
O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
As novas medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação foram criticadas por governadores da região sul do Brasil nesta quinta-feira (12). Eduardo Leite (RS), Jorginho Mello (SC) e Ratinho Júnior (PR) dividiram palco no Construa Sul, evento voltado à construção civil em Curitiba.
Em tom incisivo, Leite pregou que o Congresso derrube as propostas que elevam a tributação, como a que estabelece cobrança sobre investimentos em fundos imobiliários (LCI), e imponha uma agenda de corte de gastos.
— O governo federal não tem nenhum esforço para realmente reduzir o custo da máquina pública nas áreas mais críticas e joga para os ombros do contribuintes o peso da ineficiência da máquina — afirmou.
Em sua participação, Jorginho pregou a reforma administrativa e criticou as alternativas apresentadas pelo governo para ampliar receitas, usando inclusive termos de baixo calão.
— Fizeram uma besteira daquelas (aumento do IOF). Dinheiro não aceita desaforo, investidor sabe o que faz. Agora foram para os fundos agrícolas e imobiliários. Desfazem uma cagada para fazer uma maior — reclamou.
Com retórica mais suave e sem citar diretamente o governo Lula, Ratinho avaliou que o Brasil precisa "virar a página" em 2026.
— Temos que destravar o Brasil e modernizar o nosso país.
No painel, os três governadores trocaram elogios mútuos e foram aplaudidos pela plateia. Leite e Ratinho, que disputam a indicação do PSD para concorrer à Presidência, demonstraram sintonia nos discursos.