
A pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (9) traz os cenários possíveis para a eleição de 2026 e alguns improváveis para traçar o retrato mais fiel possível do humor dos eleitores a um ano da disputa. Em todos, o presidente Lula lidera com folga, vantagem que se ampliou conforme a avaliação do governo melhorou. Os resultados escancaram a falta de nomes fortes na direita para encarar a era pós-Bolsonaro.
De tanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), dizer que não é candidato a presidente, o eleitor sinaliza que está acreditando na informação de que ele concorrerá à reeleição. Essa perda de potência fica mais clara nas simulações de segundo turno.
Tarcísio, que já esteve tecnicamente empatado com Lula, agora está 12 pontos atrás, mesma distância que separa o presidente de Michelle Bolsonaro. Esse dado mostra que todos os possíveis adversários de Lula na direita estão em situação semelhante para o segundo turno. Ratinho Júnior (PSD) aparece 13 pontos atrás de Lula, enquanto Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Eduardo Bolsonaro têm 15 pontos de desvantagem.
A menor diferença é a de Ciro Gomes (nove pontos) e a maior a de Eduardo Leite, com 23 pontos. Nenhum dos dois deverá concorrer em 2026. Ciro porque tende a disputar o governo do Ceará e Leite porque no PSD a preferência é de Ratinho.
Nos cenários de primeiro turno, a falta de um candidato forte na direita fica ainda mais evidente. Os índices de Lula variam de 35% a 43% na estimulada, quando é apresentado um disco com o nome dos possíveis candidatos. O mais baixo (35%) é o de um cenário improvável, com Jair Bolsonaro — que está inelegível — fazendo 26% (melhor índice entre todos os possíveis opositores), Ratinho, 10%, Ciro, 9%, Zema, 3% e Caiado, 3%. Brancos, nulos e indecisos somam 14%.
As simulações mais favoráveis a Lula (43%) também são de um cenário improvável, com dois candidatos da direita, sendo Eduardo Bolsonaro um deles. Nessas, há um percentual muito significativo de eleitores dispostos a votar nulo ou em branco, que vaia 18% a 20%. Somados aos indecisos, chega-se a quase um quarto dos eleitores.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 2 e 5 de outubro. Ao todo, foram ouvidas 2.004 pessoas. O nível de confiança é de 95%.






