
O retiro espiritual do ministro Luís Roberto Barroso serviu para confirmar o que ele já tinha dado pistas de que faria. Barroso anunciou nesta quinta-feira (9) que não vai esperar pela aposentadoria compulsória, aos 75 anos.
Aos 67 anos, o ministro resolveu aproveitar a vida, depois de chegar ao mais alto cargo no Tribunal Superior Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal. Com isso, o presidente Lula indicará o terceiro ministro no mandato atual (saiba quem são os mais cotados), o quinto em atividade na soma de seus três governos.
Na composição atual, três são indicações de Dilma Rousseff (Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin), um de Michel Temer (Alexandre de Moraes) e dois de Jair Bolsonaro (Nunes Marques e André Mendonça).
Se todos os atuais ministros deixassem para se aposentar ao completar 75 anos, Lula não teria mais indicações a fazer neste mandato. O próximo presidente indicará os sucessores de Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, que completarão 75 anos na vigência do mandato de quem se eleger em 2026.
Os mais cotados para a vaga de Barroso são o advogado-geral da União, Jorge Messias, o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas e o senador Rodrigo Pacheco, que Lula deseja ver como candidato a governador de Minas.
Quem indicou os atuais ministros
- Gilmar Mendes (20 de junho de 2002): Fernando Henrique Cardoso
- Cármen Lúcia (21 de junho de 2006): Lula
- Dias Toffoli (23 de outubro de 2009): Lula
- Luiz Fux (03 de março de 2011): Dilma Rousseff
- Luís Roberto Barroso (26 de junho de 2013): Dilma Rousseff
- Edson Fachin (16 de junho de 2015): Dilma Rousseff
- Alexandre de Moraes (22 de março de 2017): Michel Temer
- Nunes Marques (05 de novembro de 2020): Jair Bolsonaro
- André Mendonça (16 de dezembro de 2021): Jair Bolsonaro
- Cristiano Zanin (3 de agosto de 2023): Lula
- Flávio Dino (22 de fevereiro de 2024): Lula


