
Agora é oficial o que a coluna adiantou como tendência há uma semana: o coronel Mario Ikeda será o novo secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul. A escolha de Ikeda como substituto do delegado Sandro Caron, que irá para a iniciativa privada, foi confirmada na tarde desta quinta-feira (16) pelo governador Eduardo Leite.
Também como a coluna previu, a secretária-adjunta será a delegada Adriana Regina da Costa, que deixa a Subchefia da Polícia Civil. Os dois assumem os cargos na próxima segunda-feira (20).
A escolha de Ikeda era o caminho natural para garantir a continuidade da política de segurança pública no Rio Grande do Sul, área em que Eduardo Leite tem os melhores resultados de seu governo. O coronel era o adjunto de Caron, de quem tem a confiança, assim como do governador e das diferentes instituições, e o pleno domínio do programa RS Seguro, implantado no primeiro mandato de Leite pelo então vice-governador Ranolfo Vieira Júnior e coordenador pelo delegado Antônio Padilha.
Com a indicação de Ikeda, Leite enterra de vez com o tabu que vigorou por muitos anos no Rio Grande do Sul, de que o secretário não podia ser nem da Brigada, nem da Polícia Civil. É um sinal de amadurecimento das instituições e a comprovação de que a integração — um dos pilares do RS Seguro — está consolidada.
A escolha da delegada Ana Regina Costa também é considerada natural. Ela é o braço direito do Chefe de Polícia, Heraldo Guerreiro, que assumiu em meio à crise envolvendo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em junho.
Ao anunciar Ikeda como secretário, Leite destacou o legado de Caron:
"Quero expressar meu profundo agradecimento ao Sandro Caron, que liderou com dedicação, competência e resultados concretos a política de segurança pública do nosso governo. Ele deixa um legado relevante e reconhecido, consolidando uma estrutura mais moderna, integrada e eficaz no combate ao crime", escreveu.
Ao longo do último ciclo de governo, o Rio Grande do Sul alcançou resultados recordes na redução da criminalidade, impulsionados pelas estratégias do Programa RS Seguro e pelos investimentos históricos nas forças de segurança e no sistema penal. Os últimos dois anos foram, consecutivamente, os mais seguros desde que se têm registros padronizados de ocorrências criminais, com queda expressiva nos principais indicadores, como homicídios e latrocínios.
Quem é Mario Ikeda
Mario Yukio Ikeda ingressou na Brigada Militar em 1985 e passou por diversas unidades da corporação. Participou da Força Nacional de Segurança Pública que atuou nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos, no Rio de Janeiro, e integrou a Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos durante a Copa das Confederações, em 2013.
Foi gerente de Operações do Centro Integrado de Comando e Controle Regional do Estado durante a Copa do Mundo de 2014, além de ter comandado o Grupo de Ações Táticas Especiais e o Comando de Policiamento da Capital. Exerceu os cargos de subcomandante-geral e, posteriormente, de comandante-geral da Brigada Militar, entre 2018 e 2019. Foi também secretário de Segurança de Porto Alegre entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2023, quando assumiu como secretário-adjunto da SSP estadual, função que agora deixa para ocupar o comando da pasta.
Quem é Adriana Costa
Adriana Regina da Costa, natural de Porto Alegre, ingressou na Polícia Civil como delegada em 1999. Atuou no Centro de Operações de Cruz Alta e no Posto Policial da Mulher antes de assumir a titularidade de delegacias em Canoas e na Capital, onde liderou unidades voltadas à proteção do idoso e ao atendimento à mulher.E ntre 2007 e 2012, comandou a 2ª Delegacia de Polícia da Capital, reconhecida, em 2010, como a segunda melhor delegacia do Brasil em qualidade de serviços. Em 2012, assumiu a 1ª Delegacia Regional Metropolitana e, no mesmo ano, o Departamento Estadual de Proteção à Criança e ao Adolescente (Deca).
Em 2019, foi nomeada diretora do Departamento de Polícia Metropolitana, função que exerceu até ser designada para a subchefia da Polícia Civil. Em junho deste ano, assumiu o cargo de subchefe da Polícia Civil, tornando-se a primeira mulher a ocupar o posto.


