Rosane Tremea
No (cada vez mais) longínquo território da minha infância, o sino comunicava. O repicar firme e contínuo anunciava a festa, o casamento, o batizado, a missa do domingo ou uma boa nova qualquer. Se fosse mais rápido, talvez uma tragédia que precisasse acordar a comunidade, como um incêndio na madrugada (sem estatística que sustente minha tese, acho que a maioria dos incêndios acontece na madrugada). Caso as badaladas se arrastassem, espaçadas, lúgubres, não havia dúvida: tratava-se do anúncio de uma morte.
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