
Para evitar que se repita o drama de perder uma cadeira a cada eleição, o que em 2026 significaria cair de três para dois eleitos, o MDB está tentando convencer o ex-governador José Ivo Sartori a ser candidato a deputado federal. Em outro movimento — ambos comandados pelo presidente nacional, Baleia Rossi —, o partido trabalha para atrair a deputada federal Any Ortiz, hoje no Cidadania.
Any Ortiz esteve muito próxima do Progressistas (PP), mas se distanciou após a formação da federação com o União Brasil. Para atraí-la, o MDB acena com a candidatura a prefeita de Porto Alegre em 2028, já que hoje a sigla não tem candidato natural à sucessão do prefeito Sebastião Melo.
À coluna, Any disse que nada está decidido e que não descarta continuar no Cidadania, um partido com sérios riscos de não atingir o quociente eleitoral no Rio Grande do Sul se não formar federação com outro partido (a federação com o PSDB foi rompida por divergências).
Sempre enigmático, Sartori disse à coluna que não há nada “por enquanto”. Ser candidato a deputado federal é pouco atraente para um ex-governador que, se eleito, teria de trabalhar de graça. Explica-se: de Sartori para trás, todos os ex-governadores têm direito a uma pensão vitalícia equivalente ao subsídio de desembargador. Caso ocupe um cargo público, o ex-governador precisa suspender o recebimento da pensão, o que na prática equivale a exercer o mandato como se fosse um trabalho voluntário, com o desgaste das idas e vindas para Brasília, no caso dos deputados federais.
Hoje o MDB já tem só dois deputados, porque Osmar Terra migrou para o PL. Como Márcio Biolchi não concorrerá à reeleição, o partido tem apenas Alceu Moreira como candidato à reeleição. As outras apostas são o presidente Vilmar Zanchin, o secretário dos Transportes, Juvir Costella, a deputada estadual Patrícia Alba e a subscretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Betty Cirne Lima.






