
O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Foi com casa cheia a audiência pública promovida pelo governo do Estado para apresentar a proposta de parceria público-privada (PPP) para construção de um novo hospital em Viamão. O auditório da Faculdade Centro Educacional Santa Isabel ficou lotado para assistir à apresentação dos secretários da Saúde, Arita Bergmann, e da Reconstrução, Pedro Capeluppi, e conhecer de perto o projeto que promete 350 novos leitos SUS na cidade.
A iniciativa de fazer uma PPP para construção de um hospital é inédita no Estado. A empresa que vencer o leilão será responsável por construir e administrar a instituição por 25 anos, com um investimento total que pode chegar aos R$ 795 milhões. Apesar da gestão privada, os serviços hospitalares serão bancados pelo Estado — o projeto prevê um pagamento mensal de até R$ 33,2 milhões — e prestados de forma gratuita. Após o período do contrato, o prédio e os equipamentos serão entregues ao governo, que fará a gestão da estrutura.
Com a nova estrutura, o governo planeja reduzir filas e aliviar redes de emergência na Região Metropolitana, que registram com frequência superlotação. Dos 350 novos leitos, 60 serão de UTI de alta complexidade.
A instituição será referência em ortopedia e traumatologia, neurocirurgia, neurologia clínica e cirurgia geral, e contará com exames de ponta, como ressonância magnética, tomografia e hemodinâmica para diagnóstico e tratamentos neurovasculares.
O novo prédio ficará ao lado do atual Hospital de Viamão, que permanecerá funcionando. A secretária Arita Bergmann diz que o projeto prevê uma passarela para conectar as duas estruturas e transformá-las em um complexo hospitalar.
De acordo com o cronograma apresentado na audiência, que integra o período de consulta pública do projeto da PPP, o governo planeja assinar o contrato no terceiro trimestre de 2026 e iniciar as obras já em 2027. A previsão é de que em 2030 a instituição já esteja operando.
— Realmente, para nós, esse auditório cheio é a demonstração viva de que esse projeto é um presente. Vai ser uma conquista que nos emociona, porque estamos tratando de pessoas — comemora Arita, que sugeriu realizar a assinatura do contrato com a vencedora do edital em Viamão.



