
O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
A conclusão do fórum técnico promovido pela Federasul para debater a concessão do bloco 2 de rodovias estaduais é de que o projeto atual do governo estadual é ruim. O encontro nesta sexta-feira (27) reuniu sete deputados, três prefeitos, vereadores e representantes de entidades do Vale do Taquari.
A principal crítica é sobre o valor da tarifa de pedágio. A última proposta do Piratini, apresentada pelo governador Eduardo Leite no início do mês, prevê a cobrança de 19 centavos por quilômetro rodado — que pode ser reduzida para 18 centavos em caso de isenção do ISS pelos municípios. Para atingir esse valor, o governo prevê um aporte de R$ 1,5 bilhão do fundo da reconstrução (Funrigs).
Na avaliação da Federasul, a proposta atual tira competitividade do Estado e repete problemas de outras concessões mal feitas, como a das ferrovias.
— Quando o projeto é bom e atende a todos, sempre ganhará apoio. A discussão necessária é termos ou não obras para manter empresas e empregos no RS e construir estratégias para não sermos mais vítimas de concessões mal feitas — argumenta o presidente da entidade, Rodrigo Sousa Costa.
A Federasul aguarda, para a próxima semana, um estudo do Volume Diário Médio (VDM) — ou seja, o tráfego registrado em 24 horas — das rodovias do bloco, contratado pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) do Vale do Taquari. A expectativa é de que o levantamento mostre que o valor da tarifa pode ser ainda mais reduzido pelo Estado.
Participaram do encontro o deputado federal Luciano Zucco (PL) e os estaduais Helley Lino (PT), Paparico Bacchi (PL), Cláudio Branchieri (Podemos), Delegado Zucco (Republicanos), Capitão Martim (Republicanos) e Rodrigo Lorenzoni (PP). Os prefeitos de Muçum, Mateus Trojan, Poço das Antas, Glicério Ivo Junges e de Encantado, Jonas Calvi, também se manifestaram na reunião.




