
Parceiros do mesmo projeto desde 2015, quando José Ivo Sartori assumiu o governo do Estado, MDB e PP deram sinais de que poderão estar juntos na eleição de 2026, embora hoje cada um tenha seu candidato — ou candidatos. O presidente do MDB, Vilmar Zanchin, tomou a iniciativa de visitar a direção do PP, comandada por Covatti Filho, na casa dos progressistas.
Zanchin, segundo Covatti, defendeu a continuidade da aliança que sustenta o governo de Eduardo Leite e repetiu o argumento do governador de que não tem sentido para os aliados negociarem com a oposição que à direita e à esquerda critica o projeto que eles representam.
— Dissemos a eles que temos dois pré-candidatos a governador e que para a conversa evoluir é preciso que o MDB esteja aberto a ceder a cabeça de chapa — disse Covatti à coluna.
Os pré-candidatos do PP são o próprio Covattinho e o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, vice dos sonhos do vice-governador Gabriel Souza e de importantes setores do empresariado gaúcho. Há, no entanto, uma ala que gostaria de indicar o vice de Luciano Zucco (PL).
O PP não está pedindo que Gabriel desista de ser candidato, mas que deixe a porta aberta para uma aliança encabeçada pelo PP se, ali adiante, ficar claro que os nomes do partidos são mais competitivos. Em outras palavras, o PP quer uma garantia de que a indicação de Gabriel para o governo não é “cláusula pétrea na futura aliança”.
Movimento semelhante será feito em relação ao PDT, que flerta com o PT, tentando emplacar Juliana Brizola como candidata de uma frente de centro-esquerda. O MDB quer convencer os trabalhistas de que “o caminho mais seguro” para evitar a vitória da direita representada por Luciano Zucco (PL) ou da esquerda personificada no PT, mesmo que a candidata seja Juliana, é os partidos da base caminharem juntos.
À mesa do encontro estavam dirigentes e deputados dos dois partidos. Entre eles, Rodrigo Lorenzoni que vive uma situação sui generis. Ele saiu do PL acompanhando o pai, Onyx Lorenzoni, escanteado por seu antigo partido. E foi para o PP, que é aliado do governador que ele critica desde o primeiro mandato, e que derrotou seu pai na eleição de 2022. Em 2026, Onyx deverá ser candidato a deputado federal e Rodrigo a estadual.





