
De Brasília para Santa Vitória do Palmar e de lá para Garibaldi, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cruzou os céus do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (19) para poder participar de dois compromissos com magistrados gaúchos. Em Santa Vitória, Barroso participou da inauguração do Centro de Justiça, iniciativa que reúne todos os órgãos vinculados ao sistema de Justiça, estadual e federal. Em Garibaldi, fez palestra no 16º Congresso da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) e saiu com uma carteirinha de sócio honorário.
Em sua última visita ao Estado como presidente do Supremo — ele passa o cargo a Edson Fachin no próximo dia 29 —, o ministro esbanjou simpatia e simplicidade nos dois eventos. Em Santa Vitória, tirou fotos com pessoas que foram até o foro acompanhar a solenidade, que teve a presença do governador Eduardo Leite e do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Alberto Delgado Neto.
— Além do ineditismo da iniciativa, vou confessar a vocês que me desloquei de Brasília até o extremo sul deste Estado porque já me considero um amigo pessoal do governador Eduardo Leite e dos presidentes Alberto Delgado Neto e Ricardo Martins. Por isso que estou aqui — disse Barroso no início do discurso em Santa Vitória.
Ricardo Martins, a quem o ministro se referiu, é o desembargador Ricardo Martins Costa, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), instituição que também está instalada no Centro de Justiça, em Santa Vitória.
Para dar conta de dois compromissos em locais tão distantes, Barroso voou em avião da FAB de Brasília até Pelotas. De lá, foi de helicóptero até Santa Vitória do Palmar — duas aeronaves, uma da Brigada Militar e uma da Polícia Federal, transportaram a comitiva. Após a inauguração do Centro de Justiça, o ministro retornou a Pelotas de helicóptero e foi de avião para Caxias, de onde seguiu de carro até Garibaldi.
No congresso dos magistrados, Barroso começou fazendo uma homenagem ao escritor Luis Fernando Verissimo, de quem se declarou admirador, e terminou falando que o que aconteceu no Rio Grande do Sul no ano passado é um exemplo de que as mudanças climáticas não são ficção. Na palestra, o ministro ainda abordou a crise da democracia e as preocupações com o avanço da inteligência artificial.



