
O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O PDT de Porto Alegre decidiu que vai nomear uma nova comissão provisória para comandar o partido, até que seja convocada uma convenção para eleger um novo diretório. O vereador Márcio Bins Ely será o novo presidente a partir da próxima semana.
Na função, Bins Ely deve se firmar como candidato único na eleição interna, que vai ocorrer em até seis meses. Nos bastidores, o grupo ligado ao parlamentar busca estabelecer uma chapa de consenso com os pedetistas alinhados com Juliana Brizola.
Juliana é atualmente um dos nomes mais bem colocados nas pesquisas eleitorais sobre a sucessão no Piratini. A boa posição da ex-deputada, que disputou a prefeitura de Porto Alegre no ano passado, alimenta a intenção dos correligionários de consolidar um diretório, com o objetivo de fortalecer o partido para a eleição estadual de 2026.
Em reunião realizada na segunda-feira (16), Bins Ely firmou como franco favorito para a presidência pedetista após afastar qualquer possibilidade de ingressar no governo de Sebastião Melo, apesar da sua proximidade com o prefeito — o vereador tem indicações de cargos no Executivo. Integrantes mais à esquerda da sigla eram resistentes ao vereadores justamente por esta relação estreita. À coluna, o parlamentar já havia afastado qualquer possibilidade de o PDT participar da base e confirmou que o partido seguiria independente.
Segundo o regimento nacional do partido, o mandato de um presidente de diretório é de quatro anos — portanto, o próximo comandante dos pedetistas da Capital liderará a sigla nas eleições de 2026 e 2028.
Na nova comissão provisória, o vereador da Capital assume o lugar de José Vecchio Filho, atual presidente.