação e apresentação da jornalista Vanessa Lopez, filha do diretor.
Trata-se do primeiro longa-metragem gaúcho assinado por um diretor negro — e também foi, em uma época marcadas pelas produções com os astros nativistas Teixeirinha e José Mendes, o primeiro filme do RS de temática urbana, abrindo caminhos para a geração de Giba Assis Brasil, Nelson Nadotti, Carlos Gerbase e Werner Schünemann.
Com a participação de Luis Fernando Verissimo na redação dos diálogos, Um É Pouco, Dois É Bom divide-se em dois episódios. Em Com... um Pouquinho de Sorte, um casal formado por um motorista de ônibus (Carlos Carvalho) e uma comerciária (Araci Esteves) entra em crise com o nascimento do primeiro filho. Pela trama, Lopez, mesmo no momento mais duro da ditadura militar, critica o chamado "milagre econômico brasileiro".
No segundo episódio, Vida Nova... por Acaso, o próprio Odilon Lopez interpreta um batedor de carteiras que vive um romance impossível com uma loira da alta sociedade (Angela Grosser). De forma pioneira, o diretor aborda a questão do racismo estrutural na sociedade brasileira.
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